research article

Drogas, proibicionismo e o cuidado em liberdade: desafios à política Pública

Abstract

Muitos dos limites e desafios em estabelecer o cuidado em saúde mental às pessoas que fazem uso prejudicial de drogas decorre, ainda, em função da hegemonia da lógica manicomial do cuidado e do proibicionismo das drogas presente no cotidiano dos serviços da Rede de Atenção Psicossocial. Neste sentido, o artigo tem por objetivo analisar o proibicionismo das drogas, no Brasil, como política pública que estrutura a história desta para o campo de atenção aos usuários de drogas, mesmo com resistências e outras políticas e iniciativas governamentais, revelando as barreiras sobre acesso e cuidado, no cotidiano dos serviços, por parte de profissionais na rede pública de saúde. Ressalta-se também que o cuidado em saúde mental e drogas dirigido às pessoas com transtornos mentais e às que fazem uso prejudicial de drogas tem sido ainda atravessado por retrocessos de ordem econômica e política que trazem consequências evidentes ao cuidado prestado à população usuária.Many of the limits and challenges in establishing mental health care for people who make harmful use of drugs also result from the hegemony of the asylum logic of care and drug prohibitionism, present in the daily life of psychosocial care network services. In this sense, the article aims to analyze drug prohibitionism in Brazil as a public policy that structures its history in the field of care for drug users, even with resistance and other government policies and initiatives, revealing the barriers to access and care, in the daily services, by professionals in the public health network. It is also noteworthy that mental health and drug care aimed at people with mental disorders and those who make harmful use of drugs has also been plagued by economic and political setbacks that have clear consequences for the care provided to the user population

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