As boas relações entre a União Europeia e os
EUA são essenciais para a estabilidade global.
Mas as actuais relações transatlânticas permanecem
constrangidas sobretudo como resultado
da guerra no Iraque e da abordagem unilateral
da primeira administração George W. Bush.
As divergências entre UE-EUA têm aumentado
nas áreas políticas e estratégicas bem como nas
áreas económicas e sociais. Uma das maiores
divergências incide sobre a governação global e
sobre o papel atribuído à ONU e a outras instituições
multilaterais. Também existe um elevado
grau de anti-americanismo (ou de oposição
às políticas da administração Bush) na Europa,
e de ressentimento para com a Europa (ou melhor,
para com a França e Alemanha) nos EUA.
A UE não tem ideia de como lidar com a única
superpotência mundial. Normalmente prefere-
se o bilateral aos canais europeus. Mas as
actuais estruturas UE-EUA não permitem uma
discussão séria sobre muitas destas diferenças.
Nem a OTAN é uma estrutura adequada para
um diálogo estratégico transatlântico, como o
chanceler Schroeder referiu na Conferencia
Wehrkunde, em Munique, em Janeiro de 2005