4,725 research outputs found

    Imagens do Paraíso no Renascimento

    Get PDF
    No Renascimento, a criação artística deriva de uma cultura visual focada no homem e no seu quotidiano. O corpo é valorizado a partir da utilização de modelos vivos, retratado com naturalismo, os rostos e gestos ganham maior expressividade e o movimento torna-se mais solto e espontâneo. As figuras sagradas adquirem uma escala natural, liberta de hierarquias e de convenções, e inserem-se em ambientes anacrónicos e cenários do quotidiano doméstico, que conferem um teor realista e humanizado à representação das cenas religiosas. É nestas circunstâncias que se altera a iconografia do Paraíso: o Paraíso celeste, evocado através do Juízo Final, abandona progressivamente a estrutura centrada na figura de Cristo-juiz, sentado no trono, em majestade, para se tornar numa composição mais fluida e dinâmica em torno de Cristo ressuscitado, de pé e a apresentar as marcas da Paixão; o empíreo fixa-se como uma glória iluminada aberta num círculo de nuvens povoado de anjos e santos, em escorços cada vez mais pronunciados, sublinhando o movimento ascensional; o Paraíso terrestre, sem prejuízo da simbologia atribuída a cada elemento, é um jardim natural e luxuriante

    A literatura apocalíptica enquanto género literário (300 a.C. - 200 d.C.)

    Get PDF
    Revista Lusófona de Ciência das Religiõe

    La apocalíptica, fenómeno mediterráneo

    Get PDF

    A relevância profética do olhar apocalíptico sobre a história

    Get PDF
    El Apocalipsis no deja nunca de leer los signos de cada periodo, de cada tiempo, los signos que marcan la historia. El Apocalipsis es intrínseco a la fe cristiana. Por lo tanto, se solicita para reconstruir otra visión del mundo. En este sentido, el Apocalipsis demanda profecías e instala una relevancia profética ya que instaura una crítica a entreabrir otro sentido, a desvelar otro sentido descubriendo un nuevo horizonte. Esta es la visión permanente de la fe misma, siempre apolcalíptica, una revelación "por fe y para fe" (Rom 1,17). Por lo tanto, no es de extrañar que este proceso comience en los orígenes de la fe cristiana. Por lo tanto, podemos hablar de un contexto apocalíptico en el Nuevo Testamento, ya sea en la experiencia de Jesús, ya sea en la transmisión de esa experiencia. Esto hace la fe y la fe apocalíptica. La fe es una revelación, un reconocimiento, un descubrimiento teológico. Así nace la teología.The apocalyptic always reads the signs of every period, of every time, the signs which mark history. The apocalyptic is intrinsic to Christian faith. Therefore, it is requested to rebuild another worldview. In this sense, apocalyptic demands prophecy and installs a prophetic relevance since offers thus a critical worldview opening another sense, unveiling another sense, uncovering another horizon. This is the permanent view of faith itself. Faith is an apocalyptic of sense, an unveiling “from faith to faith” (Rom 1,17). Therefore, it is no surprise that this process begins at the origins of Christian faith. Thus, we can speak of an apocalyptic context of the New Testament either in the experience of Jesus either in the transmission of that experience. This makes faith and apocalyptical faith. Faith is an unveiling, a recognition, a theological uncovering. This is what theology is all about.A apocalíptica não deixa nunca de ler os sinais dos tempos na história por eles assinalados e construída, chamada a reconstruir uma outra configuração do mundo. Neste sentido, ela subsume a profecia e adquire uma relevância profética, pois instaura uma crítica ao entreabrir um sentido outro, ao desvelar um outro sentido, ao apocalipticizar um outro horizonte. Este é o olhar permanente da fé na medida em que a fé constitui uma apocalíptica de si de sentido, em si mesma é sempre uma apocalíptica, um desvelamento “da fé à fé” (Rom 1,17). Não admira, portanto, que este processo comece (ou continue) nas origens da experiência cristã, pelo que podemos falar num contexto apocalíptico como contexto do Novo Testamento quer da própria experiência de Jesus quer da transmissão dessa experiência. Isto faz da fé uma fé apocalíptica, uma revelação da fé a si mesma e ao mundo, o que instaura um olhar crítico sobre a fé e da fé. A fé é apocalíptica no sentido em que é um desvelamento teologal, e um desvelamento das razões da fé, ou seja, assim nasce a teologia.peerReviewe

    Frammenti di escatologia sciita: Dhū l-Qarnayn nell’opera di Ibn Bābawayh

    Get PDF
    Sūrat al-Kahf, the eighteenth chapter of the Muslim Holy Book, transmits a story about a character, nicknamed Dhū l-Qarnayn which literally means ‘the two-horned one’. The ambiguity in the Quran in naming this figure led to a protracted debate about his identity: According to some sources it was Alexander the Great and according to others it was Cyrus or ʿAyyāsh. Scholars have already pointed to the importance of investigating the earliest stages of the accounts concerning this character with a view to understanding the entire tradition surrounding him. For this reason they have focused attention on the religious literature and, in particular, on the Sunni production of the Middle Ages. In this contribution, I will deal with the Twelver religious literature, in particular with four works written by Muḥammad Ibn Bābawayh, eminent traditionist and jurist who lived during the tenth century. Ibn Bābawayh narrates several accounts about Dhū l-Qarnayn in these works and in particular in the Kamāl al-dīn wa tamām al-niʿma fī ithbāt al-ghayba wa kashf al-ḥayra, one of the first works on the occultation of the twelfth imam. My analysis has a two-fold aim: To extrapolate the various motifs connected with Dhū l-Qarnayn in these texts and to verify how this character is utilized within the Imami circles in Ibn Bābawayh’s time

    La visión del Más Allá en la religiosidad romana: la transmigración de las almas como mensaje de esperanza

    Get PDF
    Propõe-se uma breve caracterização da escatologia romana desenvolvida entre o fim da República e os tempos imperiais para contextualizar o processo de assimilação que os cidadãos romanos realizaram da doutrina da transmigração das almas ou da metempsicose. Para este fim, serão consideradas fontes textuais de natureza mítica e filosófica e também documentos arqueológicos que nos permitirão contrastar a verdadeira repercussão que esses postulados tiveram além do domínio poético ou filosófico. Finalmente, tentaremos mostrar não apenas a mensagem de esperança presente na escatologia romana tradicional, mas também qual será a principal inovação da escatologia cristã que se imporá a partir do século IV d. C

    Ensino superior e melancolia

    Get PDF
    Sonhando com a universalização do conhecimento, e também com a universalização da comunidade científica, o imaginário universitário foi um imaginário moderno desde a sua origem medieval. Mas com o advento de um tempo em que só parece justificável socialmente aquilo que é instrumental, e que, numa palavra, serve os desígnios de uma razão pragmática, todo o ensino superior passou a servir o mercado como único senhor e obedece às exigências da competitividade, como se a razão liberal fosse hoje o verdadeiro tribunal que julga da qualidade académica. Acabando por se descentrar e por passar a funcionar sobre eixos de sentido que não são os seus, a Universidade faz então da esquizofrenia o seu estado permanente, pelo que o ensino se atola no pedagogismo, a investigação deposita no mercado e na competição todas as esperanças de redenção e o serviço à comunidade é muitas vezes um mero pragmatismo, uma pressa indecorosa, um fazer sua a convicção generalizada de que temos direito a tudo e de que tudo tem um preço. A golpes de melancolia, afunda-se, pois, o pensamento, e, com ele, afunda-se o próprio ideal académico. A meu ver, no entanto, cabe à Universidade, como finalidade última, a salvaguarda das possibilidades da (a)ventura do pensamento, ou seja, cabe-lhe fazer do ensino e da ciência uma ideia, sem a qual o presente é uma pura forma de onde se ausentou toda a potência
    corecore