1 research outputs found

    Efeitos da percep??o visual de est?mulos afiliativos na variabilidade da frequ?ncia card?aca em humanos e a influ?ncia comportamental autorrelatada : uma abordagem evolucionista.

    Get PDF
    Programa de P?s-Gradua??o em Ci?ncias Biol?gicas. N?cleo de Pesquisas em Ci?ncias Biol?gicas, Pr?-Reitoria de Pesquisa de P?s Gradua??o, Universidade Federal de Ouro Preto.A socialidade ? uma importante ocorr?ncia na hist?ria evolutiva de muitas esp?cies, e os humanos s?o animais descritos como essencialmente sociais. No n?vel proximal de an?lise, v?rios estudos investigam como mecanismos neurais podem regular a socialidade. O sistema nervoso aut?nomo desempenha um papel fundamental no entendimento dessas rela??es, e sua atividade pode ser medida pela variabilidade da frequ?ncia card?aca (VFC), uma ferramenta promissora no campo da psicofisiologia. O objetivo deste estudo foi investigar a influ?ncia da percep??o visual de est?mulos afiliativos na VFC e avaliar a influ?ncia de medidas comportamentais subjetivas autorrelatadas. Este estudo foi aprovado pelo Comit? de ?tica da Universidade Federal de Ouro Preto (CAAE: 32885314.2.0000.5150). A amostra foi composta por 72 estudantes de gradua??o (44 mulheres e 28 homens) com idades entre 18 e 33 anos (M = 23,37, DP = 3,04). Os volunt?rios foram expostos a est?mulos de afilia??o (14 fotografias com pessoas em intera??o social direta, envolvendo pistas como toque e contato visual), pareados com est?mulos controle (14 fotografias com pessoas sem intera??o social). Ambos os est?mulos foram precedidos e sucedidos por um per?odo de 3 minutos sem est?mulo. O primeiro per?odo sem est?mulo foi considerado a linha de base. O sinal eletrocardiogr?fico foi registrado durante todo o experimento para an?lise posterior da VFC, a partir da qual foram extra?dos os componentes do dom?nio do tempo (SDNN e RMSSD) e do dom?nio da frequ?ncia (HF e LF). Foi realizada uma avalia??o psicom?trica de alguns aspectos sociais do comportamento por meio de escalas de autorrelato validadas, especificamente foram avaliados a empatia, toque social e solid?o. Os resultados mostraram que a percep??o de est?mulos afiliativos induziu mudan?as f?sicas na VFC (SDNN: p = 0,04; RMSSD: p = 0,007; HF: p = 0,022). Especificamente, a percep??o desses est?mulos provocou uma diminui??o no SDNN (p = 0,01), RMSSD (p = 0,04) e HF (p = 0,045) quando comparados aos n?veis basais. Nenhuma diferen?a significativa foi observada para o LF (p = 0,12). Ap?s a exposi??o a esses est?mulos, o RMSSD (p = 0,006) e HF (p = 0,03) n?o retornaram aos n?veis basais. Em rela??o ? percep??o dos est?mulos controle, nenhuma mudan?a f?sica significativa foi detectada para o SDNN (p = 0,43), RMSSD (p = 0,11) e HF (p = 0,41). Uma diferen?a significativa foi detectada para o LF (p = 0,03), o qual diminuiu quando comparado aos n?veis basais (p = 0,02). Comparou-se tamb?m as mudan?as (?) percentuais da VFC em rela??o aos n?veis basais em ambas as condi??es, controle e afiliativa. A percep??o de est?mulos afiliativos induziu uma maior diminui??o no RMSSD em compara??o ao controle (p = 0,003). Nenhuma diferen?a significativa foi detectada para SDNN (p = 0,90), HF (p = 0,50) e LF (p = 0,97). O toque social e a solid?o n?o tiveram correla??o significativa com mudan?as basais ou f?sicas na VFC durante a percep??o de est?mulos afiliativos (p> 0,01 para todas as correla??es). A empatia n?o se correlacionou significativamente com a VFC basal (p> 0,01 para todas as correla??es). Por outro lado, uma correla??o significativa foi detectada entre a empatia e o ?SDNN (p = 0,003). Uma an?lise de regress?o linear (?VFC durante a percep??o de est?mulos afiliativos como vari?vel dependente) mostrou que a empatia foi respons?vel por 12% da varia??o no ?SDNN (p = 0,002). Esta rela??o foi descrita mais adequadamente com um modelo quadr?tico do tipo U invertido. Em conclus?o, a percep??o de est?mulos afiliativos induziu redu??es f?sicas na VFC, sugerindo que a intera??o social com indiv?duos desconhecidos n?o implica necessariamente em contextos de seguran?a necess?rios para um aumento da atividade vagal. A empatia foi a ?nica medida subjetiva autorrelatada que influenciou as mudan?as f?sicas na VFC, as quais foram mais adequadamente explicadas por uma fun??o do tipo U invertido, o que ressalta a necessidade de se considerar modelos n?o-lineares no estudo do comportamento humano. Por fim, este estudo est? em concord?ncia com os pressupostos que consideram a heran?a ancestral na evolu??o do comportamento humano, os quais preveem a presen?a de mecanismos cognitivos evolu?dos subjacentes ? regula??o de processos sociais.Sociality is an important occurrence in the evolutionary history of many species, and humans are animals described as essentially social. At the proximal level of analysis, several studies investigate how neural mechanisms can regulate sociality. The autonomic nervous system plays a fundamental role in understanding these relationships, and its activity can be measured by heart rate variability (HRV), a promising tool in the field of psychophysiology. The aim of this study was to investigate the influence of visual perception of affiliate stimuli on HRV and to evaluate the influence of self-reported subjective behavioral measures. This study was approved by the Federal University of Ouro Preto's Ethical Commission (CAAE: 32885314.2.0000.5150). The sample consisted of 72 undergraduate students (44 female and 28 male) aged between 18 and 33 years (M = 23.37, SD = 3.04). Volunteers were exposed to social affiliative stimuli (14 pictures with people in direct social interaction, comprising features as touch and gaze), paired with control stimuli (14 pictures with people without social interaction). Both stimuli were preceded and succeeded by a blank screen which lasted 3 minutes. The first 3-min blank screen was used as baseline. The electrocardiographic signal was recorded throughout the experiment for further HRV analysis from which time domain (SDNN and RMSSD) and frequency domain components (HF and LF) were extracted. A psychometric assessment of some social aspects of behavior was performed using validated self-report scales, specifically empathy, social touch and loneliness were assessed.. Results showed that perception of affiliative social stimuli induced phasic changes in HRV (p= 0.04; RMSSD: p= 0.007; HF: p= 0.022). Specifically, perception of affiliative stimuli led to a decrease in SDNN (p= 0.01), RMSSD (p= 0.04) and HF (p= 0.045) when compared to baseline levels. No significant difference was observed for LF (p= 0.12). After exposure to affiliative stimuli RMSSD (p= 0.006) and HF (p= 0.03) did not return to baseline levels. Regarding perception of control stimuli, no significant phasic change was detected to SDNN (p= 0.43), RMSSD (p= 0.11) and HF (p= 0.41). A significant difference was detected in LF (p= 0.03), which decreased when compared to baseline levels (p= 0.02). Percentage changes (?) of HRV between both conditions, control and affiliative, were compared relative to baseline levels. Perception of affiliative social stimuli induced a greater decrease in RMSSD compared to control (p = 0.003). No significant difference was detected to SDNN (p = 0.90), HF (p= 0.50) and LF (p= 0.97). Allo-grooming and loneliness had no significant correlation with baseline or phasic changes in HRV during affiliative social perception (p> 0.01 for all correlations). Empathy did not correlate significantly with baseline HRV (p> 0.01 for all correlations). On the other hand, a significant correlation between empathy and ?SDNN was detected (p = 0.003). Linear regression analysis (?HRV during affiliative social perception as dependent variable) showed that empathy accounted for 12% of variation in ?HRV (p= 0.002). This relationship was more accurately described with an inverted-U shaped quadratic model. In conclusion, the perception of affiliative stimuli induced phasic reductions in HRV, suggesting that social interaction with unknown individuals does not necessarily imply the safety contexts necessary for an increase in vagal activity. Empathy was the only self-reported subjective measure that influenced phasic changes in HRV, which were more adequately explained by an inverted U-type function, which highlights the need to consider nonlinear models in the study of human behavior. Finally, this study is in agreement with the assumptions that consider ancestral inheritance in the evolution of human behavior, which predict the presence of evolved cognitive mechanisms underlying the regulation of social processes
    corecore