Escola do campo - espaço de disputa e de contradição

Abstract

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2013.A tese faz uma análise de duas propostas pedagógicas desenvolvidas em escolas do campo. A primeira proposta é a das Escolas itinerantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, situadas em acampamentos no Paraná e a segunda é a do Colégio Imperatriz Dona Leopoldina, vinculado aos imigrantes suábios e à Cooperativa Agrária Agroindustrial e está situado na Colônia Vitória, Distrito de Entre Rios, município de Guarapuava/PR. A pesquisa, de abordagem qualitativa, contempla estudo bibliográfico, documental e de campo (envolveu entrevistas e visitas a todas as escolas definidas como objetos de pesquisa, no decorrer dos anos de 2010, 2011 e 2012). A problemática da pesquisa sustenta-se na seguinte formulação: há um movimento histórico que provoca a emergência do MST e dos imigrantes suábios no estado do Paraná, como duas forças que emergem do mesmo contexto no interior da sociedade capitalista, mas que se constituem de forma desigual, nas estratégias de sobrevivência, de organização e de educação. Tal movimento expressa as contradições dessa sociedade, a oposição de classes, correlação de forças e também diferentes possibilidades de acesso ao conhecimento e de organização da forma e do conteúdo escolar, bem como da luta pela emancipação da classe trabalhadora. Salientamos que nesse processo há um movimento de resistência que precisa ser potencializado, pois se opõe ao modelo de escola capitalista. O MST se apresenta como um dos sujeitos coletivos que tem realizado um esforço significativo, permeado de limites e contradições, para construir uma proposta educacional para a classe trabalhadora, que contribua para sua emancipação. Compreendemos que a escola do campo é espaço de disputa e contradição, é tática política na luta de classes, portanto, o controle social dessa escola, quando destinada à classe trabalhadora, deve estar nas mãos dela própria. O trabalho está organizado em três capítulos, intitulados: Contextualização sócio-histórica do movimento da classe trabalhadora na luta pela terra no Paraná; A materialidade das escolas itinerantes do Paraná e do Colégio Imperatriz Dona Leopoldina e Os fundamentos das propostas pedagógicas: a perspectiva do MST e a dos suábios <br

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Last time updated on 10/08/2016

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