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ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO COMO RACIOCÍNIO DIALÉTICO: CRÍTICA, EXPLANAÇÃO E AÇÃO
Neste texto, resumo de que modo minha abordagem, a Análise Crítica do Discurso (ACD), modificou-se ao longo dos últimos 30 anos; e, então, apresento sua versão mais recente: a ACD como “raciocínio dialético”. Essa versão enfatiza a relação entre crítica, explanação e ação. Discuto como essa visão de ACD pode apoiar a ação política, com a finalidade de mudar a vida social para melhor, referindo-me ao “Kilburn Manifesto” por transcender o neoliberalismo. O foco no raciocínio dialético diferencia este texto de outro, de um Routledge Handbook anterior (FAIRCLOUGH, 2012)
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NAS DUAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XXI
Este dossiê sobre ensino de língua portuguesa no Brasil, nas duas primeiras décadas do século XXI, foi pensado para oferecer a alunos e professores das áreas de Letras e Pedagogia uma reflexão a respeito de aspectos que costumam ser discutidos em salas de aula nos cursos de graduação e pós-graduação, mas que também preocupam professores da Educação Básica, muitas vezes afastados há tempos dos debates acadêmicos e convivendo com inúmeras dificuldades para lecionar.Convidamos, para responder a quatro questões, cinco profissionais renomados na área de Letras e Linguística, que atuam em universidades públicas brasileiras (UERJ, UFF, UFPE, UFU, UNICAMP), desenvolvem pesquisas e publicam artigos e livros acerca do ensino de língua portuguesa. O resultado é um panorama abrangente e complexo das dificuldades pelas quais passam professores da educação básica, das questões ainda por responder sobre análise linguística e das temáticas concernentes aos documentos oficiais que servem de diretriz para professores, escolas e editoras de livros didáticos.A respeito de tais documentos oficiais, percebemos, nos últimos anos, uma abertura no que tange ao tratamento de tópicos como discurso, gênero textual, multimodalidade e variação linguística, tornando suas preocupações mais alinhadas com as das teorias científicas modernas — a despeito, obviamente, de todas as falhas que, porventura, possam apresentar. O mencionado afastamento entre professores da Educação Básica e os desenvolvimentos teóricos pode, muitas vezes, dificultar a compreensão dos documentos e tornar falha a transposição das orientações e dos conteúdos para as classes de Educação Básica. É nossa intenção, portanto, que o contato com as perspectivas de especialistas com ampla experiencia prática e teórica em ensino de língua portuguesa lance luz a problemas que professores, dos diversos segmentos, vêm enfrentando.Respeitamos, na íntegra, todas as respostas, sem edição. Ao final deste dossiê, inserimos referências bibliográficas, de obras citadas pelos entrevistados ou por ele sugeridas, para quem quiser complementar seus conhecimentos sobre os temas aqui abordados. Esperamos, com estas entrevistas, estimular o debate a respeito de ensino de língua portuguesa e colaborar com a formação continuada dos professores.Deixamos, aqui, por fim, um enorme agradecimento aos entrevistados, cuja gentileza tornou possível a organização deste dossiê
Composicionalidade em estruturas de evento do latim: algumas observações sobre as preposições incorporadas como prefixos
In Aguiar (2018), from a corpus of Latin predicates in which there is incorporation of prepositions as prefixes, it was pointed out that these prepositions, which head spatial expressions, select the arguments of the analyzed structures. In this article, we return to this analysis and seek to expand it, taking into consideration the proposals found in Acedo-Matellán (2016). Here we argue that, in Latin, the predicates whose verbs are composed of a root and a preposition incorporated as a prefix have a compositional semantics; and that such prepositions contribute to its regular meaning, found in other contexts.Em Aguiar (2018), a partir de um levantamento de predicados do latim em que há incorporação de preposições como prefixos, apontou-se que essas preposições, que encabeçam expressões espaciais, selecionam os argumentos das estruturas. Neste artigo, retornamos a essa proposta de codificação e buscamos expandi-la, considerando, em seu decorrer, a proposta de Acedo-Matellán (2016). Propomos que os predicados do latim cujos verbos são compostos por raiz e por preposição incorporada como prefixo são composicionais; e que tais preposições contribuam com seu significado regular, encontrado em outros contextos
ENTRETIEN AVEC FRANÇOIS JOST
Entretien avec François Jost, chercheur et professeur à l’Université Sorbonne Nouvelle / Paris III et directeur honoraire du Centre d’Étude des Images et des Sons Médiatiques (CEISME), dédié à l’étude de la télévision dans les domaines philosophique, esthétique et linguistique, avec diverses publications au Brésil. Directeur de la revue Télévision (Paris, CNRS éditions) et de la collection sur les séries A suivre (Paris, ed. Atlande)
O “LEVANTE LINGUÍSTICO INDÍGENA” NO NORDESTE, ESPÍRITO SANTO E MINAS GERAIS: ASPECTOS TEÓRICOS, POLÍTICOS E ETNOGRÁFICOS
Apresentamos, de maneira detalhada, os objetivos e as justificativas da elaboração de um dossiê cujo foco são as iniciativas de revitalização linguística de comunidades originárias do Nordeste, do Espírito Santo e de Minas Gerais. Discutimos, em especial, como redes de relacionamento intraétnicos e interétnicos se mobilizam no contexto das comunidades abordadas; a questão dos encantados e dos ancestrais e a sua relação com as propostas de revitalização linguística; o contexto etnolinguístico das comunidades originárias; discussão de termos, de conceitos êmicos e de conceitos científicos homônimos; e uma promoção de conceitos resultantes das experiências de trabalho com as línguas originárias
CINCO ANOS DE POLICROMIAS: PERCURSOS E MOVIMENTOS NO ESTUDO DO DISCURSO, DA IMAGEM E DO SOM
Neste texto, celebramos os cinco anos de existência da Policromias – Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som; e apresentamos as modificações que, a partir deste volume, estarão presentes no periódico. Assumimos este espaço – o de uma revista acadêmica vinculada a um dos centros de produção de conhecimento mais importantes da América Latina, o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro –, como um lugar de resistência política e nos dispomos a denunciar, na condição de editores, as mazelas sociais que nos chegam na forma de artigos e de outros gêneros de circulação no meio acadêmico. Por fim, apresentamos os artigos que compõem este número