2 research outputs found

    Homo digitalis

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    Homo digitalis se refere ao homem modificado pela tecnologia. A realidade virtual (RV) e a realidade aumentada permitem ver o mundo sob a perspectiva de outras pessoas, sendo chamadas de “a máquina de empatia”. Objetivo: analisar como a RV pode ser usada na psiquiatria e na educação médica para promover empatia. Método: realizou-se uma revisão narrativa nas plataformas Medline e Embase, Google Scholar, listas de referências de artigos e em sítios eletrônicos de tecnologia. Artigos em inglês e francês foram selecionados, sem limites temporais para a busca. Resultados: uma revisão de 66 referências demonstrou que a RV pode gerar mudanças cognitivas, emocionais e comportamentais positivas, especialmente em relação a indivíduos de grupos diferentes. As narrativas imersivas com RV facilitam a compreensão empática, colocando o usuário na perspectiva de outra pessoa. A RV também está associada a jogos aplicados e estudos funcionais de atividade cerebral, que indicam potencial para gerar mudanças comportamentais positivas. Estudos maiores e ensaios clínicos são necessários para validar a efetividade dos desfechos e garantir o uso seguro e ético da tecnologia. Conclusão: a revisão demonstrou resultados promissores e um olhar otimista da RV como ferramenta para gerar empatia e promover o bem-estar mental

    Cancro gigante por sífilis em octogenário. Sempre lembrar da sífilis!

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    Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pelo Treponema pallidum. A doença tornou-se uma epidemia nas últimas duas décadas. Tem curso variável e é, muitas vezes, assintomática. Afeta múltiplos sistemas, podendo ter consequências graves ou mesmo de morte. Objetivo: Apresentar um caso de lesão exuberante associada à sífilis em um homem idoso. Relato de caso: Homem de 85 anos buscou atendimento por lesão peniana indolor. Relatou ter tido contato sexual oral (felação) com uma profissional do sexo seis semanas antes do surgimento desta lesão. Ao exame físico, observou-se uma úlcera de 3 a 4 cm no sulco balanoprepucial, com destruição do tecido subcutâneo até a fáscia de Buck. Sua borda era infiltrada e seu fundo, vermelho cárneo e limpo. Identificava-se linfadenomegalia bilateral com linfonodos elásticos, móveis e indolores. O teste imunocromatográfico rápido para sífilis foi positivo, sendo negativo para HIV, hepatite B e hepatite C. O tratamento foi realizado “in loco” com penicilina benzatina intramuscular na dose total de 2.400.000 UI. Conclusão: Ainda que seja mais comum em pessoas mais jovens, a sífilis deve ser sempre considerada entre os diagnósticos diferenciais das lesões genitais em idosos. Muitas pessoas idosas preservam a atividade sexual, especialmente com o aumento da longevidade e das medidas terapêuticas para disfunção erétil. A falsa crença que a atividade sexual deixa de existir em faixas etárias mais avançadas deve, portanto, ser abandonada
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