“A vida não é de brincadeira”: narrativas de um sujeito sobre sua experiência em internações psiquiátricas

Abstract

A presente pesquisa teve como objetivo analisar as consequências da experiência de ser submetido a recorrentes internações em instituições psiquiátricas, a partir de narrativas biográficas de um sujeito que vivenciou essas situações ao longo de 19 anos de sua vida. Buscou-se analisar os impactos da violência institucional ao qual indivíduos submetidos a internações psiquiátricas foram historicamente expostos e discutir quais os meios podem ser utilizados para a retomada de sua autonomia. Neste sentido, foi realizada uma breve contextualização histórica da loucura, considerando a trajetória na qual esta passou a ser tratada como uma doença e quais as consequências desta mudança de paradigma. Discutiu-se também o processo da reforma psiquiátrica no Brasil, demarcando suas principais características, além de seus desdobramentos, como a criação dos serviços substitutivos como dispositivos que objetivam a extinção do hospital psiquiátrico. Para a análise das entrevistas narrativas, foi utilizada a hermenêutica de profundidade, como aporte metodológico. É possível concluir que muito já se avançou no que diz respeito à forma de se cuidar e entender a loucura no contexto atual; no entanto, a violência institucional, pautada em práticas manicomiais, ainda continua a existir, mesmo fora dos manicômios

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Last time updated on 10/08/2016

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