Percepções da realidade virtual não imersiva e imersiva de baixo custo na área de arquitetura e urbanismo

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Florianópolis, 2019.Esta pesquisa de mestrado se propôs a investigar e comparar as diferentes percepções que estudantes de arquitetura e urbanismo têm ao interagirem com a Realidade Virtual não Imersiva (computador) e a Realidade Virtual Imersiva de Baixo Custo (google cardboard). Este estudo se caracteriza como exploratório, aplicado e de desenvolvimento experimental, com análise de dados qualitativos (relatos verbais) e quantitativos (escala de likert e dimensões estimadas). Os dados qualitativos foram organizados por meio de análise de conteúdo e os quantitativos tiveram a normalidade da amostra testada e a mediana submetida ao teste estatístico U de Mann Whitney. Este teste buscou evidenciar a hipótese nula (não há diferença de percepção entre os dois formatos de Realidade Virtual), ou a hipótese alternativa (há diferença de percepção entre os formatos) referente às percepções dos estudantes. Os procedimentos metodológicos desenvolvidos para coleta de dados envolveram: oficinas de Realidade Virtual, entrevista com professores de arquitetura e urbanismo e um experimento envolvendo a Realidade Virtual não Imersiva e Imersiva de baixo custo. A partir dos dados coletados, foram inferidas nove categorias de percepção, dentre elas: altura real e percebida, senso de presença, interação e movimentação, campo visual, estimação de medidas, sensações e emoções, ergonomia física do Google cardboard e opinião sobre os formatos de RVs. Diante dos testes estatísticos, notou-se que, apenas na categoria de senso de presença em sua totalidade, é possível sugerir uma diferença significativa de percepção entre os dois formatos de Realidade Virtual. Na categoria de estimação de medidas, os testes estatísticos não evidenciaram diferença significativa entre estimar medidas no computados ou no modo imersivo. Sugere-se que em Realidade Virtual Imersiva quanto mais elementos do mundo real estiverem representados no mundo virtual, mais o usuário tem a sensação de presença. Em relação ao dispositivo Google cardboard, os alunos puderam se apropriar rapidamente tanto com o formato de interação como com as novas percepções adiquiridas.Abstract: This research aims to investigate and compare the different perceptions that students of architecture and urbanism have when interacting with non-immersive virtual reality (computer) and low cost immersive virtual reality (google cardboard). This study is characterized as exploratory, applied and experimental development, with analysis of qualitative (verbal reports) and quantitative (likert scale and estimated dimensions) data. Qualitative data were organized by content analysis and quantitative data had the normality of the sample tested and the median submitted to the Mann Whitney U statistical test. This test sought to highlight the null hypothesis (there is no difference in perception between the two formats of Virtual Reality), or the alternative hypothesis (there is difference in perception between formats) regarding students' perceptions. The methodological procedures developed for data collection involved: Virtual Reality workshops, interviews with architecture and urbanism teachers and an experiment involving the Non-Immersive and the low cost Immersive Virtual Reality. From the collected data, nine categories of perception were inferred, among them: real and perceived height, sense of presence, interaction and movement, visual field, estimation of measurements, sensations and emotions, physical ergonomics of Google cardboard and opinion about formats of RVs. Given the statistical tests, it was noted that only in the category of sense of presence in its entirety, it is possible to suggest a significant difference in perception between the two formats of Virtual Reality. In the measurement estimation category, statistical tests showed no significant difference between estimating computed or immersive measures. It is suggested that in Immersive Virtual Reality the more elements of the real world are represented in the virtual world, the more the user has a sense of presence. Regarding the Google cardboard device, students were able to quickly appropriate both the format of interaction and the new perceptions gained