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O impacto da pandemia de COVID-19 na população indígena: uma análise científica
A pandemia de COVID-19, desencadeada pelo coronavírus SARS-CoV-2, tem sido um desafio global, afetando diversas comunidades, com destaque para as populações indígenas, historicamente marginalizadas e vulneráveis devido a desigualdades estruturais. O presente artigo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, através de uma revisão integrativa da literatura. A análise epidemiológica revela que fatores como superlotação em moradias, falta de acesso a água potável e saneamento básico, além de altas taxas de comorbidades, contribuem para a propagação e impactos severos da doença nessas comunidades. A falta de acesso a serviços de saúde adequados é agravada pela escassez de infraestrutura e profissionais de saúde em áreas remotas, somada a barreiras linguísticas e culturais. Apesar dos desafios, as populações indígenas têm demonstrado resiliência, implementando medidas proativas de prevenção, promovendo solidariedade comunitária e preservando práticas tradicionais de cura. Estratégias de longo prazo incluem a diversificação econômica e o fortalecimento dos sistemas de saúde indígenas. A conclusão ressalta a importância de reconhecer e valorizar os conhecimentos e direitos das comunidades indígenas, promovendo ações colaborativas para construir sociedades mais inclusivas e resilientes
Relação entre terapia de reposição hormonal no climatério e o desenvolvimento de Neoplasias
O climatério é o período de transição entre a fase reprodutiva e não reprodutiva das mulheres, caracterizado por alterações hormonais que afetam o ciclo menstrual. A menopausa, definida como o último ciclo menstrual, marca o fim dessa fase. Durante o climatério, ocorrem diversos sintomas e a terapia de reposição hormonal (TRH) é uma opção de tratamento que consiste na reposição dos hormônios através de diferentes vias de administração. Estudos divergem quanto aos benefícios e riscos da TRH, especialmente em relação ao câncer de mama, mas enfatizam a importância do acompanhamento médico e reavaliação periódica dos benefícios e malefícios do tratamento. O presente artigo trata-se de uma revisão de literatura integrativa e tem como objetivo estabelecer uma relação entre a reposição de terapia hormonal no climatério e o desenvolvimento ou não de neoplasias. Utilizou-se para a pesquisa as bases de dados PubMed, SCIELO e LILACS, considerando artigos publicados nos últimos cinco anos (2018-2023). Os descritores "Climacteric", "Neoplasms" e "Hormone replacement therapy" foram combinados através do operador booleano "AND". Foram selecionados 27 artigos e após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, bem como a análise dos objetivos, 18 artigos foram selecionados. Com base na literatura pesquisada, verifica-se que o risco de câncer no ovário ou endométrio não está relacionado aos níveis metabólicos de estrogênio em mulheres que receberam terapia combinada de estrogênio/progesterona, mas o uso isolado de estrogênio pode aumentar os desfechos negativos, especialmente em mulheres obesas. Tratando-se o câncer de mama, estudos apontam a relação entre a TRH com o surgimento do mesmo
Tumor miofibroblástico inflamatório do pulmão : Inflammatory myofibroblastic tumor of the lung
Introdução: Os tumores miofibroblásticos inflamatórios pulmonares são achados patológicos, de apresentação clínica, evolução e prognósticos controversos. Representam de 0,04% -1,2% de todos os tumores pulmonares, sendo mais comuns em crianças e rara sua forma primária em adultos. Possui diagnóstico difícil, pois é fundamentalmente anátomo-patológico. A apresentação clínica e radiográfica são muito variáveis. Apresentação do caso: sexo masculino, 49 anos de idade, admitido no hospital das clínicas da UFG (Go) com história cronica de 6 meses de dispnea progressiva, com tosse produtiva e sibilos, paciente tinha história de tabagismo (1 maço por dia há 20 anos) hipertensão e asma. Discussão: O tumor miofibroblasto inflamatório de pulmão geralmente é assintomático e descoberto incidentalmente ou apresenta sintomas respiratórios inespecíficos, como tosse, dor torácica , dispneia, hemoptise e sintomas sistêmicos inespecíficos, como febre, mal-estar e perda de peso. Podem estar associados a distúrbios imunológicos e infecções crônicas e podem ocorrer em cicatrizes pulmonares cirúrgicas. Conclusão: É uma causa rara de tumor primário em adultos, em contrapartida, frequente na população pediátrica e, tem no anatomopatológico seu melhor diagnóstico e tratamento após ressecção cirúrgica completa, o qual indica, de forma usual, um bom prognóstico
Proteinose alveolar pulmonar: Pulmonary alveolar proteinosis
INTRODUÇÃO: A Proteinose Alveolar Pulmonar (PAP) é uma síndrome rara causada pelo acúmulo de surfactante no espaço alveolar, mais comumente encontrada em homens com idade média de 20 a 50 anos. É uma patologia com apresentação clínica variável e de difícil diagnóstico, que pode cursar com dispneia, tosse e dor torácica. APRESENTAÇÃO DO CASO: RSM, sexo masculino, 39 anos, ex-tabagista de um maço por dia, durante 8 anos, com queixa de dispneia, dor torácica, ventilatório dependente, febre não aferida esporadicamente, tosse seca, raramente produtiva durante a manhã, e cianose de extremidades aos esforços há 4 meses. Após 6 meses, evoluiu com piora do quadro. Prosseguiu a investigação de pneumopatia extensa bilateral, com realização de biópsia pulmonar, confirmando o diagnóstico de PAP. DISCUSSÃO: A tomografia de tórax é o exame inicial a ser solicitado na investigação de PAP, seguido da confirmação com líquido do lavado broncoalveolar. Embora não seja um exame obrigatório, o padrão-ouro é a biópsia pulmonar cirúrgica. O principal tratamento é a lavagem pulmonar, além de fisioterapia e suporte pulmonar. CONCLUSÃO: Ainda que seja uma doença rara, é essencial o diagnóstico diferencial de PAP com quadros de dispneia crônica e progressiva, não explicadas por outras patologias mais prevalentes