19 research outputs found
Harassment in work organizations: perversion and pain
Este estudo pretende apresentar as articulações dos dados de uma pesquisa bibliográfica cujo objetivo primordial foi gerar reflexões que venham, de alguma forma, contribuir para o debate sobre as conseqüências na subjetividade do trabalho no contexto socioeconômico contemporâneo. Emerge como foco de discussão o assédio moral nas organizações de trabalho. Realiza-se uma abordagem do trabalho em termos conceituais, considerando o contexto e a historicidade como essenciais para o alcance do objetivo proposto. Explicita-se uma caracterização dos modos de produção capitalistas e, posteriormente, uma apresentação do assédio moral, de acordo com a abordagem de Mary-France Hirigoyen, bem como o de seu equivalente em Christophe Dejours. Em última instância, buscou-se demonstrar as aproximações e os distanciamentos sob essas duas perspectivas quanto ao fenômeno assédio moral no trabalho.The current analysis provides data collected from a bibliographical research aimed at provoking reflections that may somehow contribute towards a debate on the subjectivity consequences of work in the contemporary social and economical context. Discussion is focused on moral harassment in work organizations. Concepts are analyzed taking into consideration context and historicity as essential to obtain the above aim. The modes of capitalist production are highlighted, coupled to a presentation of moral harassment according to the approaches by Mary-France Hirigoyen and Christophe Dejours. Approximations and distancing of these two points of view are demonstrated with regard to moral harassment in the work environment
A vigilância na contemporaneidade: seus significados e implicações na subjetividade
O presente trabalho constitui uma pesquisa bibliográfica queproblematiza a questão da vigilância como prática social e ideologia,disseminada nas relações na sociedade e aceita pelos indivíduos,apesar de perigosas distorções de significados construídos pelaindústria cultural. Aproximam-se e equiparam-se os significadosde vigilância, cuidado, proteção e segurança. Essa equalização éuma estratégia ideológica da mídia para confundir os indivíduos.A fim de elucidar as diferenças de sentido entre essas categorias,investigaram-se os significados lingüístico e etimológico dessestermos. Resgatando-se etimologicamente a palavra “vigilância”, foipossível não só diferenciar vigilância e segurança, mas tambémidentificar características da prática social da vigilância, o queimpossibilitou-nos encará-la como cuidado ou segurança dapopulação. Analisamos, por fim, os mecanismos psíquicosenvolvidos devido à aceitação e reprodução da vigilância pelosindivíduos. A violência simbólica está implicada nesse processo ena repercussão de toda essa confusão simbólica nas relações sociaise nos vínculos afetivos
Adolescência e juventude na contemporaneidade: reflexões a partir de uma abordagem psicopolítica/ Adolescence and youth in contemporary times: reflections from a psychopolitical approach
Os fenômenos relacionados à violência e a mortes por causas violentas de adolescentes e jovens sempre preocuparam cientistas, estudiosos e a sociedade de uma maneira geral. Em uma realidade em que preconceitos e ideais de felicidade difundidos pela publicidade dificultam a simbolização dos conflitos, as crises da adolescência são cada vez mais complexas, a violência torna-se mais frequente e o suicídio de adolescentes e jovens tem aumentado de forma significativa. Com o objetivo de sensibilizar as famílias e os profissionais para uma discussão mais ampla dessas questões, discutimos o significado de adolescência, bem como os ideais a ela associados pela indústria cultural (Adorno e Horkheimer, 1944-47/2006) e analisamos algumas características da denominada Geração Z. A discussão de aspectos relacionados à identidade adolescente por meio da noção freudiana de identificação conduz a um posicionamento favorável a ações necessárias de combate à violência e ao preconceito para orientar os sujeitos para a continuidade da vida
A CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA DOS ADOLESCENTES POBRES DE PERIFERIA NA ERA DA SOCIEDADE DE CONSUMO E DA INDÚSTRIA CULTURAL
O presente trabalho é decorrente do Projeto de Pesquisa Intervenção “Phenix – a ousadia do renascimento do indivíduo-sujeito – fase IV”, vinculado a Universidade Estadual de Maringá. As teorizações aqui realizadas partiram de encontros realizados entre graduandos e pós-graduandos de psicologia com adolescentes pauperizados de uma escola pública localizada na periferia de Maringá-PR, cujo foco foi propiciar uma reflexão crítica acerca do cotidiano desses adolescentes a partir de Psicanálise e de pressupostos da Teoria Crítica de Adorno. A princípio serão apresentadas nesse trabalho algumas considerações sobre os processos de identificação, adesão e reprodução de discursos totalizantes relacionados a ideias meritocráticas e patriarcalistas que foram discutidas com os adolescentes, com o intuito de desmistificar alguns modelos pré-formatados de família, de homem e de mulher impostos na sociedade contemporânea. Na sequência, serão realizadas breves considerações sobre as especificidades do adolescer dentro de um contexto pauperizado e significativamente marcado pelos imperativos do consumo, via indústria cultural
A violência do preconceito: a desagregação dos vínculos coletivos e das subjetividades
Prejudice is one of the most perverse oppression strategies that governs the discriminatory process among peoples. Violence in bias is frequently camouflaged under the guise of a "democratic" society, made up of "civilized" people, that offers "security" to all. These terms are spread through ideological representations that act over individuals very much in the manner as the Cultural Industry, or rather, they are somewhat internalized in a unconscious mode. Individuals are thus thrown into a psychic regression by which they lose their ability to think critically and act according to a protecting stance. In other words, they lose their capacity to defend themselves against social hostility. Besides isolating individuals, the violence of prejudice introduces distrust among colleagues and functions within the context of a severe self-punishment of blame complex. Individuals affected by bias become accomplices of the social process that deceives and violates them
A violência do preconceito: a desagregação dos vínculos coletivos e das subjetividades
Prejudice is one of the most perverse oppression strategies that governs the discriminatory process among peoples. Violence in bias is frequently camouflaged under the guise of a “democratic” society, made up of “civilized” people, that offers “security” to all. These terms are spread through ideological representations that act over individuals very much in the manner as the Cultural Industry, or rather, they are somewhat internalized in a unconscious mode. Individuals are thus thrown into a psychic regression by which they lose their ability to think critically and act according to a protecting stance. In other words, they lose their capacity to defend themselves against social hostility. Besides isolating individuals, the violence of prejudice introduces distrust among colleagues and functions within the context of a severe self-punishment of blame complex. Individuals affected by bias become accomplices of the social process that deceives and violates them
O desamparo dos adolescentes pobres na cidade de Maringá
Na contemporaneidade os vínculos interpessoais mostram-se mais frouxos, o consumismo se intensifica e a violência é incorporada de modo cada vez mais hostil, especialmente com relação aos adolescentes pobres. À luz da Psicopolítica (Freud e Theodor Adorno), foi feito um levantamento bibliográfico para obter maior compreensão das ideologias que perpassam tais acontecimentos e das suas interferências na intensificação da apatia, do preconceito e do desamparo. Essas diferentes expressões da violência fragilizam a identidade subjetiva dos adolescentes de classes socioeconômicas desfavorecidas da cidade de Maringá - PR. Nesse cenário social, esses adolescentes pobres introjetam tais atributos sociais de malignidade e periculosidade e não conseguem se apropriar de uma reflexão crítica - consequentemente, exibem um funcionamento egoico fragilizado. Esse artigo está vinculado ao Projeto Pesquisa Intervenção “PHENIX: A Ousadia do Renascimento do Indivíduo-Sujeito – Fase III”, que sustenta essa compreensão e orienta uma proposta de cooperação junto a estes adolescentes
“Corpo-mercadoria”, sob controle e punição: Prenúncios de uma subjetividade aniquilada?
O objetivo desta pesquisa foi, primeiramente, localizar o processo degenerativo do ser-homem ao longo da história a partir de um resgate das concepções e valores depositados no corpo em diferentes sociedades e períodos históricos, tendo como base uma visão histórico-dialética do homem. Por conseguinte, visou uma compreensão acerca do corpo humano, hipercotado, mas, contraditoriamente, tão violentado na contemporaneidade. Para tanto, utilizamos o método pesquisa bibliográfica e uma fundamentação pautada na Teoria Crítica da Escola de Frankfurtamalgamada à teoria psicanalítica. Neste artigo significativas conclusões puderam ser alcançadas, entre elas a identificação de uma importante conseqüência histórica: a perda de uma concepção de corpo integrado à mente, e uma negação da totalidade humana, que vem permitindo um uso perverso do corpo em prol da manutenção do sistema socioeconômico vigente. Identificou-se ainda a base ideológica que vem sustentando o conceito de saúde, já que “parecer bem” determina o “estar-bem”, e neste movimento a dor passa a ser valorizada e normatizada como imperativo para alcançar a imagem desejada. Assim se reconfigura a concepção de dor! Práticas de modificação corporal seriam um reflexo deste contexto, ou seja, de uma cultura que, ao invés de amparar o indivíduo, parece estar jogando-o na mortificação do sentimento de culpabilidade e na autopunição. Contudo, acredita-se que esta violenta situação que se impõe ao homem na contemporaneidade não determinará sua ação transformadora da cultura em que vive. Este artigo é um desdobramento do PIBIC-CNPq/UEM, “Corpo violado: injunções perversas da cultura”, ligado ao projeto de pesquisa-intervenção “Phenix: a ousadia do renascimento do indivíduo-sujeito”(Fase II), do Departamento de Psicologia - UEM Palavras-chave: Psicanálise; indústria cultural; corpo; dor; subjetividade danificada
A construção psicossocial da competição: o engano na cumplicidade de uma falsa vida
O presente trabalho faz uma análise da competição e de sua propagação ideológica na contemporaneidade. Inicialmente identificamos sua matriz na propriedade privada, que possibilitou a utilização dessa conduta como mola propulsora do desenvolvimento do capitalismo. Nesse trajeto, a ciência mostrou-se como componente de legitimação e intensificação. A fim de aumentar a exploração do trabalho humano, atualmente a competição se mescla ao discurso cínico da cooperatividade. Na reprodução da competição entre os indivíduos estão presentes alguns elementos subjetivos como a submissão autoritária ao social, à projetividade, o sadomasoquismo e o pensamento coisificado ("mentalidade do ticket"). No terreno dos afetos, a competição é sustentada pela inveja, que ainda, via indústria cultural, induz os indivíduos ao consumismo. Este artigo é o desdobramento de uma pesquisa de cunho bibliográfico, cujas bases teóricas são a Psicanálise freudiana e a Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, em especial Adorno e Horkheimer