Interferências no agrossistema e riscos ambientais de culturas transgênicas tolerantes a herbicidas e protegidas contra insetos.
Abstract
A engenharia genética possibilitou o desenvolvimento de cultivares transgênicas, cuja área plantada em 18 países atinge 67,7 milhões de hectares, principalmente de cultivares tolerantes a herbicidas e protegidas contra insetos-praga. Mesmo após rigorosa avaliação de riscos, o plantio dessas cultivares tem despertado preocupação com impactos ambientais, como escape gênico e efeitos na biodiversidade. Considerando o milho e a soja, o risco de fluxo gênico horizontal é remoto pela inexistência de espécies silvestres compatíveis, existindo esse risco para algodão em certas regiões do Brasil. O escape gênico para lavouras convencionais pode ocorrer, mas pode ser evitado por isolamento dos cultivos. Outra preocupação é o impacto de cultivares expressando proteínas inseticidas, mas os diversos estudos disponíveis indicam riscos desprezíveis desse cultivo. A redução no uso de defensivos em cultivos transgênicos favorece a biodiversidade, mas o uso prolongado do glifosato ou de cultivares Bt pode favorecer a evolução de resistência e a poluição ambiental, riscos inerentes a qualquer tipo de cultivo. Dos estudos avaliados, verifica-se que os cultivos transgênicos causam alterações no agrossistema, mas estas não diferem em natureza e magnitude daquelas dos cultivos convencionais. Para garantir sua segurança, medidas preventivas e o monitoramento são preconizados para os cultivos transgênicos- Artigo de periódico
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