Os dados coletados ao longo de dois cruzeiros nas regiões dos bancos e ilhas oceânicas do
nordeste brasileiro forneceram informações sobre a variabilidade espacial e temporal da
temperatura, salinidade, nutrientes e clorofila a, bem como a relação que essas variáveis
tem com a distribuição e abundância de Chaetognatha. Um total de 133 amostras foram
coletadas entre 1997 e 1998. As expedições foram feitas em janeiro-abril de 1997 (Período
1) e abril-julho de 1998 (Período 2). A distribuição horizontal superficial da temperatura
apresentou maior grau de homogeneidade. Horizontalmente a área do Arquipélago de São
Pedro e São Paulo foi a que apresentou os menores valores de temperatura e salinidade em
ambos os períodos. Um máximo de salinidade sub-superficial esteve presente na
proximidade do início da termoclina, sendo mais acentuado nas latitudes mais baixas. Os
diagramas T-S indicam a presença de massas de água características da região: A Água
Superficial Equatorial, com salinidade de 35,5 a 36,5 UPS e temperaturas superiores a
26°C; a Água Central do Atlântico Sul, com temperaturas entre 5° e 20°C e salinidade 34 a
36 UPS. O efeito da interação topográfica na estrutura termo-halina foi mais pronunciado
na região Oceânica próximo ao Arquipélago São Pedro e São Paulo em 1997 e uma alta
concentração de nutrientes na superfície foi encontrada nessa mesma área. Os nutrientes
tiveram uma relação inversa com a temperatura, salinidade e clorofila a. Evento de
ressurgência foi observado, nas estações localizadas na região Oceânica próximas ao
Arquipélago São Pedro e São Paulo, baseado nas elevações das isotermas e altas
concentrações superficial de nutrientes. A distribuição e abundância de Chaetognatha
estiveram relacionadas com a estrutura hidrológica do local. Os resultados mostraram que
houve diferença estatística na abundância de chaetognata entre as áreas amostradas. As
espécies estiveram associadas com diferentes temperaturas e salinidades. As maiores
densidades de Sagitta enflata, Pterosagitta draco and Sagitta hexaptera foram encontradas
em temperaturas em torno de 27°C e salinidades de 36 UPS. S. lyra esteve associada
principalmente com temperaturas variando de 21,5°C a 22,8°C e salinidade de 35,7 a 36,3
UPS e as maiores densidades foram registradas próximo ao arquipélago de São Pedro e São
Paulo, especialmente, durante 1997 quando foi registrada uma ressurgência de subsuperficie
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