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A influência da família na atividade física de crianças e adolescentes: revisão Integrativa da Literatura/ The family influence on children and adolescents’ physical activity: an Integrative Review of the Literature
A Atividade Física (AF) é um importante comportamento para manutenção de saúde física e mental ao longo da vida, e que deve ser estimulado desde a infância. Tendo em vista que a família é o primeiro sistema com o qual se tem contato, o objetivo da presente revisão integrativa da literatura foi verificar de que forma a relação estabelecida entre os pais e seus filhos influencia a prática de atividade física das crianças e adolescentes. Foram utilizadas três bases de dados para busca dos estudos, nas quais foram identificados 1410 artigos, dos quais, apenas 27 estudos foram incluídos. A partir da extração e análise dos dados, foram identificadas três grandes categorias temáticas: Sistema Familiar, Transgeracionalidade e Macrossistema. Ainda, as duas primeiras foram subdividas em categorias menores a fim de aprofundar temáticas específicas. A nuvem de palavras sumarizou o trabalho realizado apontando para importância do papel do subsistema parental, do ambiente de casa e do suporte. Em suma, foi possível perceber a importância do funcionamento familiar para prática regular de AF de crianças e adolescentes, destacando-se o papel ativo dos pais de participar e oferecer oportunidades para que a prática aconteça
IMPACTO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E DO SEXO EM PARÂMETROS DE SAÚDE MENTAL
The aim of the study was to compare the levels of stress, anxiety and depression between men and women with different levels of physical activity. An online form was created in which, for the level of physical activity, two questions were formulated, addressing the weekly volume of physical activity and the intensity of these activities. From the answers, the participants were classified based on the recommendations of the World Health Organization (WHO) for the practice of physical activity in: (i) did not practice; (ii) they practiced, but did not reach the recommendations; and (iii) reached the recommendations. To determine the levels of depression, anxiety and stress, the DASS-21 questionnaire was used. Two hundred and nine people participated in the study (women, n=131; men, n=78). Women had worse mental health outcomes than men. Furthermore, achieving the WHO physical activity recommendations was an important factor for better mental health outcomes.El objetivo del estudio fue comparar los niveles de estrés, ansiedad y depresión entre hombres y mujeres con diferentes niveles de actividad física. Se elaboró un formulario en línea en el que, para el nivel de actividad física, se formularon dos preguntas, abordando el volumen semanal de actividad física y la intensidad de estas actividades. A partir de las respuestas, los participantes fueron clasificados con base en las recomendaciones de la Organización Mundial de la Salud (OMS) para la práctica de actividad física en: (i) no practicaban; (ii) practicaron, pero no alcanzaron las recomendaciones; y (iii) alcanzó las recomendaciones. Para determinar los niveles de depresión, ansiedad y estrés se utilizó el cuestionario DASS-21. Doscientas nueve personas participaron en el estudio (mujeres, n=131; hombres, n=78). Las mujeres tuvieron peores resultados de salud mental que los hombres. Además, lograr las recomendaciones de actividad física de la OMS fue un factor importante para obtener mejores resultados de salud mental.O objetivo do estudo foi comparar os níveis de estresse, ansiedade e depressão entre homens e mulheres com diferentes níveis de atividade física. Foi criado um formulário online em que, para o nível de atividade física, foram formuladas duas perguntas, abordando o volume semanal de atividade física e a intensidade destas atividades. A partir das respostas, os participantes foram classificados com base nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a prática de atividade física em: (i) não praticavam; (ii) praticavam, mas não atingiam as recomendações; e (iii) atingiam as recomendações. Para a determinação dos níveis de depressão, ansiedade e estresse foi utilizado o questionário DASS-21. Duzentos e nove pessoas participaram do estudo (mulheres, n=131; homens, n=78). Mulheres tiveram piores resultados na saúde mental do que os homens. Ainda, atingir as recomendações de atividade física da OMS foi um fator importante para resultados melhores na saúde mental
Actividad física y bienestar mental durante el distanciamiento social durante la pandemia de COVID-19
Objetivo: A pesquisa buscou compreender como o distanciamento social durante a pandemia COVID-19 impactou os níveis de atividade física e o bem-estar mental. Método: Participaram do estudo 511 pessoas dos 19 estados uruguaios, sendo 69,1% do sexo feminino e com faixa etária entre 18 e 24 anos (43,4%). Os participantes responderam questionário online, contendo questões sobre fadiga, nível de AF antes e após o início da pandemia, escala de Bem-estar Mental Warwick-Edimburgo, tempo que passa em frente as telas e número de pessoas que mantém contato. As informações foram mantidas anônimas e em sigilo, não constando perguntas que pudessem identificar os participantes. Resultados: A aplicação da pesquisa foi durante o período de distanciamento social, permanecendo disponível por um mês e 12 dias. Os resultados mostraram aumento da inatividade física e impacto negativo no bem-estar mental daqueles que se tornaram inativos durante o distanciamento. Conclusão: Em suma, as medidas de distanciamento apresentam prejuízos a saúde física e mental da população, sendo necessária a implementação de medidas de incentivo a prática de AF para que as pessoas possam retomar e aprimorar seus cuidados integrais com a saúde.Objective: This research sought to understand how social distancing during the COVID-19 pandemic impacted physical activity levels and mental well-being. Methods: The study included 511 people from 19 Uruguayan states who participated in the study, 69.1% of whom were female and aged between 18 and 24 (43.4%). Participants answered an online questionnaire containing questions about fatigue, PA level before and after the pandemic onset, Warwick-Edinburgh Mental Well-Being Scale, time spent in front of screens and number of people they kept in touch with. The information was kept anonymous and confidential, with no questions that could identify the participants. The survey was conducted during the period of social distancing, remaining available for one month and 12 days. Results: The results showed an increase in physical inactivity and a negative impact on the mental well-being of those who became inactive during the distancing period. Conclusion: In sum, distancing measures caused harm to the physical and mental health of the population, requiring the implementation of measures to encourage PA practice so that people can re-equip and enhance their integral health care.Objetivo: Esta investigación buscó comprender cómo el distanciamiento social durante la pandemia de COVID-19 impactó en los niveles de actividad física y bienestar mental. Métodos: Participaron 511 personas de 19 estados uruguayos, de las cuales 69,1% eran mujeres y tenían entre 18 y 24 años (43,4%), quienes respondieron un cuestionario online que contenía preguntas sobre fatiga, nivel de AF antes y después del inicio de la pandemia, Escala de Bienestar Mental de Warwick-Edinburgh, tiempo pasado frente a las pantallas y número de personas con las que mantenían contacto. La información se mantuvo anónima y confidencial, sin preguntas que pudieran identificar a los participantes. La encuesta se realizó durante el período de distanciamiento social, y estuvo disponible durante un mes y 12 días. Resultados: Los resultados mostraron un aumento de la inactividad física y un impacto negativo en el bienestar mental de quienes se volvieron inactivos durante el período de distanciamiento. Conclusión: En resumen, las medidas de distanciamiento causaron daños a la salud física y mental de la población, siendo necesaria la implementación de medidas que incentiven la práctica de AF para que las personas puedan renovar sus herramientas y mejorar el cuidado integral de su salud.Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educació
Construção de material psicoeducativo durante a pandemia da COVID-19: cartilha sobre saúde para crianças/ Construction of psychoeducational material during the COVID-19 pandemic: a booklet about children's health
Objetivo: Relatar o processo de construção de uma cartilha psicoeducativa que auxilia pais/cuidadores e crianças a manterem os comportamentos de saúde durante a pandemia. Métodos: O conteúdo foi baseado nas recomendações de instituições de saúde como Organização Mundial da Saúde, Colégio Americano de Medicina do Esporte e Sociedade Brasileira de Pediatria. Após revisão e leitura cuidadosa dos materiais, foi formulado o texto em forma de história em quadrinhos. Além disso, foi realizada uma curadoria de vídeos e materiais online que trouxesse mais informações e incentivassem a adesão a um estilo de vida saudável. O material foi avaliado por 5 juízes correspondentes a profissionais da área de pediatria e pessoas do público-alvo. Resultados: O coeficiente de validade de conteúdo de 0,97 e 1,00 para clareza de linguagem e pertinência respectivamente. A concordância intraclasse de Finn foi igual a 0,96. Conclusão: Com isso, recomenda-se a utilização da presente cartilha para promoção de comportamentos de saúde e psicoeducação. Novos materiais como este, com fundamentação metodológica, assegurando uma robustez científica e um conteúdo baseado em evidências deveriam ser produzidos
La Opinión : diario independiente de la mañana: Epoca SEGUNDA Año V Número 939 - 1927 Enero 17
A Teoria de Geração de Força foi primeiramente proposta por Taylor (1980) aplicada à corrida de mamíferos. O autor sugere que o consumo de energia metabólica estaria principalmente relacionado com a força exercida pela musculatura ativa durante esta atividade. Com isso, o volume muscular ativo seria proporcional ao tamanho do animal que se locomove, pois a força gerada está ligada com a sustentação do peso corporal. Além disso, esse consumo de energia também deve ser proporcional ao tempo disponível para aplicação de força no solo, o qual corresponde ao tempo em que o pé mantém contato com o solo durante a corrida. Neste caso, quanto menor o tempo que o animal tem para gerar a força, maior seria o despêndio metabólico durante a corrida. Com isso, o objetivo do estudo foi verificar e correlacionar esses parâmetros biomecânicos da teoria de geração de força com a economia de corrida avaliada em um grupo de corredores. Foram selecionados treze corredores para participar dessa pesquisa, os quais realizaram testes de consumo máximo de oxigênio (VO2MÁX), economia de corrida (ECO) - com análise cinemática - e uma prova de 10.000 metros de corrida em pista aberta. No software LabVIEW 8.5 foram criadas três rotinas matemáticas com base nas equações advindas da literatura. Para análise estatística verificou-se a normalidade dos dados através do teste de Shapiro-Wilk. Além disso, foram desenvolvidas análises descritivas e de correlação Produto-Momento de Pearson (α = 0,05) entre as variáveis apresentadas nas equações preditivas com aquelas avaliadas diretamente durante os testes. Além da ECO, variáveis advindas das equações, como o valor de energia dispendida durante a corrida (Etrans), a força vertical aplicada no solo (F) e o coeficiente de custo (c) também foram utilizadas, assim como o tempo de contato (tc) e a frequência de passo (N). A correlação entre a ECO e Etrans demonstrou-se fraca (r = -0,26). Da mesma forma, ECO não apresentou forte correlação com as variáveis espaço-temporais (N, r = -0,26; , r = -0,01), o que demonstra certa fragilidade das equações propostas pela literatura. Por outro lado, F a apresentou uma forte correlação com o ECO (r = 0,92), o que evidencia que essa variável pode influenciar nessa resposta fisiológica. Soma-se a isso a forte correlação encontrada entre e (r = 0,91). Portanto, a partir desses resultados, pode-se afirmar que o sujeito com maior ECO aplicará uma força com maior magnitude durante o tc, pois esta variável apresentou uma forte correlação linear com a ECO. Concluiu-se que a teoria pode explicar as determinantes da energia metabólica dispendida pelos animais vertebrados durante a corrida de uma forma abrangente. No entanto, quando aplicada especificamente a um grupo homogêneo (mamíferos bípedes treinados), ela não representa a quantidade de energia gasta para essa atividade de forma precisa.The theory of generating force was first proposed by Taylor (1980) applied to the running of mammals. The author suggests that the metabolic energy consumption would be mainly related to the force exerted by the musculature active during this task. Consequently, the volume of active muscles should be proportional to the size of the animal that moves. Furthermore, this consumption should also be proportional to the time available to apply the force on the ground, and this corresponds to the time the foot maintain contact with the ground. In this case, the smaller is the time the animal has to generate the force, greater is the metabolic expenditure during running. Thus, the objective of this study was to verify and correlate these biomechanical parameters of the theory of generating force with running economy evaluated in a group of runners. Thirteen runners were selected to participate in this study. They were submitted to maximal oxygen consumption (VO2MAX) test, running economy (ECO) test – with kinematic analyses – and a 10.000 meters running test in an open track. In the software LabVIEW 8.5 three mathematical routines were created based on the equations found on the literature. For statistical analyses it was verified if the data was parametric through Shapiro-Wilk test. Moreover, descriptive analyses were developed and Pearson’s Product-moment correlation (α = 0,05) were developed between the variables presented in the predictive equations and those evaluated during directly tests. Besides the ECO, variables coming from the equations, as the value of energy expenditure (Etrans), the vertical force apply on the ground (F) and cost coefficient (c) were also used in the analyses, as well as the contact time (tc) and the step frequency (N). The correlation between ECO and Etrans was weak (r = -0,26). ECO also did not show a strong correlation with spatiotemporal variables (tc, r = -0,26; N, r = -0,01), showing some fragility of the equations proposed by the literature. Contrarily, F presented a strong correlation with ECO (r = 0,92), which evidences that that this variable may influence on physiological responses. Additionally, a strong correlation was found between F and (r = 0,91). Therefore, through these results, it is possible to affirm that the subject with higher ECO will apply a force with larger magnitude during , because this variable presented a strong linear relationship with ECO. In conclusion, the theory can explain the determinants to the energy consumption of all vertebrate animals during tc running in general. However, when applied to a specific homogeneous group (bipeds trained mammals), the theory does not represent the energy expenditure to this task
Comportamento de parâmetros metabólicos e mecânicos da caminhada de indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica
Introdução. Os pacientes com DPOC apresentam capacidade de exercício reduzida e limitação funcional para realização de suas atividades diárias, impactando a qualidade de vida desses indivíduos. Além disso, foi demonstrado para esses indivíduos um maior risco de queda em comparação a indivíduos saudáveis da mesma idade. Contudo, não se sabe o papel da intolerância ao exercício em variáveis relacionadas a locomoção dos pacientes com DPOC como o custo de transporte (C), a velocidade autosselecionada (VAS) e a estabilidade dinâmica, que podem auxiliar na dimensão da influência dessa intolerância na vida diária desses indivíduos. Objetivo. O presente estudo se propôs a investigar o comportamento do C, da eficiência ventilatória, do conforto ventilatório e da estabilidade dinâmica em diferentes velocidades de caminhada de indivíduos com DPOC e comparar com indivíduos sem a doença, além de verificar a possível correspondência entre a VAS e a velocidade ótima. Materiais e Métodos. Onze participantes com DPOC fizeram parte desse estudo e foram comparados com onze controles pareados por sexo e idade. Eles foram primeiramente submetidos a um teste de exercício cardiopulmonar e, em um segundo momento, a uma avaliação do C. No protocolo submáximo, os participantes caminharam em cinco velocidades diferentes, sendo uma a VAS e outras quatro ±20% e ±40% da VAS. Além disso, os participantes foram avaliados em uma velocidade pré-determinada igual a todos (isovelocidade). Para todas as velocidades do protocolo os participantes caminharam durante cinco minutos. A partir dos valores de consumo de oxigênio (VO2) obtidos, foram calculados os valores de C. Simultaneamente, foram realizados registro de vídeos dos participantes para posterior análise cinemática da marcha. Foram calculados a frequência de passada (FP), o comprimento de passada (CP) e o coeficiente de variação (CoV) referente a FP, como medida da estabilidade dinâmica. Resultados. Não houve diferença do C dos pacientes com DPOC em relação aos controles, nem mesmo quando caminhavam em isovelocidade (p=0,623). Em todas as velocidades, os pacientes demonstraram menor eficiência ventilatória. A VAS dos pacientes foi menor, no entanto observou-se menor valor de C nas velocidades mais altas de caminhada. Apesar de os indivíduos com DPOC apresentarem menor FP e CP, a estabilidade dinâmica não demonstrou-se prejudicada na amostra estudada. Conclusão. Pacientes com DPOC caminham em velocidades reduzidas, em relação aos controles, especialmente devido à dispneia acompanhada de uma menor eficiência ventilatória. Embora o C seja semelhante ao de indivíduos saudáveis, os participantes com DPOC apresentaram o índice de reabilitação inferior, sugerindo, portanto, que o mecanismo pendular não esteja otimizado na VAS. Além de não encontrar diferenças na economia de caminhada, foram observadas alterações mínimas na estabilidade dinâmica da marcha destes indivíduos. Terapias que tratem do conforto ventilatório são potenciais ferramentas para a melhora da locomoção de pacientes com DPOC.Background. Subjects with COPD present reduced exercise capacity and functional limitation to perform daily activities, which affects their quality of life. Furthermore, it is known that this population has increased risk of falls when compared to health subjects. However, it is still unknown the role of exercise intolerance on important variables to assess locomotion, as the cost of transport (C), the self-selected speed (VAS) and the dynamic stability, which might be able to help to dimension the exercise intolerance on their daily life. Objective. To investigate the behaviour of C ventilatory efficiency, ventilatory comfort and dynamic stability at different walking speeds in COPD subjects and compare them to healthy controls, as well as to verify the possible correspondence of VAS and optimal speed. Methods and Materials. 11 patients with COPD participated in this study and were matched with 11 control subjects in terms of gender and age. They underwent a cardiopulmonary exercise test and an evaluation of C. In this last evaluation, participants walked at five different walking speeds, among them VAS and the others ±20% and ±40% of the VAS. There was also a sixth predetermined walking speed (isovelocity). The participants walked during five minutes in each speed. The C values were calculated from the oxygen consumption (VO2) values. Simultaneously, the subjects were filmed for later analysis of gait kinematics. The stride frequency (FP), stride length (CP) and the coefficient of variation (CoV) from FP as a measure of dynamic stability, were calculated. Results. There was no significant difference between the C of participants with COPD and control subjects, not even when walking at isovelocity (p=0,623). For all speeds investigated, the ventilatory efficiency of COPD subjects was impaired when compared to healthy individuals. The participants in COPD group walked at a slower VAS, but the lower value of C was found during faster walking speeds. Even though the COPD group had less FP and shorter strides, their dynamic stability showed minimal impairment. Conclusion. The patients with COPD walked at a reduced walking speed when compared to control subjects, specially caused by dyspnea and a lower ventilatory efficiency. In spite of a similar C between groups, the COPD subjects presented an inferior rehabilitation index, therefore suggesting that their pendulum-like mechanism is not optimal at VAS. Furthermore, besides a walking economy with no differences between groups, minimal impairments were found for dynamic stability in COPD group. Therapies that treat ventilatory comfort are a potential tool to improve locomotion of COPD subjects