Dametto, Norton

Portuguese

Lume 5.8

Evento Salão UFRGS 2015: SIC - XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFRGSAno 2015Local Porto Alegre - RSTítulo Estrutura populacional de Aegla grisella Bond-Buckup & Buckup, 1994 (Crustacea, Aeglidae) do Perau de Janeiro, Arvorezinha, RS, Brasil.Autor NORTON DAMETTOOrientador EDUARDO PÉRICOInstituição Centro Universitário UnivatesEstrutura populacional de Aegla grisella Bond-Buckup & Buckup, 1994 (Crustacea, Aeglidae) do Perau de Janeiro, Arvorezinha, RS, Brasil. Norton Dametto & Eduardo Périco. Centro Universitário UNIVATES. A família Aeglidae é neotropical e restringe-se à América do Sul. Possui um único gênero vivo, Aegla Leach, 1820, com aproximadamente 70 espécies conhecidas até o momento, e dois gêneros fósseis. Aegla grisella Bond-Buckup & Buckup, 1994 está incluída na categoria de vulnerável na lista das espécies da fauna ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul. Os eglídeos exercem uma importante função na teia trófica e são vulneráveis à degradação ambiental. Nos últimos anos, muitos trabalhos abordaram a estrutura e dinâmica populacional desses crustáceos nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, no entanto nenhum estudo foi realizado com A. grisella desde sua descrição. A área de estudo é considerada preservada, abrigando alguns registros endêmico para a localidade, apesar disto, recentemente sofreu com a ameaça da construção de uma Pequena Central Hidroelétrica (PCH). O objetivo deste trabalho é analisar a estrutura populacional de A. grisella, o período reprodutivo da espécie e a razão sexual. Foram realizadas coletas mensais (dez esforços amostrais por coleta), com auxílio de puçá, no período de agosto de 2014 a junho de 2015, no Perau de Janeiro, Arvorezinha, Bacia do Rio Forqueta, Vale do Taquarí, Rio Grande do Sul (28o51’9,85”S; 52o17’55,02”O). Foram realizadas medidas de comprimento do cefalotórax (CC) e largura do cefalotórax (LC); a sexagem foi feita a partir da observação da presença ou ausência dos pleópodos. Foram considerados juvenis, os indivíduos onde o sexo não pode ser definido. Todos os indivíduos coletados foram mantidos em balde com água do local até o término da obtenção dos dados, em seguida foram devolvidos para o ambiente. Machos e fêmeas foram agrupados em diferentes classes de tamanho de CC, o intervalo utilizado entre as classes foi de 2mm. As análises estatísticas foram realizadas no software BIOESTAT 5.3. No total, 1260 espécimes de A. grisella foram amostrados, sendo 353 machos, 403 fêmeas (48 ovígeras) e 504 juvenis. Existe correlação significativa entre o comprimento e a largura do cefalotórax (r=0,9658; p<0,0001), por essa razão os valores da largura foram descartados. O comprimento do cefalotórax variou de 5,08 - 36,14 (?̅?=13,5 ± 5,57) em machos, 4,19 - 37,96 (?̅?=15,4 ± 5,07) em fêmeas e 12,46 - 35,49 (?̅?=20,3 ± 5,32) em fêmeas ovígeras. As fêmeas são significativamente maiores que os machos (p<0,0001). A distribuição de frequência em classes de tamanho apresentou-se unimodal, para ambos os sexos, mostrando a predominância de uma faixa etária para machos (12mm-14mm) e para fêmeas (14mm-16mm). Os meses de maior ocorrência de machos foram em setembro e outubro e em fevereiro e março; para as fêmeas foram em setembro e outubro e de janeiro a março, ou seja, são mais abundantes na primavera e no verão. A razão sexual de machos/fêmeas foi de 0,9:1 e não existe diferença significativa entre o número de machos e fêmeas nos meses coletados (X² = 7,122; p = 0,6244). Fêmeas ovígeras foram observadas entre os meses de agosto a novembro, ou seja, foram mais frequentes na primavera, variando de 1 - 23 fêmeas por mês, e de 30 - 580 (?̅?=271,6 ± 192,15) ovos por fêmea. O período de maior abundância de juvenis foi no outono, entre os meses de março a maio, este período foi precedido por um período de maior abundância de fêmeas ovígeras. Considerando a abundância por intervalos de classe pelo comprimento do cefalotórax, existe uma tendência não significativa de uma maior abundância de machos em intervalos de classes iniciais, e de fêmeas em intervalos de classes adultos. A grande maioria dos resultados mostraram-se diferentes de alguns estudos com outras espécies de Aegla do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, o que pode indicar que as características da localidade estudada podem estar atuando na dinâmica populacional destes eglídeos. 

Estrutura populacional de Aegla grisella Bond-Buckup & Buckup, 1994 (Crustacea, Aeglidae) do Perau de Janeiro, Arvorezinha, RS, Brasil.

https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/137163/1/Resumo_42410.pdf

Estrutura populacional de Aegla grisella Bond-Buckup & Buckup, 1994 (Crustacea, Aeglidae) do Perau de Janeiro, Arvorezinha, RS, Brasil.

Abstract

Similar works

Full text

Available Versions

Lume 5.8