p.15-25Por mais difícil que seja «dizer», por mais duro que seja
«ouvir», as crianças portadoras de algum tipo de deficiência,
desde que tenham as suas necessidades básicas
supridas, de segurança, saúde, relações afectivas, higiene,
alimentação e educação, são indivíduos felizes. A nosso
ver, esta afirmação é tão mais válida quanto, infelizmente,
maiores forem os défices cognitivos associados.
Aqui, a percepção da realidade e a forma como esta
se interioriza, é minimizada. Quem «sofre» e tem de
enfrentar a adversidade da problemática da deficiência são
as famílias, a nosso ver, as grandes heroínas neste processo.
Este artigo, pretende simplesmente reflectir, mas acima
de tudo alertar, para os cuidados e orientações que
devem ser dispensados às mesmas. Dirigimo-nos à
sociedade em geral, mas principalmente e de forma particular,
aos profissionais das diversas áreas que, directa
ou indirectamente, estabelecem uma relação, mais ou
menos estreita, com as famílias de crianças portadoras
de algum tipo de problema e/ou deficiência