CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LÍNGUA DE SINAIS

Abstract

Neste trabalho, temos por objetivo analisar a constituição do sujeito “Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais” (TILS) que emerge em documentos que legislam sobre a prática interpretativa, a saber, o “Código de Ética do Profissional Intérprete” e o “Programa Nacional de Educação de Surdo” (QUADROS, 2004). Para tanto, inscrevemo-nos no campo da Análise do Discurso francesa e mobilizamos autores como Pêcheux (2009), Foucault (1996, 2008) e Orlandi (2000). Problematizamos as noções de “imparcialidade”, “neutralidade” e “fidelidade” construídas nos documentos mencionados. Ao analisarmos o papel do intérprete, é preciso considerá-lo enquanto um sujeito afetado que, ao mesmo tempo em que afeta a história através da língua portuguesa e de sinais, o que evidencia, portanto, a necessidade de pensar uma prática interpretativa outra para o sujeito TILS que leve em considerações dimensões sócio-histórico-ideológicas

    Similar works