Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade UnB Gama, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica, 2017.Introdução: Pacientes críticos internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) apresentam perda de força muscular logo após a intubação com ventilação mecânica e boa parte, até 50%, pode ser diagnosticado com Fraqueza Adquirida em Unidade de Tratamento Intensivo (FA-UTI). Esse diagnóstico é tradicionalmente realizado testando-se manualmente a força e analisando subjetivamente com a escala da Medical Research Council (MRC). Essa mensuração de força exige a colaboração do paciente, de forma que diagnósticos de debilidade muscular em pacientes não colaborativos é um desafio. Uma solução é provocar a contração com Estímulo Elétrico Neuromuscular (EENM) e avaliar a resposta com um dinamômetro fixo. Metodologia: Para permitir avaliação de força em pacientes não colaborativos projetou-se um aparelho portátil com massa inferior a 8 quilogramas para ser posicionado em um leito e ajustável ao tamanho da perna do paciente, garantindo um posicionamento do joelho em 60o para teste de força muscular dos músculos extensores de joelho. Foi elaborada também um dispositivo eletrônico que permite avaliar a força em tempo real e armazenar o pico de força. O dispositivo foi testado através da análise do músculo reto femoral em dois grupos de pacientes, G1 apenas com procedimentos padrões de fisioterapia e G2 com os procedimentos padrões e EENM, no dia da admissão na UTI, no dia 3, 7 e 14. Os testes com pacientes foram realizados por equipe de fisioterapeutas na UTI trauma do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa - FEPECS/SES-DF sobre o número de parecer 417.180. Resultados: O dinamômetro isométrico desenvolvido foi capaz de medir e acompanhar a força do quadríceps, os dados não apresentaram distribuição normal pelo teste de Shapiro-Wilk e a análise estatística foi realizada com o teste não paramétrico Kruskal-Wallis, indicando que o tratamento com EENM foi mais efetivo que o tratamento sem EENM (p < 0.014). Conclusão: O dispositivo construído apresentou-se como uma forma de medir a força em pacientes não cooperativos, permitindo avaliar a variação de força nos pacientes conforme o tempo de internação e o protocolo de tratamento utilizado.Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal ( FAP-DF ).Introduction: Intensive Care Units (ICUs) experiences loss of muscle strength shortly after an intubation with mechanical ventilation, and a good part, up to 50%, can be diagnosed as Acquired Weakness in Intensive Care Units (AWICU). This diagnosis is traditionally carried out testing manually the strength and subjectively analised with the Medical Research Council scale (MRC). This strength measurement requires patient collaboration, so that diagnoses of muscle weakness in non-collaborative patients can be considered a challenge. One solution is to cause a contraction with Neuromuscular Electrical Stimulus (NMES) and evaluate the response with a fixed dynamometer. Methodology: In order to allow assessment of strength in non-collaborative patients a portable device with mass of less than 8 kilograms was designed to be positioned in a bed and to be adjustable to the size of the patient’s leg, guaranteeing a positioning of the knee at 60o for muscle strength testing of knee extensor muscles. An electronic device was also developed to evaluate in real-time the force and stores the force peak. The device was tested by the analisis of rectus femoris in two groups of patients, G1 with only traditional physiotherapy and G2 with the traditional procedures and NMES, in the day of admission at ICU, on day 3, 7 and 14. The tests with patients was performed by the team of physiotherapists in the ICU trauma of the Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Approved by the Research Ethics Committee - FEPECS / SES-DF on opinion number 417,180. Results: The developed isometric dynamometer was able to measure and monitor the strength of the quadriceps, the data had not normal distribution by the Shapiro-Wilk test and the statistical analysis was performed with the Kruskal-Wallis non-parametric test, indicating that the NMES treatment was more effective than non-NMES treatment (p < 0.014). Conclusion: The developed device presented as a way of force acessment in non-cooperative patients, allowing the evaluation of a force variation in the patients according to the time of hospital stay and the implemented treatment protocol