Morphophysiologic evaluation of the absorption and metabolism of volatile fatty acids by bovine forestomach.

Abstract

Cerca de 60% dos ácidos graxos voláteis (AGV), produzidos no ruminorretículo, são absorvidos neste compartimento e outros 40% passam com a fase fluida para o omaso e são absorvidos antes do duodeno. Dois experimentos foram realizados para determinar as superfícies absortivas e as capacidades de absorção e metabolização de AGV dos compartimentos do proventrículo de bovinos. No primeiro experimento, as superfícies absortivas dos compartimentos do proventrículo de oito bovinos adultos foram mensuradas por meio de captura e análise de imagens. A superfície absortiva do ruminorretículo (7,7 m2) foi maior do que a do omaso (2,1 m2). A razão superfície/digesta, entretanto, foi maior no omaso (0,31 m2/kg) do que no ruminorretículo (0,13 m2/kg), representando uma superfície 2,4 vezes maior no omaso por unidade de digesta. A razão superfície absortiva/superfície de parede de um fragmento do saco ventral do rúmen apresentou correlação positiva e alta (r = 0,84) com a superfície absortiva total do rúmen, indicando ser possível a estimativa da superfície total do órgão por meio de biópsia. No segundo experimento, as capacidades de absorção e metabolismo de AGV pelo rúmen e omaso foram comparadas, in vitro. Após o abate, foram coletados fragmentos da parede ruminal e de uma lâmina do omaso de oito bovinos mestiços adultos. Um fragmento de mucosa isolada foi montado em uma câmara de difusão tecidual. Ácido valérico e CrEDTA foram adicionados ao fluido ruminal que foi utilizado no lado da câmara representativo do lúmen. No outro lado da câmara, representativo do sangue, foi utilizada uma solução de Krebs-Ringer bicarbonato. A superfície absortiva do fragmento do rúmen (57,6 cm2) foi maior do que a do omaso (4,9 cm2), por causa das papilas ruminais. O índice mitótico do omaso (0,52%) foi maior do que o do epitélio ruminal (0,28%). A taxa fracional de absorção de AGV foi maior no omaso (4,6%.h-1.cm-2) do que no rúmen (0,4%.h-1.cm-2). Acetato, propionato, butirato e valerato apresentaram taxas fracionais de absorção semelhantes, em ambos os fragmentos. A porcentagem de acetato metabolizado (10,9%) foi menor do que a de propionato (31,1%) que foi menor do que a de butirato (39,8%) e a de valerato (42,0%). A correlação entre o metabolismo de AGV e o índice mitótico foi positiva, mas a absorção de AGV não foi correlacionada com as outras variáveis no rúmen. No omaso, a correlação entre a absorção de AGV e o índice mitótico foi positiva, entretanto, essas variáveis foram negativamente correlacionadas com o metabolismo de AGV. Apesar da superfície absortiva do ruminorretículo ser maior do que a do omaso, o potencial de absorção e metabolismo de AGV do omaso é maior do que o do ruminorretículo. As capacidades de absorção de rúmen e omaso variam na mesma direção e existem indicações de que os fatores capazes de estimular a proliferação da parede ruminal também são capazes de estimular a parede do omaso

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Last time updated on 10/08/2016

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