Próclise e Ênclise em Padre António Vieira

Abstract

O presente artigo aborda a posição dos clíticos em português, nas orações principais afirmativas sem proclisadores. Partindo do princípio de que, no final do período clássico da língua (séc. xvii), estaria em curso uma mudan- ça no sentido da substituição da próclise pela ênclise nas construções referidas e verificando-se que, por um lado, autores que funcionam como auctoritas na época, em matéria de usos linguísticos, como D. Francisco Manuel de Melo e Pe. António Vieira, apresentam tendências muito diferentes quanto à posição dos clíticos (Martins 1994) e, por outro, que tais tendências são também muito diversas entre os Sermões, estudados por Martins (1994) e as Cartas, estudadas por Galves (2003) e Galves, Britto e Sousa (2005), do Padre António Vieira, apresentam-se aqui, recorrendo a uma abordagem fundamentalmente quantitativa, os dados do longo texto da Representação…, de Padre António Vieira, em confronto com os dados dos Sermões e das Cartas, com o objectivo de verificar a relevância dos factores cronologia e género na opção pela próclise ou pela ênclise neste período. Os dados analisados permitem confirmar a irrelevância do factor cronologia e a relevância do factor género, permitindo ainda atestar a persistência nos textos de Vieira de dois traços antigos: a interpolação e a mesóclis

Similar works

Full text

thumbnail-image

Repositório Científico da Universidade de Évora

redirect
Last time updated on 12/08/2017

Having an issue?

Is data on this page outdated, violates copyrights or anything else? Report the problem now and we will take corresponding actions after reviewing your request.