A formação de educadoras de infância foi desenvolvida, ao
longo dos tempos, numa centralidade muito forte na criança, nas
concepções construídas sobre e com as mesmas nos seus processos de
aprendizagem e desenvolvimento, numa perspectiva de integração de
saberes que são apropriados globalmente. Os contextos de formação
inicial das educadoras de infância passaram de escolas normais ou
magistérios para as instituições de ensino superior, tendo-se
conseguido avançar, ao longo das últimas décadas, na perspectiva de
um saber específico para trabalhar com as crianças pequenas. Ao
mesmo tempo, à ação pedagógica das educadoras de infância,
juntaram-se outras funções, sobretudo de âmbito organizacional, que
obrigam a repensar a formação. Em termos globais, poderemos então
dizer que à medida que se foram alargando as áreas de intervenção das
educadoras de infância, assim se foi consolidando a importância da sua
formação aprofundada, o que tenderá a facilitar o reconhecimento do
seu estatuto profissional. No presente artigo tentaremos abordar a
articulação da formação com as identidades profissionais dos
professores de crianças pequenas, ou seja, das educadoras de infância
(designação utilizada em Portugal) ou professoras de infantil
(designação utilizada no Brasil), a partir de um olhar situado em
Portugal.CIEC - Centro de Investigação em Estudos da Criança, IE, UMinho (UI 317 da FCT), PortugalFundos Nacionais através da FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia) e cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI) com a referência POCI-01-0145-FEDER-007562info:eu-repo/semantics/publishedVersio