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    Tecnologias Socialmente Assistivas como apoio ao envelhecimento saudável em casa: uma abordagem ergonômica

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    TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Engenharia de Produção.A mudança na estrutura etária no mundo é algo inevitável; contudo, poucas são as tecnologias projetadas para proporcionar às pessoas idosas um envelhecimento saudável em seu ambiente de moradia – principalmente voltado ao aspecto social, cujas pesquisas apontaram ser um dos principais critérios para se ter qualidade de vida. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho é caracterizar, sob o olhar da ergonomia, tecnologias socialmente assistivas voltadas ao ambiente de moradia da pessoa idosa, como potencial de melhoria da qualidade de vida e promoção do envelhecimento saudável. Para tanto, o procedimento metodológico utilizado contou com uma revisão sistemática, a partir de palavras associadas à ‘tecnologia assistiva’, ‘interação social’ e ‘pessoa idosa’, em duas bases de dados: Web of Science e Scopus. A seleção se deu por meio dos critérios PICO, entre 2017 a outubro de 2022, em três idiomas (português, espanhol e inglês). Como resultados, 14 artigos foram selecionados, os quais tratavam sobre as seguintes tecnologias: Ambiente Inteligente; dispositivos voltados à melhoria de audição e visão para comunicação; robôs socialmente assistivos, jogos e outros dispositivos que fundiram uma ou mais tecnologias por meio de softwares, plataformas e sensores de Internet das Coisas (IoT) em Ambientes de Vida Assistiva. Pode-se constatar que, dentre as quatro categorias do envelhecimento, a sensação e percepção e a cognição, principalmente nos sentidos da visão e da cinestésica, são as mais relatadas. O envolvimento das pessoas idosas e seus stakeholders são percebidos em todas as etapas de desenvolvimento de produto. Contudo, metade dos artigos caracterizam o participante apenas por idade e gênero, ou não definem de forma clara seu usuário final. Das qualidades técnicas, ergonômicas e estéticas, aspectos técnicos definidos envolvendo pontos ergonômicos são mais abordados que a estética, mesmo este sendo um ponto de aceitabilidade para o uso. Os princípios da usabilidade melhores percebidos são: capacidade, evidência e prevenção e correção dos erros, porém tanto os aspectos da usabilidade como alguns da ergonomia são pouco citados nos trabalhos consultados, que se limitam a abordar a consistência, a compatibilidade e a realimentação, sem tratar sobre quais tipos de retorno o produto daria ao usuário a partir de suas ações. Além disso, poucas tecnologias que coletam, armazenam e compartilham os dados da pessoa idosa mencionam leis de proteção de dados ou avaliam a percepção de segurança do usuário. Portanto, a Tecnologia Socialmente Assistiva ainda é um tema a ser explorado na área da ergonomia, para que os critérios de usabilidade e adequação ao público-alvo – pessoa idosa – sejam incorporados em um processo de desenvolvimento de produtos e/ou ambientes de moradia, foco desta pesquisa, como auxílio ao processo de envelhecimento saudável.The change in the age structure in the world is inevitable; however, there are few technologies designed to provide elderly people with healthy aging in their living environment – mainly focused on the social aspect, which research has pointed out to be one of the main criteria for having the quality of life. Therefore, the objective of this study is to characterize, from the perspective of ergonomics, socially assistive technologies aimed at the elderly person's living environment, as a potential for improving the quality of life and promoting healthy aging. Therefore, the methodological procedure used included a systematic review, based on words associated with 'assistive technology', 'social interaction', and 'elderly person', in two databases: Web of Science and Scopus. The selection took place using the PICO criteria, between 2017 and October 2022, in three languages (Portuguese, Spanish, and English). As a result, 14 articles were selected, which dealt with the following technologies: Intelligent Environment; devices aimed at improving hearing and vision for communication; socially assistive robots, games, and other devices that have fused one or more technologies through the Internet of Things (IoT) software, platforms, and sensors into Assistive Living Environments. It can be seen that, among the four categories of aging, sensation and perception, and cognition, mainly in the senses of vision and kinesthetics, are the most reported. The involvement of the elderly and their stakeholders are perceived in all stages of product development. However, half of the articles characterize the participant only by age and gender or do not clearly define their end user. Of the technical, ergonomic, and aesthetic qualities, defined technical aspects involving ergonomic points are addressed more than aesthetics, even though this is a point of acceptability for use. The best-perceived usability principles are capacity, evidence, and prevention and correction of errors, but both usability aspects and some ergonomics are rarely mentioned in the works consulted, which are limited to addressing consistency, compatibility, and feedback, without dealing with what types of return the product would give to the user from their actions. In addition, few technologies that collect, store, and share elderly data mention data protection laws or assess the user's perception of safety. Therefore, Socially Assistive Technology is still a topic to be explored in the field of ergonomics, so that the criteria of usability and suitability for the target audience – elderly people – are incorporated into the process of developing products and/or living environments, the focus of this research, as an aid to the healthy aging process
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