research

Capital Intelectual e Desenvolvimento Regional: O Caso da Agricultura no Alentejo.

Abstract

Tendo-se constituído desde os primórdios da Humanidade uma actividade imprescindível para a sobrevivência da Humanidade, a agricultura, muito influenciada por (dependente de) condições exógenas, tem vindo a deparar-se desde há dois séculos com desafios decorrentes das mudanças, tecnológicas, económicas, sociais e mais actualmente também ambientais. Estas mudanças requerem de agricultores e mão-de-obra assalariada conhecimentos / competências / qualificações que lhes possibilitem responder às exigências com que se defrontam, e com as que se terão de defrontar nos tempos que se seguem. O sistema educativo tem vindo a preparar recursos humanos, reforçando o capital intelectual, mediante a oferta de cursos de nível superior e cursos de formação profissional, que são complementados com as iniciativas, geralmente de curta duração, promovidas por associações profissionais e outras entidades. Estas constatações suscitam aos autores o interesse pelo que se passa no Alentejo no que se refere à problemática do capital intelectual no âmbito da agricultura, e ao seu contributo para o desenvolvimento regional. O objectivo da comunicação a apresentar consiste assim em mostrar como tem evoluído o capital intelectual na agricultura desta região, e qual a importância dessa evolução para o desenvolvimento regional, e como se poderá ainda repercutir tendo em atenção nichos / actividades emergentes, sendo essa exposição complementada com as respostas que têm sido dadas pelo ensino profissional e ensino superior, quer ainda em vectores fundamentais como a investigação, transferência de conhecimentos e inovação. Para dar resposta aos objectivos traçados, os autores realizaram uma pesquisa bibliográfica em textos impressos e disponíveis na internet que recaiu sobre: i) os conceitos fundamentais, ii) a evolução da agricultura no Alentejo. Os resultados mais relevantes decorrentes dessa pesquisa revelam um aumento (muito significativo) do número dos agricultores com ensino superior entre 1989 e 2013, o que foi acompanhado da alteração das unidades classificadas na atividade agrícola. Como conclusões verifica-se que tem havido um significativo aumento do capital intelectual na agricultura do Alentejo, o que tem contribuído para a importância em termos absolutos e relativos do sector no contexto nacional, situação para a qual têm contribuído as quatro instituições do Ensino Superior e pelas Escolas Profissionais localizadas na região. Como estudos adicionais recomenda-se o aprofundamento das interrogações sobre a agricultura e os desafios que se lhe poderão provavelmente deparar (em função das alterações climáticas e da globalização), bem como sobre o perfil do agricultor do futuro e da mão-de-obra agrícola

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