Influências da conexão com fragmentos florestais, das matrizes do entorno e da estrutura vegetacional sobre as comunidades de pequenos mamíferos em corredores de vegetação
O presente trabalho é constituído de dois artigos. No primeiro artigo foram avaliadas influência da conexão com fragmentos florestais e das matrizes do entorno sobre a riqueza, composição e abundância das espécies nos corredores. No segundo artigo os objetivos foram comparar corredores e fragmentos florestais quanto às características estruturais da vegetação, verificar se existe correlação entre a densidade do sub-bosque (entre 0-1m e entre 1-2m de altura), a cobertura do dossel e a altura das árvores com a abundância das espécies de pequenos mamíferos, e verificar se existe diferença quanto à utilização vertical de corredores e fragmentos florestais por pequenos mamíferos. Os corredores se mostraram mais semelhantes aos fragmentos florestais que as matrizes, quanto à riqueza, composição e abundância de pequenos mamíferos, sendo que corredores conectados e não conectados a fragmentos florestais não diferiram entre si. A maior parte das espécies foi capaz de se deslocar pelas matrizes antrópicas, especialmente a matriz de café, mas aparentemente incapaz de se estabelecer nesses ambientes. Estes resultados demonstraram que mesmo os corredores não conectados a fragmentos florestais são importantes para conservação da fauna de pequenos mamíferos nos ambientes fragmentados, sendo o fluxo de indivíduos propiciado por essas estruturas complementar àquele propiciado pelas matrizes. Corredores e fragmentos florestais se mostraram semelhantes quanto à densidade do sub-bosque e a cobertura do dossel, porém as maiores árvores foram verificadas nos fragmentos florestais. A maioria das espécies de pequenos mamíferos não demonstrou preferência por nenhuma das características ambientais avaliadas, provavelmente em função de seus hábitos generalistas. No entanto, verificou-se que Oligoryzomys nigripes apresentou maiores abundâncias em áreas com valores intermediários ou superiores de densidade do sub-bosque entre 1 e 2m e que Rhipidomys itoan apresentou maior abundância em áreas com densidades intermediárias ou inferiores de sub-bosque entre 1 e 2m. Também foi verificado que a estratificação vertical das espécies foi similar nos dois ambientes. Embora a maioria dos pequenos mamíferos capturados seja aparentemente pouco seletiva quanto ao micro-habitat, a estrutura vegetacional semelhante dos corredores e fragmentos florestais parece permitir uma estratificação vertical semelhante nesses ambientes, condição fundamental à coexistência dessas espécies nas paisagens fragmentadasDissertação apresentada à Universidade Federal de Lavras, como parte das exigências do Programa de Pós-graduação em Ecologia Aplicada, área de concentração Ecologia e Conservação de Recursos Naturais em Ecossistemas Fragmentados e Agrossistemas para obtenção do título de Mestr
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