O artigo propõe uma reflexão sobre a relação entre as práticas contemporâneas de informação, o rebaixamento cognitivo e o ur-fascismo, ou fascismo eterno. Este sendo uma potencialidade que habita a psique humana podendo irromper na consciência em determinados momentos, dependendo de as circunstâncias serem propícias ou não para tal acontecimento. Partimos de uma reflexão realizada a partir de dados obtidos através da ferramenta Google Trends que ajudam a compreender o comportamento de interesse e busca da população pelo termo “fascismo” entre os anos de 2010 e a data presente. Os resultados obtidos indicam relação direta entre o interesse pelo tema e a imagem do atual presidente Jair Bolsonaro. Suas manifestações de cunho misógino, racista, xenofóbico, ultranacionalista, entre outros, corroboram esse fato. A partir desses dados, procuramos aprofundar a discussão acerca da destruição do espírito crítico através de práticas de censura e de propaganda ideológica comuns aos regimes totalitários. Para a discussão trouxemos autores da Teoria da Mídia, da Sociologia e da Psicologia Profunda. Em conclusão, podemos dizer que a divulgação de notícias manipuladas e falsas, assim como a descredibilização da imprensa pelo atual governo com o objetivo claro de instaurar um sistema hegemônico de pensamento, são comportamentos que aproximam o presidente e seus apoiadores de valores fascistas
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