Universidade do Minho. Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Abstract
Segundo a definição de Marchall McLuhan (1946/2008), um meio de comunicação
é uma “extensão de nós mesmos”. Qualquer tecnologia não pode
senão adicionar-se àquilo que já somos. O telefone é uma extensão da voz,
a roda é uma extensão da locomoção, assim como o computador é um prolongamento
de um conjunto de funções cerebrais que estendem a distância
social em que passamos a comunicar nos dias de hoje. A linguagem prolonga
a nossa experiência no espaço e no tempo, enquanto a escrita estende
os efeitos da linguagem humana. A questão que levantamos aqui é: “qual o
papel da luz e da sombra enquanto meios de comunicação ou, na expressão
do autor, ‘extensões de nós mesmos’?” Na representação como na vida, a
luz e a sombra colocam-se como extensões de nós próprios, pelas quais nos
expomos em diferentes escalas de dissimulação ou verdade; em função da
espectativa de sermos mais ou menos aceites, ou, pelo contrário, rejeitados.
Esperamos mostrar, com este estudo, que a visão enquanto meio de comunicação,
depende de ambas.info:eu-repo/semantics/publishedVersio