Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS)
Abstract
A Reforma em território alemão possui duas figuras, por vezes próximas entre si, por vezes muito distantes: Lutero e Tomás Müntzer. À medida que foi se envolvendo na vida de seus fiéis, Müntzer foi tomando caminhos próprios, discordando de Lutero que este tomava a "Palavra, em sua realidade objetiva, como constitutiva da Igreja, e afirmando que os verdadeiros fiéis são os que possuem a experiência subjetiva do "Espírito". Também contra Lutero, que defende a resistência à autoridade, mas em questões seculares aceita a tirania, Müntzer, que vê a fé fortemente inserida no social, defende a revolução armada contra os príncipes. Müntzer não nega a graça, mas esta possui papel secundário em seu pensamento, enquanto, para Lutero, ela se coloca no centro de suas preocupações teológica