TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio Econômico, Curso de Administração.Este estudo tem corno objetivo analisar se a região do Bom Retiro, em São Paulo, pode ser caracterizada como um Arranjo Produtivo Local no setor têxtil-vestuário, utilizando o conceito do SEBRAE sobre arranjos produtivos e empregando o modelo de Porter como referencial teórico. Quanto à metodologia, o estudo tem caráter quantitativo e qualitativo, utilizando informações da Pesquisa de Atividade Econômica Paulista (PAEP) extraídas por Brito e entrevistas semi-estruturadas com os agentes da cadeia produtiva na região. A análise empírica apresentou o setor vestuário como uma atividade de alta concentração tanto no município como no Bom Retiro, através do resultado do Quociente Locacional. A formação histórica da região foi importante para a reestruturação produtiva do setor e para o aumento da competitividade. A análise dos determinantes identificou que há condições de fatores favoráveis na região, como recursos humanos e de conhecimento, mas faltam recursos de capital e infra-estrutura urbana. As condições de demanda são as impulsionadoras de desenvolvimento tecnológico, visto sua exigência à inovação do produto e do design. Embora haja um considerável número de indústrias correlatas e de apoio na região, seu relacionamento com as produtoras locais é pouco significativo, impossibilitando um intercâmbio técnico e de informação entre eles. A estrutura do Bom Retiro é composta predominantemente por pequenas e médias empresas, atuantes no segmento modinha e prêta-porter. Com base neste ultimo segmento que as estratégias voltaram-se para a dinâmica tecnológica, com o desenvolvimento de produtos e crescimento das produtoras de moda. Embora muitos fatores apresentam-se favoráveis na região, foi observado que não há cooperação entre os agentes da cadeia têxtil-vestuário devido à heterogeneidade existente, desavenças políticas e algumas especificidades do setor na parte operacional, organizacional ou que envolvem segredos industriais e padronagem, prejudicando o desenvolvimento no local. Falta também conscientização por parte dos empresários dos benefícios reais advindos das estratégias formadas por aglomerações. Por estas razões, o Bom Retiro não pode ser considerado um APL
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