Nos "Labirintos do Medo": exílio e linguagem em Depressões, de Herta Müller

Abstract

Palavras-chave criadas pelo pesquisador do Projeto "PROGRAD/DIREN/UFU 2016-2017: Historiografia e pesquisa discente: as monografias dos graduandos em História da UFU".Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)Este trabalho visa discutir o tema do exílio e linguagem na obra da escritora romena Herta Müller, com foco na coletânea de contos Depressões, lançada em 1982 na Romênia. Ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura em 2009, Müller nasceu em 1953 em uma família pertencente a minoria alemã que habita na histórica região do Banato. Durante o regime comunista de Nicolau Ceausescu (1965-1989), Müller foi perseguida e na condição de exilada política emigra em 1987 para a Alemanha. Seus livros, de cunho autobiográfico, promovem uma mistura consciente entre o vivido e o ficcional. Em Depressões, livro de estreia da autora, a menina protagonista relata o opressivo cotidiano de uma aldeia no interior da Romênia. O pertencimento à comunidade é posto em questão no decorrer dos contos por meio de uma prosa poética e compacta. O trabalho também discutirá as reações ao recebimento do Nobel: jornalistas e escritores mostraram-se surpresos e desconcertados com a premiação de Müller, até então pouco conhecida fora dos círculos literários alemães. Além disso, com os ensaios do livro Sempre a mesma neve e sempre o mesmo tio, de 2011, busco levantar questionamentos que aproximam a escrita da história ao fazer literário e apresentar a carreira de Müller, cuja obra tem recebido maior atenção do público e crítica internacionais nos últimos anos

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