Instituto de Geociências da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas): Portal de Periódicos do IG
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Desafios e potencialidades do ensino de Geografia no ensino médio por meio da análise descritiva da literatura
O objetivo deste artigo é realizar uma análise descritiva, com base nos estudos acadêmicos recentes, publicados na área da Educação sobre o Ensino de Geografia no Ensino Médio, onde se buscou identificar quais as potencialidades e desafios do ensino de Geografia na etapa do ensino médio, visando contribuir com a discussão dessa temática. Para a revisão descritiva da literatura foi realizado o levantamento de artigos científicos da plataforma de periódico Capes e de teses e dissertações publicados no período entre 2016 e 2023 e buscados na Base de Dados de Teses e Dissertações -BDTD. Definiu-se os procedimentos metodológicos em quatro etapas: 1- definição da questão-problema; 2- utilização de estratégias de busca para a pesquisa e seleção de um corpus; 3- exploração e análise dos dados; e 4- discussão dos resultados. Através das obras selecionadas classificou-se os principais temas que estão sendo abordados no ensino da Geografia na etapa do ensino médio. Após exploração e análise dos resultados foi possível caracterizar o Ensino Médio, apontando seus principais problemas e desafios. Notou-se que os estudos recentes se preocupam em debater a reforma curricular - Lei nº 13.415/2017 e como as mudanças colocadas por essa lei impactam a qualidade do ensino da Geografia. Observou-se que a nova estrutura curricular proposta para o “Novo Ensino Médio” pode acentuar as desigualdades educacionais já existentes no ensino médio e reduzir o ensino de conceitos e temas importantes da Geografia, o que leva a uma formação humana e cidadã menos abrangente.
Marco temporal e escreviventes: territorialidades, Maré-RJ e povos em movimento
Este trabalho nasce a partir das experiências de uma doutoranda em Geografia do PPGEO/UERJ, sobre seu estágio em docência. Além do relato, nos propomos a discutir um momento de encontro sobre Educação Ambiental, parte de um semestre de estágio em docência com uma turma no 9º Período de Licenciatura em Geografia. Esta Prática Educativa dialoga dois encontros onde a Conservação da Natureza foi abordada, sendo um introdutório no primeiro terço da disciplina, e outro no último, sobre o qual aqui se enfatiza. São temas desta reflexão de experiência potencialidades da interdisciplinaridade, da multidisciplinaridade e da transdisciplinaridade em ações de Educação Ambiental elaboradas por Geógrafxs em modelo participativo. Estiveram em interlocução nos encontros ao todo 14 discentes e 3 estagiárixs, sendo 2 doutorandxs e 1 mestrandx. Abordou-se a temática do Projeto de Lei nº 2.903/2023, que defende um Marco Temporal para o reconhecimento de terras indígenas, a partir de uma perspectiva ecológica decolonial, em que o racismo e suas violências são um primeiro e fundamental ataque à Natureza para a manutenção de racionalidades extrativistas. Utilizando-se de escrevivências, apresentou-se a dificuldade encontrada por quem vive em territórios como as terras indígenas de se manter e defender de investidas diversas. Discutiu-se a elaboração de ações de extensão voltadas à conscientização acerca do PL, vinculando conhecimentos geográficos ao território da Maré, destinando a ação imaginada a educadores populares. Dois trabalhos foram formulados e apresentados pelxs discentes, ambos relataram dificuldades em criar algo com a temática. Todos os grupos consideraram relevante a atividade para sua formação profissional, assim como abordagem e aprofundamento da temática em aula. Destacou-se a escuta como importante instrumento pedagógico para educadores-educandxs
A aprendizagem no ensino remoto emergencial por meio de métodos avaliativos online
As recentes discussões sobre o processo de ensino e aprendizagem no Ensino Remoto Emergencial têm se ampliado a cada dia entre os pesquisadores da área da educação, após a pandemia. Os professores da modalidade antes presencial tiveram no ano de 2020 que se adaptar prontamente a esse regime de aulas online, muitos sem um preparo prévio ou conhecimento a respeito desta modalidade de ensino. O seguinte artigo buscou analisar se os alunos do programa ProFIS, estavam compreendendo os conteúdos ministrados na disciplina Planeta Terra, ofertada, por meio do Instituto de Geociências da UNICAMP. A proposta foi compreender o processo de ensino e aprendizagem dos alunos por meio de avaliações diagnósticas com base em métodos avaliativos online, o Creat Kahoot e atividades em forma de questionário online. O Kahoot foi tratado no planejamento de aula da disciplina como sendo uma ferramenta para nos dar um feedback, para assim obtermos um diagnóstico de como estava a aprendizagem dos alunos em relação a disciplina, a atividade tinha o intuito também de recapitular os conteúdos ministrados na aula anterior. Em relação ao método avaliativo online por questionário, este consistiu em ser executado posteriormente a cada aula, como uma espécie de atividade de casa. Como resultados dos métodos avaliativos online, como avaliações diagnósticas dentro da disciplina, observamos desvios significativos em ambas as atividades, sendo realizadas intervenções para melhorar o ensino e aprendizagem dos alunos dentro do ambiente virtual de sala de aula
Alfabetização e letramento cartográfico na BNCC - análise dos pressupostos da cartografia escolar da educação infantil ao ensino médio
Professores de Geografia devem promover alfabetização e letramento em mapas, que são textos que dizem respeito ao nosso objeto de estudo, o espaço. Portanto, podemos falar em alfabetização e letramento cartográfico. Os mapas são a síntese da expressão dos fenômenos espaciais cartografados e permeiam o mundo vivido nos noticiários, nos aplicativos de celulares e também nas escolas. Dito isso, neste artigo objetiva-se analisar a BNCC, da Educação Infantil ao Ensino Médio, quanto às suas diretrizes em relação à Cartografia Escolar por meio de uma pesquisa qualitativa com base na discussão de alfabetização e letramento proposta pelo Grupo Nova Londres e por Magda Soares. Os resultados mostram que as bases para o alfaletramento cartográfico já se encontram na Educação Infantil, sendo desenvolvido a partir dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Nos Anos Finais desse segmento se intensifica o letramento cartográfico, que contribui para os multiletramentos no Ensino Médio.
Abordagem espacial e social na Geografia Escolar: a geograficidade do setor de Uberlândia-MG
O artigo discorre sobre os pressupostos e encaminhamentos metodológicos para o estudo do espaço geográfico e, que devem alicerçar o ensino de Geografia, a partir da apreensão e reflexão sobre a realidade dos lugares onde se vive. Logo, o presente artigo tem como objetivo central considerar a dinâmica e a complexidade do espaço urbano tendo como ponto de partida as paisagens dos lugares da vida cotidiana citadina para estimular a construção do pensar geográfico, o pensamento crítico e a consciência espacial. Para alcançar o objetivo exposto é necessário recorrer às categorias/conceitos geográficos, as quais serão explicitadas na primeira parte do texto; a seguir, discorre-se sobre as possibilidades metodológicas para ensino de Geografia e, por fim, considera-se na realidade urbana do Setor Sul da cidade de Uberlândia, e a materialização de tais conceitos
Contribuições da cartografia escolar para o ensino e aprendizagem de Geografia no Brasil
O presente trabalho buscou analisar a produção bibliográfica da Cartografia Escolar brasileira, suas contribuições no ensino e aprendizagem de Geografia no ensino básico, com o foco no seu papel na formação do aluno crítico, e descrever as principais mudanças na trajetória da Geografia e da Cartografia Escolar enquanto componente curricular do ensino básico brasileiro. Se parte do pressuposto de que a Cartografia, por representar e simbolizar a realidade geográfica e o espaço (unindo tecnologia, ciência e arte) por meio de mapas, é um conjunto de conhecimentos e técnicas fundamentais para a compreensão e estudo do espaço geográfico e, portanto, um saber inerente à Geografia. Além disso, ao observar o desenvolvimento do próprio ensino de Geografia no Brasil, pode-se perceber que a cartografia sempre esteve atrelada e compôs a grade curricular da Geografia escolar, entretanto muito se discute acerca do processo histórico de institucionalização da cartografia como matéria escolar, uma vez que o uso e elaboração de mapas esteve diretamente atrelado não só ao contexto social e político, como também, às diferentes fases e mudanças pelas quais o pensamento geográfico e, consequentemente, o ensino de Geografia passou. Pensando nisso, o objetivo central desta pesquisa foi compreender como a Cartografia Escolar corrobora para a formação crítica dos estudantes brasileiros. Para tanto, durante as primeiras semanas de pesquisa, foi realizado um extenso trabalho de levantamento bibliográfico das principais produções teóricas brasileiras existentes sobre o assunto na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), nos Repositórios Científicos de Universidades (como USP, UFRGS, PUC Minas e UNESP) e no Repositório de Periódicos da EduGeo. Após selecionar a bibliografia, foi feito um trabalho de revisão a análise delas, o que possibilitou: traçar a trajetória da Geografia e Cartografia Escolar enquanto componente curricular do ensino brasileiro entre 1836 e 1996, compreender as concepções e conceitos estabelecidos acerca da Geografia e da Cartografia Escolar e, sobretudo, permitiu entender a importância desta para o ensino e aprendizagem de Geografia no Brasil e para a formação de alunos capazes de pensar criticamente sobre o mundo
Investigando a história da Geografia Escolar: o manual escolar de Miguel Milano para o curso secundário (1932)
Este artigo é um projeto de Iniciação Científica em desenvolvimento desde 2021 que se expressa como desdobramento da pesquisa de doutorado intitulada “Movimento Escola Nova e Geografia Moderna Escolar em manuais para o ensino secundário brasileiro (1905-1941)”, finalizada em 2019, sendo, portanto, uma continuidade e um implemento da linha de pesquisa em História da Geografia Escolar e das pesquisas referentes aos manuais escolares e cultura escolar materializada no âmbito da [omitido para avaliação]. Esse trabalho consiste em analisar as continuidades e descontinuidade com relação ao movimento renovador escola nova através de uma investigação do manual produzido por Milano para o ensino da Geografia em seu manual escolar “Geographia Geral: Curso Secundário 1 ed. (1932)”, publicado pela Editora TFP/Siqueira, em São Paulo. Se fez necessário, portanto, partir para uma investigação histórica e analítica sobre a obra didática referida através do seu contexto pedagógico do Movimento Escola Nova e da História da Geografia Escolar, além de investigar a origem do professor e compreendendo as influências que inspiraram sua obra. Estas análises se dão a partir de um teor historiográfico, se aprofundando em dados secundários, de abordagem interpretativa qualitativa, por meio de pesquisas documentais sendo necessário explorar, dentro do contexto geográfico educacional, as questões voltadas ao ensino proposta pelo manual de Milano e pelo movimento escola novista, para compreender os caminhos utilizados pelo autor e os seus fundamentos históricos, seus simbolismos e sua influência cultural que interferiram e influenciaram suas metodologias no ensino de Geografia da época
Dispositivos do cinema na Geografia Escolar: paisagem é apenas o que é belo?
Na UERJ o projeto "Dispositivos do Cinema na Geografia Escolar”, tem como objetivo contribuir para a formação inicial de professores ao desenvolver reflexões teóricas e ações voltadas à análise e utilização de dispositivos de cinema como criadores de geografias. Possui parceria com o Colégio Estadual Amazonas (SEEDUC - RJ), que neste ano teve implantado o Novo Ensino Médio - NEM. Através do atual cotidiano do projeto, o presente trabalho apresenta a atividade em que foi utilizado o conceito geográfico de Paisagem para compreender as transformações no entorno e dentro do espaço escolar, e como isto gera estereótipos de certos lugares a partir da compreensão da imagem como re(a)presentação. Neste trabalho será apresentada uma das atividades realizadas, em que são produzidas imagens, a fim de entender a idealização do que é paisagem, a partir de ações e impressões dos próprios alunos. Justifica-se porque as imagens “fabricam” visões de mundo, através também das paisagens exibidas no cinema. Para isto, foi realizado um detalhado planejamento de aula pelos licenciandos que envolveu a utilização de imagens como possibilidade de dispositivos que se relacionam com o cinema. Para o desenvolvimento deste trabalho, as ideias de Santos (1988) e Oliveira Jr. (2009), auxiliaram no planejamento da atividade e reflexões posteriores. A atividade envolveu a análise do espaço geográfico junto à vivência dos alunos com o ensino, pois se baseou naquele contexto geográfico, e eles foram convidados a se expressar e a produzir materiais como imagens, o que propiciou reflexões e questionamentos sobre sua própria realidade. Consideramos que as redes sociais fazem parte da vida dos alunos e são capazes de influenciar a forma como veem o mundo, a partir delas é possível gerar problematizações com o auxílio de conceitos da Geografia. Assim, na educação básica esta postura é um facilitador do aprendizado que é essencial na descoberta de outras geografias para o currículo a partir da Geografia Escolar
Expediente
Arquivo contendo Capa, Folha de Rosto, Ficha Catalográfica, Expediente, Programação e Sumári
O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICS) no contexto do ensino remoto emergencial: reflexões da experiência de estágio durante a pandemia de COVID-19
O contexto atual, marcado pelo aumento da velocidade dos fluxos informacionais trouxe consigo discussões acerca das tecnologias de informação e comunicação presentes no ensino. Nesse sentido, as práticas educativas passaram a ser mediadas também por um ambiente tecnológico digital. No âmbito do ensino remoto emergencial, a apropriação dessas tecnologias pôde ser observada, visto que o processo de ensino e aprendizagem passou a ocorrer de maneira remota e por plataformas digitais com o uso de dispositivos móveis como notebooks e smartphones. Essas experiências trouxeram desafios os quais perpassaram desde a readequação das escolas ao contexto digital, a necessidade de se compreender que no contexto vivido emergiram novas formas de leitura do mundo e as reflexões que tangenciam novas possibilidade de apropriação das TICs. As observações serviram como base para a fundamentação da vivência de estágio ocorrida no primeiro semestre de 2021, a qual buscou por meio de reflexões e diálogos que envolveram as formas de apropriação das TICs, discorrer sobre as experiências do estágio 1 de licenciatura em geografia.