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Evolução tardia de pacientes com prótese aórtica pequena (19 e 21 mm)
OBJETIVO: Avaliar pacientes submetidos a troca valvar aórtica por próteses pequenas (19 e 21 mm) no seguimento pré e pós-operatório, para verificar a sua viabilidade. CASUÍSTICA E MÉTODOS: No período de janeiro de 1989 a novembro de 1997, 1497 pacientes foram submetidos a troca valvar aórtica, em nosso Serviço. Cem apresentaram anel aórtico pequeno, sendo utilizada prótese pequena. Houve, neste grupo, um predomínio do sexo feminino com 74% dos casos, com superfície corpórea média de 1,57 m2. Empregou-se pr��tese biológica em 33% dos casos. Estes pacientes foram acompanhados com eco Doppler e avaliação clínica no pós-operatório. RESULTADOS: Este grupo de doentes apresentou melhora na classe funcional, sendo que 86,3% deles estão na classe I e o restante na classe II. O gradiente VE-Ao teve uma diminuição significativa, com média de 30,9 mmHg no pós-operatório. Foi necessário procedimento associado em 64% dos casos, tendo, como mais comum, a troca da valva mitral. A sobrevida deste grupo, em 101 meses de acompanhamento, é de 83%. CONCLUSÃO: Em função da melhoria clínica acentuada dos pacientes, com a maioria estando assintomática e com gradiente trans-protético aceitável, acreditamos que as próteses pequenas possam ser utilizadas com segurança, levando em consideração a relação entre o número da prótese e a superfície corpórea do paciente
Long-term Mortality Predictors in Patients with Small Aortic Annulus Undergoing Aortic Valve Replacement with a 19- or 21-mm Bioprosthesis
Abstract Introduction: Replacement of the aortic valve in patients with a small aortic annulus is associated with increased morbidity and mortality. A prosthesis-patient mismatch is one of the main problems associated with failed valves in this patient population. Objective: To evaluate the long-term mortality predictors in patients with a small aortic annulus undergoing aortic valve replacement with a bioprosthesis. Methods: In this retrospective observational study, a total of 101 patients undergoing aortic valve replacement from January 2000 to December 2010 were studied. There were 81 (80.19%) women with a mean age of 52.81±18.4 years. Severe aortic stenosis was the main indication for surgery in 54 (53.4%) patients. Posterior annulus enlargement was performed in 16 (15.8%) patients. Overall, 54 (53.41%) patients underwent concomitant surgery: 28 (27.5%) underwent mitral valve replacement, and 13 (12.7%) underwent coronary artery bypass graft surgery. Results: Mean valve index was 0.82±0.08 cm2/m2. Overall, 17 (16.83%) patients had a valve index lower than 0.75 cm2/m2, without statistical significance for mortality (P=0.12). The overall 10-year survival rate was 83.17%. The rate for patients who underwent isolated aortic valve replacement was 91.3% and 73.1% (P=0.02) for patients who underwent concomitant surgery. In the univariate analysis, the main predictors of mortality were preoperative ejection fraction (P=0.02; HR 0.01) and EuroSCORE II results (P=0.00000042; HR 1.13). In the multivariate analysis, the main predictors of mortality were age (P=0.01, HR 1.04) and concomitant surgery (P=0.01, HR 5.04). Those relationships were statistically significant. Conclusion: A valve index of < 0.75 cm2/m2 did not affect 10-year survival. However, concomitant surgery and age significantly affected mortality
Transplante cardíaco ortotópico pela técnica bicaval
Há trinta anos tem sido empregada a técnica descrita por Lower e Shumway para o transplante cardíaco ortotópico, com bons resultados. Complicações, como estase venosa, formação de trombos, arritmias atriais e insuficiência das valvas tricúspide e mitral, estão presentes no pós-operatório tardio. A partir de 1995, passamos a utilizar a técnica bicaval em todos os casos (6 pacientes). Cinco eram do sexo masculino e a média de idades dos receptores era de 50,6 anos. A cardiomiopatia era dilatada e isquêmica em 2 casos cada, e chagásica e reumática nos demais. Três pacientes apresentavam operações prévias, sendo que um deles havia sido submetido a três operações de prótese valvar aórtica, o segundo a implante de marcapasso epimiocárdico definitivo, e o último a duas operações de revascularização do miocárdio associada a aneurismectomia de ventrículo esquerdo. A técnica cirúrgica consistiu, na maioria dos casos, na anastomose das veias pulmonares, em conjunto com o átrio esquerdo do coração a ser implantado e, a seguir, a da cava superior, inferior, do tronco pulmonar e aorta. Todos os doadores estavam em hospitais da cidade e com retirada múltipla de órgãos. Não tivemos óbito hospitalar e todos os pacientes estão vivos para um período de um a quinze meses de pós-operatório. Não houve diferença significativa quando se comparou as duas técnicas para o tempo de anóxia, tempo de C E C, tempo de implante, presença de taquiarritmias atriais, sangramento e permanência hospitalar. Houve diferença significativa (p<0,05) para a utilização de marcapasso temporário e presença de insuficiência tricúspide. Acreditamos que a técnica bicaval, além de reduzir o tamanho das cavidades atriais, é uma técnica simples, com índice menor de complicações e que poderá ser empregada com mais freqüência