Introdução: O cuidado à Hipertensão Arterial Sistêmica e ao Diabetes Mellitus no cenário da Estratégia Saúde da Família, exige a colaboração entre diversos profissionais. A escolha da temática atual se deu pela ausência do acompanhamento a hipertensos e diabéticos observada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Quixeramobim-CE, na qual a Residência Integrada em Saúde (RIS) estava inserida. Objetivo: Descrever a implementação de um grupo de hipertensos e diabéticos (Hiperdia), bem como qual foi impacto da criação deste grupo na vida de usuários. Material e métodos: Esta pesquisa consiste em um relato de experiência, possuindo caráter exploratório e descritivo. Durante a vivência da territorialização, verificou-se um número bastante expressivo de usuários hipertensos e diabéticos adscritos nos territórios da Turma V da Residência Integrada em Saúde (RIS), neste sentido os residentes perceberam a necessidade da criação de um grupo de Hiperdia, visando promover a prevenção, promoção de saúde e aperfeiçoamento dos níveis de conhecimento sobre as suas condições. O grupo foi criado durante o mês de julho de 2018, juntamente com o apoio dos Agentes Comunitário de saúde (ACS), por meio de uma busca ativa no território aos indivíduos hipertensos e ou diabéticos. O mesmo era realizado na UBS Rosália Mota Almeida em Quixeramobim-CE, sendo composto em média por 12 a 15 participantes. Inicialmente, acontecia apenas uma única vez no mês, passando a se estender com o passar do tempo para duas vezes no mês e promovendo uma maior proximidade dos profissionais de saúde à comunidade. Em cada encontro, eram desempenhadas ações de educação em saúde pela equipe de RIS, abordando temáticas sobre hipertensão, diabetes e temáticas transdisciplinares, possibilitando cada vez mais o empoderamento dos indivíduos para a tomada de decisões concernentes à sua saúde, além de aferições de índice glicêmico e pressão arterial na maioria dos encontros. Resultados: Após a criação do grupo percebeu-se uma maior segurança dos participantes quanto as suas condições de saúde, bem como o desejo de cuidar de si e do outro, por meio da ampliação do conhecimento adquirido ao longo das discussões. Além disso, percebeu-se uma melhor condução do processo de educação em saúde, favorecendo a superação de dificuldades e uma maior autonomia aos usuários, possibilitando melhores condições de convivência com sua condição de saúde. Conclusão: Como a organização e implementação de um grupo terapêutico para hipertensos e diabéticos, tornou-se claro o quanto este foi capaz de proporcionar novos conhecimentos teóricos e práticos acerca da educação em saúde, influenciando positivamente na qualidade de vida destes, ao promover hábitos saudáveis e expor cuidados específicos e normatizados para suas patologias