Career Transitions Inventory: a study with graduate professionals

Abstract

Com o advento de mudanças estruturais e tecnológicas no mundo pós-moderno, a partir de meados da década de 1970, expressas pela flexibilização do trabalho, globalização, reestruturação produtiva e a ruptura do padrão do vínculo empregatício, os conceitos e a intervenção no domínio das carreiras estão sendo redesenhados. Novos paradigmas têm possibilitado às pessoas a compreensão de seu projeto de carreira vinculado ao projeto de vida. Velozes mudanças no mundo requerem adaptações, atualizações e estratégias para lidar com as constantes transições. Investigações sobre técnicas e instrumentos para a intervenção em aconselhamento de carreira são relevantes. Assim, este estudo se propôs a adaptar um instrumento que objetiva avaliar os recursos psicológicos de adultos em processo de transições na carreira. O objetivo geral consistiu em verificar as evidências de validade do Career Transitions Inventory. Para uso no Brasil passou a ser denominado Inventário de Transições na Carreira (ITC-Br). O estudo objetivou secundariamente descrever possíveis relações entre as variáveis do instrumento com as variáveis demográficas e profissionais. Os participantes são profissionais com nível superior de escolaridade, que se autodeclararam em situação de mudanças na vida laboral ou que tivessem recentemente passado por transições e ainda estivessem se adaptando à nova fase da carreira. Dessa forma, a pesquisa se enquadra em um estudo aplicado, exploratório e descritivo com o uso de métodos quantitativos. A coleta de dados ocorreu via plataforma online, por meio de acessibilidade específica e efeito bola de neve. Os dados foram tratados e analisados através de software estatístico. A amostra de 533 profissionais é composta majoritariamente por mulheres (69,6%) e a idade média é de 34,6 anos (DP=9,529). Por meio da Análise Fatorial Confirmatória, o ITC-Br reteve 4 fatores (prontidão, confiança, controle e apoio) e um total de 19 itens. Os profissionais da amostra apresentam médios escores em todas as subescalas do ITC-Br. Diferenças entre grupos foram constatadas e discutidas: jovens são mais confiantes; indivíduos em transições dentro da profissão, em transições de profissão e em transições universidade-trabalho apresentam maior prontidão; pessoas em transições involuntárias possuem mais confiança e controle, porém menos prontidão e apoio; indivíduos com titulação de mestrado declaram perceber ter mais apoio àqueles que possuem apenas a graduação; pessoas que estão mais dedicadas às estratégias de enfrentamento das transições revelam mais prontidão e apoio, todavia, estão menos confiantes e a avaliação satisfatória sobre as transições mostra índices maiores de prontidão e apoio, porém menos confiança e controle. Sugestões para o refinamento do instrumento, bem como para abarcar outras variáveis pertinentes às transições na carreira em futuros estudos são recomendados.With the advent of structural and technological changes in the postmodern world, from the mid-1970s, expressed by the flexibilization of labor, globalization, productive restructuring and the breaking of the pattern of employment contracts, concepts and interventions in the field of careers are being redesigned. New paradigms have enabled people to comprehend their career project linked to their life project. Rapid changes in the world require adaptations, updates, and strategies to deal with the constant transitions. Investigations into techniques and instruments for intervention in career counseling are important. Thus, this study proposed to adapt an instrument that aims to evaluate the psychological resources of adults in the career transition process. The overall goal was to verify evidence of validity of the Career Transitions Inventory. For use in Brazil, it has been called the Inventário de Transições na Carreira (ITC-Br). The study also aimed to describe possible relationships between the variables of the instrument and the demographic and professional variables. Participants were professionals with higher level education, who reported being in a situation of change in the working life or who had recently undergone transitions and were still adapting to the new phase in their career. Thus, the study was an applied, exploratory and descriptive study, with the use of quantitative methods. The data collection took place via an online platform, through specific accessibility and the snowball effect. Data were processed and analyzed using statistical software. The sample of 533 professionals was mainly composed of women (69.6%), with the mean age being 34.6 years (SD=9.529). Through Confirmatory Factor Analysis, the ITC-Br retained 4 factors (readiness, confidence, control and support) and a total of 19 items. The professionals of the sample presented medium scores in all the ITC-Br subscales. Differences between groups were found and discussed: young people were more confident; individuals in transitions within the profession, in transitions of profession and university-to-work transitions presented greater readiness; people in involuntary transitions had more confidence and control, however, less readiness and support; individuals with masters degrees reported feeling support more than those that only had undergraduate degrees; people who were more focused on coping strategies revealed more readiness and support, however, were less confident, and the satisfactory assessment of the transitions showed higher indices of readiness and support, however, less confidence and control. Future studies for the refinement of the instrument, as well as the consideration of other variables relevant to career transitions are suggested

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Last time updated on 01/04/2018

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