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AVALIAÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DAS NASCENTES DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO JOÃO LEITE ANTES E APÓS O PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA
As áreas de preservação permanente (APP) são imprescindíveis para a manutenção da qualidade dos recursos hídricos. O município de Goiânia e região metropolitana contam com dois rios precípuos para abastecimento público, o Rio Meia Ponte e o Ribeirão João Leite. Apesar disso, nos últimos anos a capital e região enfrentaram problemas devido à crise hídrica. A partir dessa premissa, o presente trabalho objetivou avaliar e quantificar o uso e ocupação do solo das APPs das nascentes da Bacia Hidrográfica do Ribeirão João Leite antes e após a implementação do Programa Produtor de Água que se deu em 2013 com uso do software QGIS. Foram utilizados shapefiles de drenagem; municípios; bacia hidrográfica do Ribeirão João Leite; uso e cobertura do solo dos anos de 2011 e 2014; e para vetorização do uso e ocupação do solo de 2018 foi utilizado ortofotos do Bing Satellite. Observou-se que houve aumento da área de mata no entorno das nascentes ao longo dos anos e redução da área que era ocupada com pastagens. Apesar de ter verificado ganho ambiental devido ao aumento das áreas ocupadas com mata, notou-se que os resultados da implantação do Programa Produtor de Água nos municípios participantes ainda são singelos diante da expectativa criada
DIAGNÓSTICO FÍSICO-CONSERVACIONISTA DA MICROBACIA DO RIBEIRÃO INHUMAS-GO / Physical-conservationist diagnosis of the Inhumas river´ watershed - GO
As questões ambientais, sobretudo as relativas aos recursos hídricos, têm sido objeto de inúmeros estudos e pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento. As características morfométricas e fisiográficas de bacias hidrográficas podem subsidiar programas de conservação ambiental, políticas públicas de desenvolvimento agrícola/urbano e recomposição de vegetação. Assim, o objetivo desse estudo foi elaborar um diagnóstico da microbacia do ribeirão Inhumas, que faz parte da bacia do rio Meia Ponte, estado de Goiás, determinando a aptidão natural para uso da terra e estimando os possíveis riscos de sua ocupação inadequada. As variáveis morfofisiográficas foram determinadas com o auxílio de programas computacionais e de Sistemas de Informações Geográficas. Ainda, utilizou-se o coeficiente de rugosidade para classificar a aptidão natural dos solos. A microbacia apresenta formato alongado, predominando a infiltração sobre o escoamento superficial. Os cursos de água são retilíneos, favorecendo o transporte de maior volume de sedimentos. Os Argissolos e relevo ondulado foram predominantes na área da microbacia. O uso atual dos solos com florestas não corresponde ao requerido pela legislação, nem a ocupação está adequada à aptidão natural de seus solos. A microbacia do ribeirão Inhumas necessita de recomposição da vegetação nativa e melhor distribuição espacial da agricultura, pecuária e florestas
INFLUÊNCIA DOS DADOS E MÉTODOS NO MAPEAMENTO DO USO E DA COBERTURA DA TERRA
Com o intuito de analisar a influência da base de dados em mapeamentos de uso e cobertura da terra, submeteu-se aos seguintes objetivos: 1) quantificar as mudanças de uso e cobertura da terra durante o período de 2011 a 2014; 2) mapear e comparar o uso e cobertura da terra no ano de 2014 entre dados de diferentes resoluções espaciais. A área de estudo definida foi a bacia hidrográfica do ribeirão João Leite. A base de dados utilizada foi composta pelas imagens orbitais dos sensores dos satélites Landsat-8 do ano de 2014 (30 metros de resolução espacial) e Theos do ano de 2011 (2 metros de resolução espacial) e um arquivo vetorial de uso e cobertura da terra de 2011 (Theos/2011). A partir de procedimentos de classificação de imagens, interpretação visual e edição vetorial foram originados os mapeamentos Theos/2011, Landsat/2014 e Theos/Atualizado-2014. Durante o período de 2011 a 2014 houve a alteração de 18,2 km² na bacia, relacionadas principalmente à expansão da agricultura e florestamento sobre pastagem e, a expansão de pastagem sobre vegetação densa. Em relação ao mapeamento Theos/Atualizado-2014, o Landsat/2014 superestimou a classe de vegetação densa em 58,7 km² e subestimou as classes de pastagem, agricultura e florestamento em 50,4 km², 6,4 km² e 3,8 km², respectivamente. Além da escolha da base de dados, a inadequada utilização de métodos e procedimentos de classificação de imagem influenciam os resultados, podendo gerar mapeamentos com informações equivocadas
COMPORTAMENTO QUÍMICO DE NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS EM MINEIROS, SUDOESTE GOIANO
As práticas agrícolas alteram o comportamento de nutrientes do solo, principalmente dos arenosos, nos quais a elevada macroporosidade favorece os fluxos hídricos. O objetivo do presente estudo é caracterizar o comportamento químico de uma topossequência constituída por Neossolo Quartzarênico e Gleissolo háplico, representativa da região de Mineiros, no Sudoeste Goiano, ocupada com pastagem. Foram estudados cinco perfis do solo ao longo da topossequência (T1 – montante; T2, T3, T4 – na encosta; T5 – jusante), seguindo o eixo central da vertente na linha de maior declividade. Amostras de todos os horizontes dos perfis foram coletadas para análises físicas e químicas, bem como testes de resistência à penetração e de infiltração foram realizados ao lado dos mesmos. Os resultados indicam aumento de Ca, Mg e P até 60 cm de profundidade e diminuição em profundidade em todos os perfis de solo, sobretudo do alumínio e cálcio, além do acúmulo de matéria orgânica em superfície no perfil T5 ao sopé da encosta. Interpretou-se os aumentos de nutrientes em superfície como resposta a calagem e adubação e de matéria orgânica no sopé devido à saturação permanente nesse setor
Erosividade média e o calendário agrícola da Microrregião Sudoeste do Estado de Goiás
Objetivou-se estimar e mapear a erosividade (EI30) média mensal e anual, correlacionando-as ao calendário de plantio e colheita das principais culturas agrícolas de uma microrregião do sudoeste do estado de Goiás. Utilizaram-se registros pluviométricos (1980-2000) de trinta estações climatológicas para os mapeamentos da erosividades. As erosividades foram correlacionadas aos mapas de uso e cobertura do solo, bem como com o calendário de plantio e colheita das culturas de soja, milho, sorgo, algodão e cana-de-açúcar. Os menores EI30 ocorreram de maio a setembro, período correspondente à colheita do milho (2ª safra), sorgo, algodão e cana-de-açúcar. Já as os maiores EI30 foram detectados no período de novembro a março, meses de plantio da soja, milho (1ª e 2ª safra), sorgo, algodão e cana-de-açúcar, bem como a colheita da soja e do milho (1ª e 2ª safra). Janeiro, mês mais erosivo do ano, as culturas de soja, milho e algodão podem ser as mais afetadas pelos altos índices de erosividade. Como forma de redução das perdas de solo, recomenda-se o sistema de plantio direto, principalmente para o período de preparo de solo e semeadura das culturas plantadas nas estações primavera e verão
DISTRIBUIÇÃO TERRITORIAL DA CANA-DE-AÇÚCAR EM RELAÇÃO AO USO DA TERRA E AO ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO DA CANA NO ESTADO DE GOIÁS
Since last decades, Brazilian ethanol industry has gained notoriety in international agribusiness. The state of Goias, located in the Cerrado biome, is one of the most threatened by agricultural advancement and is the second largest producer of ethanol in Brazil. Before 2009, the country didn't have agricultural and environmental policies related to the territorial planning of sugarcane agro-business. Consequentially, changes in the landscape have occurred as a result of altering land usage for the cultivation of sugarcane. Therefore the objective of this study was to quantify the territorial sugarcane distribution in relation to land-use types and the Agro-Ecological Zoning of Sugarcane (AEZ Cane), both before and after the zoning implementation, in the state of Goias during the period of 2006 to 2012. Using geoprocessing techniques from the ArcGIS software, results show a 302% increase in the number of sugarcane fields from 2005-2012. During 2006-2008, agriculture was the preferred area of sugarcane expansion, and after 2010, the preference for expansion moved to pasture lands. From 2010 on (after AEZ Cane implementation), 87 % of the sugarcane was planted in suitable AEZ Cane areas and 13% was planted outside. Agricultural fields were the preferred areas for expansion in AEZ Cane, suggesting a crop substitution. Outside the zoning, expansion tended to occur in pasture lands, followed by agricultural fields and remaining native vegetation areas. In 2012, the remnants of native vegetation areas lost 22% in order for increased sugarcane expansion. The AEZ Cane provided forms to sugarcane spatial planning. But the need for monitoring must remain in order to prevent expansion outside the zoning areas.Desde as últimas décadas, a indústria sucroalcooleira brasileira vem conquistando notoriedade no cenário do agronegócio internacional. O estado de Goiás, situado no bioma Cerrado, é o segundo maior produtor de etanol do Brasil e um dos mais ameaçados pelo avanço agropecuário. Antes de 2009, o país não possuía políticas agrícolas e ambientais relacionadas ao ordenamento territorial da agroindústria da cana-de-açúcar. Por consequência, ocorreram modificações na paisagem, resultantes da substituição de outros usos para o cultivo da cana-de-açúcar. Nesse contexto, objetivou-se quantificar a distribuição territorial da cana-de-açúcar em relação ao uso da terra e ao Zoneamento Agroecológico da cana-de-açúcar (ZAE Cana), antes e após sua implementação, durante o período de 2006 e 2012 no Estado de Goiás. Utilizando o software ArcGIS, os resultados mostraram que, entre 2005 a 2012, as áreas plantadas com cana-de-açúcar cresceram 302%. Entre 2006-2008, a expansão ocorreu preferencialmente sobre as áreas de agricultura e, após 2010, sobre as de pastagem. A partir de 2010, 87% do plantio foi realizado nas áreas aptas do ZAE Cana, e 13%, fora do ZAE Cana. No ZAE Cana, a expansão ocorreu sobre as áreas de agricultura. Fora do ZAE Cana, o plantio incidiu preferencialmente sobre as áreas de pastagem, seguido pelas de agricultura e de remanescentes de vegetação nativa. Em 2012, as áreas remanescentes de vegetação nativa perderam 22% de sua área para a expansão da cana-de-açúcar. O ZAE Cana proporcionou formas para o ordenamento territorial da cana-de-açúcar, mas ainda é necessário que haja monitoramento para evitar a expansão fora do zoneamento.