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O modelo comunicacional se transformou nas últimas décadas, possibilitando o acesso a múltiplas vozes que não encontravam ou ao menos deparavam-se com uma maior dificuldade de galgar espaços nos meios de comunicação tradicionais. As redes sociais deram lugar a uma enorme diversidade de pessoas e grupos minoritários que puderam a partir das redes fazer ressoar suas múltiplas falas, dilemas e experiências. O YouTube, a plataforma de vídeos mais popular do mundo, que vem se modificando desde a sua inauguração em 2005 é um desses lugares onde essas vozes puderam ser amplificadas e multiplicadas. Nela, youtubers trans retratam não somente, mas também, contéudos que norteiam sua realidade, dividindo informações e conhecimentos empíricos. Os quatro canais produzidos por youtubers transexuais e transgêneros selecionados para esta pesquisa: Mandy Candy (Amanda Guimarães), Thiessita (Thiessa Woinbackk), Lucca Najar e Luca Scarpelli (os dois usam seus próprios nomes para nomear seus canais) denotam em suas narrativas conteúdos e temáticas que os transpassam enquanto pessoas trans e apresentam em seus canais conteúdos referentes a diversidade e a sexualidade a fim de compartilhar suas histórias de vida e experiências contribuindo deste modo para desmistificar e trazer luz à uma série de tabus que atravessam o universo trans. Através do método de análise de tela o estudo aqui apresentado mapeia e analisa em profundidade as narrativas de cinco dentre os vídeos mais populares dos quatro canais para compreender o que essas narrativas apresentam no tocante a diversidade e sexualidade transexual e transgênero.The communicational model has been transformed in recent decades, making it possible to access multiple voices that they did not find or at least had a greater difficulty in gaining space in traditional media. Social networks have given way to a huge diversity of people and minority groups that have been able to make their multiple voices, dilemmas and experiences resonate through networks. The YouTube, the most popular video platform in the world, which has been changing since its inauguration in 2005 is one of those places where these voices could be expanded and multiplied. In it, trans youtubers portray not only, but also, content that guides their reality, sharing information and empirical knowledge. The four channels produced by transsexual and transgender youtubers selected for this research: Mandy Candy (Amanda Guimarães), Thiessita (Thiessa Woinbackk), Lucca Najar and Luca Scarpelli (both use their own names to name their channels) denote content and thematic in their narratives that go through them as trans people. They present content related to diversity and trans sexuality in order to share their life stories and experiences and thus contribute to demystify and bring light to a series of taboos that cross the trans universe. Through the screen analysis method, the study presented here maps and analyzes in depth the narratives of five of the most popular videos of the four channels to understand what these narratives present regarding transsexual and transgender sexuality and diversity

Educomunicação: caminhos entre a pesquisa e a formação, no II Congresso Internacional de Comunicação e Educação

A herança cultural representada pelos papers propostos e aprovados pela comissão científica do II Congresso Internacional de Comunicação e Educação e VIII Encontro Brasileiro de Educomunicação, está na publicação em quatro diferentes e-books, disponibilizados na plataforma de publicações do site da ABPEducom (www.abpeducom.com.br).  O presente volume – o segundo a ser disponibilizado ao público – volta-se, mais especificamente, a dois eixos temáticos, relacionados, respectivamente, à pesquisa e à formação no campo da Educomunicação. Pesquisa e formação são dois eixos fundamentais para garantir o que se define como coerência epistemológica entre teoria e prática. E é sobre esta perspectiva que os artigos reunidos neste e-book devem ser recebidos e confrontados. Falamos inicialmente sobre uma coerência epistemológica no interior do próprio produto analisado. Sinalizamos com isto que os autores podem ter desenvolvido abordagens não necessariamente alinhadas aos referenciais da Educomunicação na perspectiva defendida, por exemplo, pelo NCE-USP. O fato não desautoriza o texto, ao contrário: se foram incluídos no livro é porque trabalham com pensamentos e ações com os quais a Educomunicação pode e deve estar dialogando, especialmente nos âmbito do uso das TIC e na implementação de programas de educação mediática e informacional