A relação entre renda per capita e a variação da área de cobertura florestal em escala global entre 1990 e 2015

Abstract

O aquecimento global e as consequentes mudanças climáticas geram custos econômicos e de qualidade de vida em escala sem precedentes. Dentre as ações para desacelerar o aquecimento, assim como as para mitigar suas consequências, a preservação e expansão de área florestal têm um papel importante sob vários aspectos. Elas interferem nas realidades locais de forma complexa, mas também interferem no clima global. O desmatamento leva a emissões de gases de efeito estufa, assim como o aumento de área florestal leva a absorção de CO2. A evapotranspiração da floresta, e a sua capacidade de reter água no solo, modificam os fluxos hídricos interferindo nos regimes de chuva e na disponibilidade de água tanto local como em regiões distantes da floresta. Foram observadas as variações anuais das áreas de cobertura florestal de 187 países entre 1990 e 2015. Dentre países que tiveram um saldo total negativo área florestal no período, é possível verificar que existe uma correlação entre quantidade de desmatamento e renda per capita. Dentre os países com saldo positivo, não foi possível verificar essa correlação. Um breve levantamento dos processos específicos do Brasil, Indonésia, Sudão e Nigéria (grandes desmatadores) assim como da China, EUA e Índia (grandes reflorestadores), nos permite observar alguns dos elementos que levaram às variações de área de cobertura florestal

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