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    AS RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS: IMPLICAÇÕES PARA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA NO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA – RJ (2005-2009)

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A assistência de enfermagem ao cliente com transtorno mental no Brasil vem, ao longo dos anos, se desenvolvendo e procurando atender as propostas oriundas da Reforma Psiquiátrica, que exige dos profissionais de saúde uma prática contrária àquela iniciada com a psiquiatria tradicional, caracterizada pelo isolamento e pelo tratamento punitivo, voltado para a contenção física e química desses usuários. Seguindo as novas diretrizes propostas pela Lei 10.216/01, que trata da proteção e dos direitos destes usuários, foram implantados em vários municípios no país, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Esses CAPS, criados através da Portaria nº 224/92 do Ministério da Saúde, são dispositivos extra-hospitalares e devem funcionar como articuladores entre os diversos dispositivos da rede de atenção a saúde mental, como: Hospital Geral, Programa Saúde da Família (PSF), Residências Terapêuticas, Instituições de Defesa dos Direito do Usuário, Centros Comunitários; bem como auxiliar na aquisição de benefícios como o Programa De Volta Para Casa. O processo de transformação do modelo de saúde mental em Volta Redonda foi bastante complexo, e pautou-se na intervenção por parte das autoridades municipais, cuja justificativa era de que as instituições deveriam atender os usuários  de maneira resolutiva e buscasse a reinserção social das pessoas com distúrbios mentais. Com apoio da FAPERJ, esta pesquisa apresenta como objeto de estudo a participação do enfermeiro nas “Residências Terapêuticas” para portadores de transtorno mental, no município de Volta Redonda –RJ. OBJETIVOS: Descrever as circunstâncias de criação das Residências Terapêutica; Caracterizar o funcionamento das Residências Terapêuticas e descrever a atuação do enfermeiro junto à Residência Terapêutica. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de cunho histórico-social. As fontes primárias constou de documentos escritos e de seis depoimentos orais. As fontes secundárias abordaram a reforma psiquiátrica, suas implicações para enfermagem e a sociedade, e os estudos de história da enfermagem sobre o tema. Essas fontes foram compostas por dissertações e teses, documentos e livros, localizados no Centro de Estudos de Saúde Mental da CSVR (CESAM), na Biblioteca Setorial da pós-graduação da Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ, nos arquivos do Programa de Saúde Mental do município de Volta Redonda, no site do Ministério da Saúde e, artigos indexados na base SciELO. Os achados foram classificados, contextualizados e interpretados à luz da literatura sobre a reforma psiquiátrica e a assistência ao doente mental, o que permitiu a construção de uma versão original sobre a atuação do enfermeiro nas Residências Terapêuticas, no município de Volta Redonda - RJ. Cabe ressaltar que, em cumprimento da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, o presente estudo foi submetido, em 18 de setembro de 2009, ao Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery/ Hospital Escola São Francisco de Assis, sendo aprovado, conforme consta no protocolo nº 058/2009.   RESULTADOS: Baseado nas diretrizes do Ministério da Saúde, foram implantadas três Residências Terapêuticas em Volta Redonda- RJ, cuja finalidade é a moradia de portadores de transtorno mental, egressos ou não de hospital psiquiátrico, com dificuldade de voltar ao convívio familiar ou que não tinham familiares. Essas Residências contam com cuidadores que não possuem nível superior, e, em sua maioria são técnicos de enfermagem. Então, o enfermeiro atua indiretamente nesse cenário, ou seja, através dos CAPS e do PSF. Nos CAPS, o atendimento é mais centrado na doença psiquiátrica, sendo o tratamento individualizado. Além disso, são feitas oficinas com grupos de usuários, para desenvolver suas capacidades no sentido de gerar mais autonomia. Nesse contexto, a participação do enfermeiro se faz presente e cria-se um vínculo de confiança entre o profissional e o usuário, e, deste, com o serviço. Já no PSF, situado em Unidades Básicas de Saúde, o atendimento é voltado para as questões clínicas, de doenças agudas ou crônicas, sem, necessariamente, que estas estejam vinculadas à doença psiquiátrica, ou seja, atendimento ambulatorial de rotina para prevenção de doenças e/ou agravos e promoção da saúde. As Residências Terapêuticas contam também com visitas domiciliares de agentes de saúde e do enfermeiro, mensalmente, ou, de acordo com a necessidade da Residência, mas priorizou-se que o usuário fosse ate a unidade para ser atendido, pois o atendimento feito pela equipe do PSF não confere prioridade aos usuários das Residências Terapêuticas por suas patologias psiquiátricas, todos são atendidos igualmente dentro da área de abrangência de cada equipe.   CONCLUSÃO: O fato de um portador de transtorno mental habitar uma casa, sem conotação hospitalar, desvincula a imagem de que o mesmo precisa viver isolado da sociedade e tornou possível a prática de seus direitos e deveres, respaldados por lei, como um cidadão comum. A Residência Terapêutica é vista como um lar, onde a autonomia do usuário é estimulada para realizar ações do cotidiano de uma casa normal e, assim, pôde-se favorecer a reaproximação com alguns familiares e com a sociedade. A participação do enfermeiro junto as RT se dá através dos CAPS e do PSF. Para a ressocialização com a família e a reinserção do usuário na sociedade, é fundamental o suporte dado pelo profissional enfermeiro do CAPS.   REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde/DAPE. Residencias Terapeuticas: o que são, para que servem. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional deReforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005.Castro H. História Social. In Cardoso CF; Vainfas R (orgs.). Domínios da História. Ensaios de Teoria e Metodologia. Rio de Janeiro. Ed. Campos, 1997.Moraes AEC. Casa de Saúde Volta Redonda como lócus de implantação da Reforma Psiquiátrica no município de Volta Redonda: a participação da enfermagem (1993 – 1995). [dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro (RJ): Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ; 2008.Schrank G, Olschowsky A. O centro de atenção psicossocial e as estratégias para inserção da família. Rev Esc Enferm USP. 2008; 42(1): 127-34      [1] Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ. Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. [2] Enfermeiro. Professor Adjunto III do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professor Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisador do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Líder do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. E-mail: [email protected] 3 Mestre em Enfermagem pela EEAN/ UFRJ/Brasil. Enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde do município de Volta Redonda – RJ. Membro do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”                                                                                                                                         4 Enfermeira. Professor assciado do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”.   &nbsp

    Safety and efficacy of the ChAdOx1 nCoV-19 vaccine (AZD1222) against SARS-CoV-2: an interim analysis of four randomised controlled trials in Brazil, South Africa, and the UK.

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    BACKGROUND: A safe and efficacious vaccine against severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2), if deployed with high coverage, could contribute to the control of the COVID-19 pandemic. We evaluated the safety and efficacy of the ChAdOx1 nCoV-19 vaccine in a pooled interim analysis of four trials. METHODS: This analysis includes data from four ongoing blinded, randomised, controlled trials done across the UK, Brazil, and South Africa. Participants aged 18 years and older were randomly assigned (1:1) to ChAdOx1 nCoV-19 vaccine or control (meningococcal group A, C, W, and Y conjugate vaccine or saline). Participants in the ChAdOx1 nCoV-19 group received two doses containing 5 × 1010 viral particles (standard dose; SD/SD cohort); a subset in the UK trial received a half dose as their first dose (low dose) and a standard dose as their second dose (LD/SD cohort). The primary efficacy analysis included symptomatic COVID-19 in seronegative participants with a nucleic acid amplification test-positive swab more than 14 days after a second dose of vaccine. Participants were analysed according to treatment received, with data cutoff on Nov 4, 2020. Vaccine efficacy was calculated as 1 - relative risk derived from a robust Poisson regression model adjusted for age. Studies are registered at ISRCTN89951424 and ClinicalTrials.gov, NCT04324606, NCT04400838, and NCT04444674. FINDINGS: Between April 23 and Nov 4, 2020, 23 848 participants were enrolled and 11 636 participants (7548 in the UK, 4088 in Brazil) were included in the interim primary efficacy analysis. In participants who received two standard doses, vaccine efficacy was 62·1% (95% CI 41·0-75·7; 27 [0·6%] of 4440 in the ChAdOx1 nCoV-19 group vs71 [1·6%] of 4455 in the control group) and in participants who received a low dose followed by a standard dose, efficacy was 90·0% (67·4-97·0; three [0·2%] of 1367 vs 30 [2·2%] of 1374; pinteraction=0·010). Overall vaccine efficacy across both groups was 70·4% (95·8% CI 54·8-80·6; 30 [0·5%] of 5807 vs 101 [1·7%] of 5829). From 21 days after the first dose, there were ten cases hospitalised for COVID-19, all in the control arm; two were classified as severe COVID-19, including one death. There were 74 341 person-months of safety follow-up (median 3·4 months, IQR 1·3-4·8): 175 severe adverse events occurred in 168 participants, 84 events in the ChAdOx1 nCoV-19 group and 91 in the control group. Three events were classified as possibly related to a vaccine: one in the ChAdOx1 nCoV-19 group, one in the control group, and one in a participant who remains masked to group allocation. INTERPRETATION: ChAdOx1 nCoV-19 has an acceptable safety profile and has been found to be efficacious against symptomatic COVID-19 in this interim analysis of ongoing clinical trials. FUNDING: UK Research and Innovation, National Institutes for Health Research (NIHR), Coalition for Epidemic Preparedness Innovations, Bill & Melinda Gates Foundation, Lemann Foundation, Rede D'Or, Brava and Telles Foundation, NIHR Oxford Biomedical Research Centre, Thames Valley and South Midland's NIHR Clinical Research Network, and AstraZeneca

    Safety and efficacy of the ChAdOx1 nCoV-19 vaccine (AZD1222) against SARS-CoV-2: an interim analysis of four randomised controlled trials in Brazil, South Africa, and the UK

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    Background A safe and efficacious vaccine against severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2), if deployed with high coverage, could contribute to the control of the COVID-19 pandemic. We evaluated the safety and efficacy of the ChAdOx1 nCoV-19 vaccine in a pooled interim analysis of four trials. Methods This analysis includes data from four ongoing blinded, randomised, controlled trials done across the UK, Brazil, and South Africa. Participants aged 18 years and older were randomly assigned (1:1) to ChAdOx1 nCoV-19 vaccine or control (meningococcal group A, C, W, and Y conjugate vaccine or saline). Participants in the ChAdOx1 nCoV-19 group received two doses containing 5 × 1010 viral particles (standard dose; SD/SD cohort); a subset in the UK trial received a half dose as their first dose (low dose) and a standard dose as their second dose (LD/SD cohort). The primary efficacy analysis included symptomatic COVID-19 in seronegative participants with a nucleic acid amplification test-positive swab more than 14 days after a second dose of vaccine. Participants were analysed according to treatment received, with data cutoff on Nov 4, 2020. Vaccine efficacy was calculated as 1 - relative risk derived from a robust Poisson regression model adjusted for age. Studies are registered at ISRCTN89951424 and ClinicalTrials.gov, NCT04324606, NCT04400838, and NCT04444674. Findings Between April 23 and Nov 4, 2020, 23 848 participants were enrolled and 11 636 participants (7548 in the UK, 4088 in Brazil) were included in the interim primary efficacy analysis. In participants who received two standard doses, vaccine efficacy was 62·1% (95% CI 41·0–75·7; 27 [0·6%] of 4440 in the ChAdOx1 nCoV-19 group vs71 [1·6%] of 4455 in the control group) and in participants who received a low dose followed by a standard dose, efficacy was 90·0% (67·4–97·0; three [0·2%] of 1367 vs 30 [2·2%] of 1374; pinteraction=0·010). Overall vaccine efficacy across both groups was 70·4% (95·8% CI 54·8–80·6; 30 [0·5%] of 5807 vs 101 [1·7%] of 5829). From 21 days after the first dose, there were ten cases hospitalised for COVID-19, all in the control arm; two were classified as severe COVID-19, including one death. There were 74 341 person-months of safety follow-up (median 3·4 months, IQR 1·3–4·8): 175 severe adverse events occurred in 168 participants, 84 events in the ChAdOx1 nCoV-19 group and 91 in the control group. Three events were classified as possibly related to a vaccine: one in the ChAdOx1 nCoV-19 group, one in the control group, and one in a participant who remains masked to group allocation. Interpretation ChAdOx1 nCoV-19 has an acceptable safety profile and has been found to be efficacious against symptomatic COVID-19 in this interim analysis of ongoing clinical trials

    As residências terapêuticas: Implicações para assistência de enfermagem psiquiátrica no município de volta redonda – rj (2005-2009)

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     Gizele da Conceição Soares Martins[1] Antonio José de Almeida Filho [2] Ana Emilia Cardoso Moraes 3  Tânia Cristina Franco Santos 4   FAPERJ Descritores: Enfermagem, História da Enfermagem, Enfermagem Psiquiátrica   INTRODUÇÃO: O processo de implantação da reforma Psiquiátrica em Volta Redonda vem sendo investigado pelo Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq, intitulado "Trajetória do Cuidado de Enfermagem em espaços especializados". A assistência de enfermagem ao cliente com transtorno mental no Brasil vem, ao longo dos anos, se desenvolvendo e procurando atender as propostas oriundas da Reforma Psiquiátrica, que exige dos profissionais de saúde uma prática contrária àquela iniciada com a psiquiatria tradicional, caracterizada pelo isolamento e pelo tratamento punitivo, voltado para a contenção física e química desses usuários. Seguindo as novas diretrizes propostas pela Lei 10.216/01, que trata da proteção e dos direitos destes usuários, foram implantados em vários municípios no país, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Esses CAPS, criados através da Portaria nº 224/92 do Ministério da Saúde, são dispositivos extra-hospitalares e devem funcionar como articuladores entre os diversos dispositivos da rede de atenção a saúde mental, como: Hospital Geral, Programa Saúde da Família (PSF), Residências Terapêuticas, Instituições de Defesa dos Direito do Usuário, Centros Comunitários; bem como auxiliar na aquisição de benefícios como o Programa De Volta Para Casa. O processo de transformação do modelo de saúde mental em Volta Redonda foi bastante complexo, e pautou-se na intervenção por parte das autoridades municipais, cuja justificativa era de que as instituições deveriam atender os usuários  de maneira resolutiva e buscasse a reinserção social das pessoas com distúrbios mentais. Com apoio da FAPERJ, esta pesquisa apresenta como objeto de estudo a participação do enfermeiro nas “Residências Terapêuticas” para portadores de transtorno mental, no município de Volta Redonda –RJ. OBJETIVOS: Descrever as circunstâncias de criação das Residências Terapêutica; Caracterizar o funcionamento das Residências Terapêuticas e descrever a atuação do enfermeiro junto à Residência Terapêutica. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de cunho histórico-social. As fontes primárias constou de documentos escritos e de seis depoimentos orais. As fontes secundárias abordaram a reforma psiquiátrica, suas implicações para enfermagem e a sociedade, e os estudos de história da enfermagem sobre o tema. Essas fontes foram compostas por dissertações e teses, documentos e livros, localizados no Centro de Estudos de Saúde Mental da CSVR (CESAM), na Biblioteca Setorial da pós-graduação da Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ, nos arquivos do Programa de Saúde Mental do município de Volta Redonda, no site do Ministério da Saúde e, artigos indexados na base SciELO. Os achados foram classificados, contextualizados e interpretados à luz da literatura sobre a reforma psiquiátrica e a assistência ao doente mental, o que permitiu a construção de uma versão original sobre a atuação do enfermeiro nas Residências Terapêuticas, no município de Volta Redonda - RJ. Cabe ressaltar que, em cumprimento da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, o presente estudo foi submetido, em 18 de setembro de 2009, ao Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery/ Hospital Escola São Francisco de Assis, sendo aprovado, conforme consta no protocolo nº 058/2009.   RESULTADOS: Baseado nas diretrizes do Ministério da Saúde, foram implantadas três Residências Terapêuticas em Volta Redonda- RJ, cuja finalidade é a moradia de portadores de transtorno mental, egressos ou não de hospital psiquiátrico, com dificuldade de voltar ao convívio familiar ou que não tinham familiares. Essas Residências contam com cuidadores que não possuem nível superior, e, em sua maioria são técnicos de enfermagem. Então, o enfermeiro atua indiretamente nesse cenário, ou seja, através dos CAPS e do PSF. Nos CAPS, o atendimento é mais centrado na doença psiquiátrica, sendo o tratamento individualizado. Além disso, são feitas oficinas com grupos de usuários, para desenvolver suas capacidades no sentido de gerar mais autonomia. Nesse contexto, a participação do enfermeiro se faz presente e cria-se um vínculo de confiança entre o profissional e o usuário, e, deste, com o serviço. Já no PSF, situado em Unidades Básicas de Saúde, o atendimento é voltado para as questões clínicas, de doenças agudas ou crônicas, sem, necessariamente, que estas estejam vinculadas à doença psiquiátrica, ou seja, atendimento ambulatorial de rotina para prevenção de doenças e/ou agravos e promoção da saúde. As Residências Terapêuticas contam também com visitas domiciliares de agentes de saúde e do enfermeiro, mensalmente, ou, de acordo com a necessidade da Residência, mas priorizou-se que o usuário fosse ate a unidade para ser atendido, pois o atendimento feito pela equipe do PSF não confere prioridade aos usuários das Residências Terapêuticas por suas patologias psiquiátricas, todos são atendidos igualmente dentro da área de abrangência de cada equipe.   CONCLUSÃO: O fato de um portador de transtorno mental habitar uma casa, sem conotação hospitalar, desvincula a imagem de que o mesmo precisa viver isolado da sociedade e tornou possível a prática de seus direitos e deveres, respaldados por lei, como um cidadão comum. A Residência Terapêutica é vista como um lar, onde a autonomia do usuário é estimulada para realizar ações do cotidiano de uma casa normal e, assim, pôde-se favorecer a reaproximação com alguns familiares e com a sociedade. A participação do enfermeiro junto as RT se dá através dos CAPS e do PSF. Para a ressocialização com a família e a reinserção do usuário na sociedade, é fundamental o suporte dado pelo profissional enfermeiro do CAPS.   REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde/DAPE. Residencias Terapeuticas: o que são, para que servem. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional deReforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005.Castro H. História Social. In Cardoso CF; Vainfas R (orgs.). Domínios da História. Ensaios de Teoria e Metodologia. Rio de Janeiro. Ed. Campos, 1997.Moraes AEC. Casa de Saúde Volta Redonda como lócus de implantação da Reforma Psiquiátrica no município de Volta Redonda: a participação da enfermagem (1993 – 1995). [dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro (RJ): Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ; 2008.Schrank G, Olschowsky A. O centro de atenção psicossocial e as estratégias para inserção da família. Rev Esc Enferm USP. 2008; 42(1): 127-34      [1] Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ. Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. [2] Enfermeiro. Professor Adjunto III do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professor Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisador do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Líder do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. E-mail: [email protected] 3 Mestre em Enfermagem pela EEAN/ UFRJ/Brasil. Enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde do município de Volta Redonda – RJ. Membro do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”                                                                                                                                         4 Enfermeira. Professor assciado do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”.  

    AS RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS: IMPLICAÇÕES PARA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA NO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA – RJ (2005-2009)

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     Gizele da Conceição Soares Martins[1] Antonio José de Almeida Filho [2] Ana Emilia Cardoso Moraes 3  Tânia Cristina Franco Santos 4   FAPERJ Descritores: Enfermagem, História da Enfermagem, Enfermagem Psiquiátrica   INTRODUÇÃO: O processo de implantação da reforma Psiquiátrica em Volta Redonda vem sendo investigado pelo Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq, intitulado "Trajetória do Cuidado de Enfermagem em espaços especializados". A assistência de enfermagem ao cliente com transtorno mental no Brasil vem, ao longo dos anos, se desenvolvendo e procurando atender as propostas oriundas da Reforma Psiquiátrica, que exige dos profissionais de saúde uma prática contrária àquela iniciada com a psiquiatria tradicional, caracterizada pelo isolamento e pelo tratamento punitivo, voltado para a contenção física e química desses usuários. Seguindo as novas diretrizes propostas pela Lei 10.216/01, que trata da proteção e dos direitos destes usuários, foram implantados em vários municípios no país, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Esses CAPS, criados através da Portaria nº 224/92 do Ministério da Saúde, são dispositivos extra-hospitalares e devem funcionar como articuladores entre os diversos dispositivos da rede de atenção a saúde mental, como: Hospital Geral, Programa Saúde da Família (PSF), Residências Terapêuticas, Instituições de Defesa dos Direito do Usuário, Centros Comunitários; bem como auxiliar na aquisição de benefícios como o Programa De Volta Para Casa. O processo de transformação do modelo de saúde mental em Volta Redonda foi bastante complexo, e pautou-se na intervenção por parte das autoridades municipais, cuja justificativa era de que as instituições deveriam atender os usuários  de maneira resolutiva e buscasse a reinserção social das pessoas com distúrbios mentais. Com apoio da FAPERJ, esta pesquisa apresenta como objeto de estudo a participação do enfermeiro nas “Residências Terapêuticas” para portadores de transtorno mental, no município de Volta Redonda –RJ. OBJETIVOS: Descrever as circunstâncias de criação das Residências Terapêutica; Caracterizar o funcionamento das Residências Terapêuticas e descrever a atuação do enfermeiro junto à Residência Terapêutica. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de cunho histórico-social. As fontes primárias constou de documentos escritos e de seis depoimentos orais. As fontes secundárias abordaram a reforma psiquiátrica, suas implicações para enfermagem e a sociedade, e os estudos de história da enfermagem sobre o tema. Essas fontes foram compostas por dissertações e teses, documentos e livros, localizados no Centro de Estudos de Saúde Mental da CSVR (CESAM), na Biblioteca Setorial da pós-graduação da Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ, nos arquivos do Programa de Saúde Mental do município de Volta Redonda, no site do Ministério da Saúde e, artigos indexados na base SciELO. Os achados foram classificados, contextualizados e interpretados à luz da literatura sobre a reforma psiquiátrica e a assistência ao doente mental, o que permitiu a construção de uma versão original sobre a atuação do enfermeiro nas Residências Terapêuticas, no município de Volta Redonda - RJ. Cabe ressaltar que, em cumprimento da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, o presente estudo foi submetido, em 18 de setembro de 2009, ao Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery/ Hospital Escola São Francisco de Assis, sendo aprovado, conforme consta no protocolo nº 058/2009.   RESULTADOS: Baseado nas diretrizes do Ministério da Saúde, foram implantadas três Residências Terapêuticas em Volta Redonda- RJ, cuja finalidade é a moradia de portadores de transtorno mental, egressos ou não de hospital psiquiátrico, com dificuldade de voltar ao convívio familiar ou que não tinham familiares. Essas Residências contam com cuidadores que não possuem nível superior, e, em sua maioria são técnicos de enfermagem. Então, o enfermeiro atua indiretamente nesse cenário, ou seja, através dos CAPS e do PSF. Nos CAPS, o atendimento é mais centrado na doença psiquiátrica, sendo o tratamento individualizado. Além disso, são feitas oficinas com grupos de usuários, para desenvolver suas capacidades no sentido de gerar mais autonomia. Nesse contexto, a participação do enfermeiro se faz presente e cria-se um vínculo de confiança entre o profissional e o usuário, e, deste, com o serviço. Já no PSF, situado em Unidades Básicas de Saúde, o atendimento é voltado para as questões clínicas, de doenças agudas ou crônicas, sem, necessariamente, que estas estejam vinculadas à doença psiquiátrica, ou seja, atendimento ambulatorial de rotina para prevenção de doenças e/ou agravos e promoção da saúde. As Residências Terapêuticas contam também com visitas domiciliares de agentes de saúde e do enfermeiro, mensalmente, ou, de acordo com a necessidade da Residência, mas priorizou-se que o usuário fosse ate a unidade para ser atendido, pois o atendimento feito pela equipe do PSF não confere prioridade aos usuários das Residências Terapêuticas por suas patologias psiquiátricas, todos são atendidos igualmente dentro da área de abrangência de cada equipe.   CONCLUSÃO: O fato de um portador de transtorno mental habitar uma casa, sem conotação hospitalar, desvincula a imagem de que o mesmo precisa viver isolado da sociedade e tornou possível a prática de seus direitos e deveres, respaldados por lei, como um cidadão comum. A Residência Terapêutica é vista como um lar, onde a autonomia do usuário é estimulada para realizar ações do cotidiano de uma casa normal e, assim, pôde-se favorecer a reaproximação com alguns familiares e com a sociedade. A participação do enfermeiro junto as RT se dá através dos CAPS e do PSF. Para a ressocialização com a família e a reinserção do usuário na sociedade, é fundamental o suporte dado pelo profissional enfermeiro do CAPS.   REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde/DAPE. Residencias Terapeuticas: o que são, para que servem. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional deReforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005. Castro H. História Social. In Cardoso CF; Vainfas R (orgs.). Domínios da História. Ensaios de Teoria e Metodologia. Rio de Janeiro. Ed. Campos, 1997. Moraes AEC. Casa de Saúde Volta Redonda como lócus de implantação da Reforma Psiquiátrica no município de Volta Redonda: a participação da enfermagem (1993 – 1995). [dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro (RJ): Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ; 2008. Schrank G, Olschowsky A. O centro de atenção psicossocial e as estratégias para inserção da família. Rev Esc Enferm USP. 2008; 42(1): 127-34       [1] Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ. Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. [2] Enfermeiro. Professor Adjunto III do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professor Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisador do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Líder do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. E-mail: [email protected] 3 Mestre em Enfermagem pela EEAN/ UFRJ/Brasil. Enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde do município de Volta Redonda – RJ. Membro do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”                                                                                                                                         4 Enfermeira. Professor assciado do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”.  

    AS RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS: IMPLICAÇÕES PARA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA NO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA – RJ (2005-2009)

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     Gizele da Conceição Soares Martins[1] Antonio José de Almeida Filho [2] Ana Emilia Cardoso Moraes 3  Tânia Cristina Franco Santos 4   FAPERJ Descritores: Enfermagem, História da Enfermagem, Enfermagem Psiquiátrica   INTRODUÇÃO: O processo de implantação da reforma Psiquiátrica em Volta Redonda vem sendo investigado pelo Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq, intitulado "Trajetória do Cuidado de Enfermagem em espaços especializados". A assistência de enfermagem ao cliente com transtorno mental no Brasil vem, ao longo dos anos, se desenvolvendo e procurando atender as propostas oriundas da Reforma Psiquiátrica, que exige dos profissionais de saúde uma prática contrária àquela iniciada com a psiquiatria tradicional, caracterizada pelo isolamento e pelo tratamento punitivo, voltado para a contenção física e química desses usuários. Seguindo as novas diretrizes propostas pela Lei 10.216/01, que trata da proteção e dos direitos destes usuários, foram implantados em vários municípios no país, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Esses CAPS, criados através da Portaria nº 224/92 do Ministério da Saúde, são dispositivos extra-hospitalares e devem funcionar como articuladores entre os diversos dispositivos da rede de atenção a saúde mental, como: Hospital Geral, Programa Saúde da Família (PSF), Residências Terapêuticas, Instituições de Defesa dos Direito do Usuário, Centros Comunitários; bem como auxiliar na aquisição de benefícios como o Programa De Volta Para Casa. O processo de transformação do modelo de saúde mental em Volta Redonda foi bastante complexo, e pautou-se na intervenção por parte das autoridades municipais, cuja justificativa era de que as instituições deveriam atender os usuários  de maneira resolutiva e buscasse a reinserção social das pessoas com distúrbios mentais. Com apoio da FAPERJ, esta pesquisa apresenta como objeto de estudo a participação do enfermeiro nas “Residências Terapêuticas” para portadores de transtorno mental, no município de Volta Redonda –RJ. OBJETIVOS: Descrever as circunstâncias de criação das Residências Terapêutica; Caracterizar o funcionamento das Residências Terapêuticas e descrever a atuação do enfermeiro junto à Residência Terapêutica. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de cunho histórico-social. As fontes primárias constou de documentos escritos e de seis depoimentos orais. As fontes secundárias abordaram a reforma psiquiátrica, suas implicações para enfermagem e a sociedade, e os estudos de história da enfermagem sobre o tema. Essas fontes foram compostas por dissertações e teses, documentos e livros, localizados no Centro de Estudos de Saúde Mental da CSVR (CESAM), na Biblioteca Setorial da pós-graduação da Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ, nos arquivos do Programa de Saúde Mental do município de Volta Redonda, no site do Ministério da Saúde e, artigos indexados na base SciELO. Os achados foram classificados, contextualizados e interpretados à luz da literatura sobre a reforma psiquiátrica e a assistência ao doente mental, o que permitiu a construção de uma versão original sobre a atuação do enfermeiro nas Residências Terapêuticas, no município de Volta Redonda - RJ. Cabe ressaltar que, em cumprimento da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, o presente estudo foi submetido, em 18 de setembro de 2009, ao Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery/ Hospital Escola São Francisco de Assis, sendo aprovado, conforme consta no protocolo nº 058/2009.   RESULTADOS: Baseado nas diretrizes do Ministério da Saúde, foram implantadas três Residências Terapêuticas em Volta Redonda- RJ, cuja finalidade é a moradia de portadores de transtorno mental, egressos ou não de hospital psiquiátrico, com dificuldade de voltar ao convívio familiar ou que não tinham familiares. Essas Residências contam com cuidadores que não possuem nível superior, e, em sua maioria são técnicos de enfermagem. Então, o enfermeiro atua indiretamente nesse cenário, ou seja, através dos CAPS e do PSF. Nos CAPS, o atendimento é mais centrado na doença psiquiátrica, sendo o tratamento individualizado. Além disso, são feitas oficinas com grupos de usuários, para desenvolver suas capacidades no sentido de gerar mais autonomia. Nesse contexto, a participação do enfermeiro se faz presente e cria-se um vínculo de confiança entre o profissional e o usuário, e, deste, com o serviço. Já no PSF, situado em Unidades Básicas de Saúde, o atendimento é voltado para as questões clínicas, de doenças agudas ou crônicas, sem, necessariamente, que estas estejam vinculadas à doença psiquiátrica, ou seja, atendimento ambulatorial de rotina para prevenção de doenças e/ou agravos e promoção da saúde. As Residências Terapêuticas contam também com visitas domiciliares de agentes de saúde e do enfermeiro, mensalmente, ou, de acordo com a necessidade da Residência, mas priorizou-se que o usuário fosse ate a unidade para ser atendido, pois o atendimento feito pela equipe do PSF não confere prioridade aos usuários das Residências Terapêuticas por suas patologias psiquiátricas, todos são atendidos igualmente dentro da área de abrangência de cada equipe.   CONCLUSÃO: O fato de um portador de transtorno mental habitar uma casa, sem conotação hospitalar, desvincula a imagem de que o mesmo precisa viver isolado da sociedade e tornou possível a prática de seus direitos e deveres, respaldados por lei, como um cidadão comum. A Residência Terapêutica é vista como um lar, onde a autonomia do usuário é estimulada para realizar ações do cotidiano de uma casa normal e, assim, pôde-se favorecer a reaproximação com alguns familiares e com a sociedade. A participação do enfermeiro junto as RT se dá através dos CAPS e do PSF. Para a ressocialização com a família e a reinserção do usuário na sociedade, é fundamental o suporte dado pelo profissional enfermeiro do CAPS.   REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde/DAPE. Residencias Terapeuticas: o que são, para que servem. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional deReforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005. Castro H. História Social. In Cardoso CF; Vainfas R (orgs.). Domínios da História. Ensaios de Teoria e Metodologia. Rio de Janeiro. Ed. Campos, 1997. Moraes AEC. Casa de Saúde Volta Redonda como lócus de implantação da Reforma Psiquiátrica no município de Volta Redonda: a participação da enfermagem (1993 – 1995). [dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro (RJ): Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ; 2008. Schrank G, Olschowsky A. O centro de atenção psicossocial e as estratégias para inserção da família. Rev Esc Enferm USP. 2008; 42(1): 127-34       [1] Acadêmica de Enfermagem da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ. Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. [2] Enfermeiro. Professor Adjunto III do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professor Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisador do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Líder do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”. E-mail: [email protected] 3 Mestre em Enfermagem pela EEAN/ UFRJ/Brasil. Enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde do município de Volta Redonda – RJ. Membro do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”                                                                                                                                         4 Enfermeira. Professor assciado do Departamento de Enfermagem Fundamental da EEAN/ UFRJ. Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da EEAN/ UFRJ. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Trajetória do cuidado de enfermagem em cenários especializados”.  

    Brazilian Flora 2020: Leveraging the power of a collaborative scientific network

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    International audienceThe shortage of reliable primary taxonomic data limits the description of biological taxa and the understanding of biodiversity patterns and processes, complicating biogeographical, ecological, and evolutionary studies. This deficit creates a significant taxonomic impediment to biodiversity research and conservation planning. The taxonomic impediment and the biodiversity crisis are widely recognized, highlighting the urgent need for reliable taxonomic data. Over the past decade, numerous countries worldwide have devoted considerable effort to Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC), which called for the preparation of a working list of all known plant species by 2010 and an online world Flora by 2020. Brazil is a megadiverse country, home to more of the world's known plant species than any other country. Despite that, Flora Brasiliensis, concluded in 1906, was the last comprehensive treatment of the Brazilian flora. The lack of accurate estimates of the number of species of algae, fungi, and plants occurring in Brazil contributes to the prevailing taxonomic impediment and delays progress towards the GSPC targets. Over the past 12 years, a legion of taxonomists motivated to meet Target 1 of the GSPC, worked together to gather and integrate knowledge on the algal, plant, and fungal diversity of Brazil. Overall, a team of about 980 taxonomists joined efforts in a highly collaborative project that used cybertaxonomy to prepare an updated Flora of Brazil, showing the power of scientific collaboration to reach ambitious goals. This paper presents an overview of the Brazilian Flora 2020 and provides taxonomic and spatial updates on the algae, fungi, and plants found in one of the world's most biodiverse countries. We further identify collection gaps and summarize future goals that extend beyond 2020. Our results show that Brazil is home to 46,975 native species of algae, fungi, and plants, of which 19,669 are endemic to the country. The data compiled to date suggests that the Atlantic Rainforest might be the most diverse Brazilian domain for all plant groups except gymnosperms, which are most diverse in the Amazon. However, scientific knowledge of Brazilian diversity is still unequally distributed, with the Atlantic Rainforest and the Cerrado being the most intensively sampled and studied biomes in the country. In times of “scientific reductionism”, with botanical and mycological sciences suffering pervasive depreciation in recent decades, the first online Flora of Brazil 2020 significantly enhanced the quality and quantity of taxonomic data available for algae, fungi, and plants from Brazil. This project also made all the information freely available online, providing a firm foundation for future research and for the management, conservation, and sustainable use of the Brazilian funga and flora

    Núcleos de Ensino da Unesp: artigos 2009

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