Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é uma infecção frequente na prática
médica. Ela acomete todas as idades, sendo mais prevalente em três grupos etários:
crianças até os seis anos, mulheres jovens com vida sexual ativa e idosos com mais de
60 anos. Entre as bactérias mais isoladas nas (ITUs), as de maior prevalência são: E.
coli e Klebsiella spp, seguidas de Enterobacter spp, Staphylococcus spp e Proteus spp.
Elas vêm sofrendo mudanças progressivas no perfil de resistência aos antibióticos mais
usados na prática clínica. Portanto, torna-se necessário o conhecimento da etiologia e o
perfil de resistência dos micro-organismos causadores de ITU, objetivando uma melhor
escolha da terapia empírica, minimizando o aumento da resistência e disseminação de
patógenos multirresistentes. Objetivos: Avaliar a frequência de bactérias nas (ITUs) e
perfil de susceptibilidade e resistência aos antimicrobianos. Metodologia: Estudo
retrospectivo, de corte transversal, na qual foram analisadas uroculturas em um hospital
público no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2011. Foram incluídos pacientes
de ambos os sexos, sem limite de idade. Resultados: De 2007 a 2011, foram realizadas
592 uroculturas, sendo que 537 foram positivas para ITU. 54,93% das ITUs ocorreram
em mulheres e 45% em homens. O perfil etário variou de 2 a 94 anos, sendo 47,7% com
mais de 60 anos, 17,3% entre 50-59 anos e 16,4% entre 40-49 anos. Bactérias gram
negativas corresponderam a 90,5% e as gram-positivas 9,5% do total. E. coli (37,6%)
foi a bactéria mais isolada, seguida da K. pneumoniae (22,5%). Os antibióticos mais
sensíveis para as gram-negativas foram o imipenem, meropenem e amicacina e para os
gram-positivos, vancomicina e teicoplanina. Conclusão: O tratamento da ITU é difícil,
visto que ele é iniciado de forma empírica e que a urocultura é ainda considerada um
exame caro, de resultado demorado e não acessível a todos os pacientes. Portanto, deve
se frisar pelo uso racional de antimicrobianos, levar em consideração o tempo e a dose
correta e conhecer os perfis de resistência e susceptibilidade locais para se evitar falhas
no tratamento e seleção de bactérias resistentes
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