ESTUDO de Probabilidades de Ruptura para Fundações Profundas Executadas em uma Obra em Mato Grosso do Sul

Abstract

Este trabalho apresenta um estudo sobre o comportamento de estacas hélice contínua, ensaiadas com provas de carga estáticas, que foram executadas em uma obra industrial em Mato Grosso do Sul. Tal estudo foi baseado em resultados de sondagens SPT, realizadas em um terreno composto de sedimentos aluvionares, com camadas irregulares de composição arenosa, siltosa e argilosa. O estudo possui duas abordagens, uma determinística e outra probabilística, sendo que: a determinística, visa comparar fatores de segurança (FS) estimados por cinco métodos semi-empíricos: Aoki-Velloso (1975) - Velloso-Lopes (2002); Aoki-Velloso (1975) - Monteiro (1997); Décourt-Quaresma (1978) - Décourt (1996); Alonso (1996) e Antunes-Cabral (1996), com valores obtidos de extrapolação de curvas carga-recalque, traçadas a partir de provas de carga, pelos métodos: Van der Veen (1953); Van der Veen (1953) - Aoki (1976) e NBR 6122 (ABNT, 2010). Neste âmbito, são apresentados os erros médios e os desvios padrão dos valores de FS obtidos por métodos semi-empíricos com relação aos obtidos por extrapolação. O método de Décourt-Quaresma (1978) - Décourt (1996) se mostrou o mais conservador, apresentando o menor erro, tanto com relação ao valor médio de FS, quanto ao desvio padrão de FS. Para as análises com extrapolação, o método de Van der Veen (1953) - Aoki (1976) foi o que gerou o menor erro, tanto no valor médio de FS, quanto em seu desvio padrão. A análise probabilística, levou em consideração sondagens executadas em raios de 100m, 150m e 200m no entorno de cada estaca ensaiada, para estimar estatisticamente os valores da média e da variância do fator de segurança nessas regiões por métodos semi-empíricos. O teste de Kolgomorov-Smirnov confirmou distribuição gaussiana para FS, permitindo o uso da metodologia de Morlá Catalán e Cornell (1976) para calcular índices de confiabilidade e probabilidades de ruptura. O método de Décourt-Quaresma (1978) - Décourt (1996) se mostrou o mais conservador, com os menores valores de 􀴤𝐹􀴤􀴤𝑆􀴤 e maior probabilidade de ruptura. Tamanhos amostrais maiores não resultaram necessariamente em estimativas mais precisas da distribuição de probabilidade dos FS, apesar de na maioria dos casos o erro médio de FS e o desvio padrão do erro do FS diminuírem com o aumento da área amostral. Além disso, pode-se observar que a probabilidade de ruptura tende a ser pouco sensível a variações nas áreas amostrais

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