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    PERFIL DE PACIENTES EM USO DE TERAPIA DUPLA COM DOLUTEGRAVIR E LAMIVUDINA, COORTE RETROSPECTIVA DE VIDA REAL

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    Introdução: O uso a longo prazo dos antirretrovirais (ARVs) e suas toxicidades são um desafio no atual manejo de pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA). Com ARVs mais potentes e com maior barreira genética, a terapia dupla (TD) está atualmente recomendada em várias situações. Métodos: Análise retrospectiva realizada até agosto/2022 em PVHA atendidas no CRT DST/AIDS, São Paulo, utilizando TD baseada em Dolutegravir (DTG) 50 mg + Lamivudina (3TC) 300 mg ≥ 365 dias. Dados foram capturados dos prontuários e inseridos na plataforma REDCAP juntamente a verificação de dispensas de ARVs pelo Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM). Resultados: Em um total 8849 pacientes ativos na instituição, identificamos 383 elegíveis à inclusão e análise. Características da população: homem cisgênero 294 (76,1%), brancos 284 (74,1%), ensino superior completo 171 (44,6%), mediana de idade 56,9 anos, mediana de idade no diagnóstico 38 anos, tempo médio de infecção pelo HIV 16,9 anos, contagem linfócitos TCD4 >500 células 315 (82,2%). Identificamos 9 óbitos (2 doença cardiovascular, 2 COVID-19 e 5 sem dados), 371 vivos em seguimento e 3 sem dados. Em relação aos ARVs: tempo médio de exposição 13,5 anos, número médio de esquemas prévios 3,1 (1 naive, 249 um a três esquemas e 133 quatro ou mais), exposição prévia aos Inibidores de Integrase 218 (56,9%). Principais esquemas prévios a TD: Tenofovir (TDF) + 3TC + DTG 166 (43%), Abacavir (ABC) + 3TC + DTG 44 (11,4%), Zidovudina (AZT) + 3TC + DTG 32 (8,3%), TDF + 3TC + Efavirenz (EFZ) 30 (7,8%), ABC + 3TC + EFZ 29 (7,5%) e 82 outros esquemas. Principais razões para TD: comorbidade óssea 110, comorbidade renal 95, conveniência posológica 82, comorbidade cardiovascular 44, outros eventos adversos 40 (lipodistrofia, elevação de transaminases e dislipidemia) e 54 (14%) sem dados. Identificamos pacientes com mais de uma razão. Em relação a manutenção da TD: 371 (96,9%) mantiveram uso, 8 trocas de esquema (2 falhas virológicas, 1 otimização de TARV após blip sem confirmação de falha, 1 presença de M184V em genotipagem prévia e 4 motivos clínicos) e 4 sem dados. Tempo médio de uso de TD no momento da análise 2,4 anos. Não foi possível avaliar ausência de falha virológica prévia em toda população. Conclusão: Uso de TD com Dolutegravir e Lamivudina, pode ser uma opção segura em PVHA em supressão viral, em uso de terapia antirretroviral há vários anos, sem falha virológica prévia
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