Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Socio-EconomicoO presente trabalho busca uma ampla reflexão sobre o fenômeno de estruturação do Estado e do processo de institucionalização crescente verificado na civilização ocidental nos seus vários momentos históricos e segundo diversas abordagens teóricas ou tendências ideológicas. Tenta-se assim, estabelecer uma "ponte" entre os conhecimentos políticos, sociais e psicológicos, identificando a ação da burocracia como um exercício de poder alienante, instrumento predominante de padronização e compatibilização entre estas três abordagens de realidade. A partir desta intermediação unificante da burocracia, pode-se ainda verificar marcantes similaridades em termos de processo político nos vários níveis ou instâncias institucionias, observáveis desde o macro até o micro-político/social; ou seja, a burocracia tende à padronização da linguagem institucional e de poder ao nível das estruturas políticas, das estruturas sociais (das quais as organizações são representantes típicas numa sociedade industrial) do grupo de trabalho e da própria família. Finalmente, a psicologia, nas suas indissociáveis perspectivas de pensamento-ação, apresenta-se aqui como um poder de desalienação do homem e de conseqüente transformação revolucionária da realidade, identificada que está com suas raízes sociais e políticas
