research

Uma crítica da (des)razão indigenista

Abstract

O artigo trata de um aspecto pouco abordado nas análises de Estado e poder: o voluntarismo de agentes de Estado e sua influência no estabelecimento de normas e resoluções que podem afetar povos inteiros. O caso empírico escolhido para demonstrá-lo é o dos Panará e sua saga pelo Parque Xingu sob o comando de Orlando Villas-Bôas nos anos 70. Como estratégia de demonstração, utiliza-se a proposta de Edward Said sobre a importância que o início de uma narrativa tem para o seu desfecho. Portanto, dependendo de onde comecemos a analisar um evento, este pode revelar ou mesmo ocultar contornos relevantes para a sua conclusão. _______________________________________________________________________________ ABSTRACTThis article deals with a somewhat neglected aspect in State and power analyses, viz., the individual whims of State agents and how these influence decision-making processes that may affect entire peoples. To demonstrate this the article focuses on the case of the Panará Indians and their ordeal as uncomfortable “guests” of Orlando Villas-Bôas in the Xingu Park in the 1970s. Edward Said’s Beginnings has been the analytical inspiration to unravel the Panará situation. Depending on where we begin to tell a story, its outcome may take unpredictable turns

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