3 research outputs found

    Reflexões sobre caminhos de pesquisa social em contextos de violência urbana e de Estado

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    Partindo da impossibilidade de dissociação do on e off line nas sociedades contemporâneas, este trabalho discute as possibilidades de integração entre metodologias digitais e etnográficas-participantes para a abordagem de contextos/situações de pesquisa perpassados pela violência urbana e de Estado. Para tanto, apresentam-se resultados sobre uma pesquisa feita em 2017 num conjunto de favelas cariocas a partir do monitoramento do Twitter no marco de um projeto de pesquisa de cunho qualitativo-participante sobre jovens, educação e cultura em contextos vulneráveis. Nos resultados, observa-se a pertinência da pesquisa em mídias digitais como complemento à pesquisa empírica qualitativa-participante tendo em vista sua potencialidade como “preenchimento de vazios” em situações onde o experiencial é impedido. Evidencia-se a efetividade da estratégia, na obtenção de dados contextuais, permitindo novos e diferenciados insights. Finalmente considera-se que as pesquisas que transitem por ambas esferas (a digital e a “experiencial”) permitem integrar análises possibilitando um maior entendimento da realidade social. Neste sentido, sugere-se a potencialidade das teorias críticas que abordam o encontro entre tecnologia, ciência, arte e sociedade para permitir olhares e ferramentas complementares às pesquisas sociais em contextos de violência e vulneração social

    Hip hop, resistência e subjetivação: analisando rimas no marco de rodas culturais em uma favela carioca

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     A partir da perspectiva dos estudos culturais na sua vertente pós-estruturalista, neste artigo problematiza-se a potencialidade das rodas culturais e do movimento hip hop carioca para dinamizar processos de subjetivação e resistência coletiva em contextos de favelas. Especificamente, analisam-se discursos produzidos e circulados nos circuitos on-line das rodas culturais, com o objetivo de conhecer posições de sujeito, temas e estratégias nesses discursos. Observou-se que o material analisado apresenta nítidas características de discursos de subjetivação e construção de identidades dado seu perfil performático e autoreferencial, com o tratamento de temas que envolvem a realidade cotidiana das juventudes de favela, e articulação de uma estratégia que problematiza, denuncia e propõe estratégias de transformação. Conforme a análise do caso abordado, conclui-se que os discursos produzidos e circulados no marco de uma roda cultural são potentes para problematizar experiências de vida e denunciar as estratégias de poder que inferiorizam, estigmatizam e violentam as juventudes das favelas, transformando os estigmas sociais adjudicados às juventudes de favelas em emblemas identitários. Neste sentido, enfatizamos a relevância das rodas como modalidades juvenis contemporâneas de produção de sentido e resistência cultural

    Hip hop, resistência e subjetivação: analisando rimas no marco de rodas culturais em uma favela carioca

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     A partir da perspectiva dos estudos culturais na sua vertente pós-estruturalista, neste artigo problematiza-se a potencialidade das rodas culturais e do movimento hip hop carioca para dinamizar processos de subjetivação e resistência coletiva em contextos de favelas. Especificamente, analisam-se discursos produzidos e circulados nos circuitos on-line das rodas culturais, com o objetivo de conhecer posições de sujeito, temas e estratégias nesses discursos. Observou-se que o material analisado apresenta nítidas características de discursos de subjetivação e construção de identidades dado seu perfil performático e autoreferencial, com o tratamento de temas que envolvem a realidade cotidiana das juventudes de favela, e articulação de uma estratégia que problematiza, denuncia e propõe estratégias de transformação. Conforme a análise do caso abordado, conclui-se que os discursos produzidos e circulados no marco de uma roda cultural são potentes para problematizar experiências de vida e denunciar as estratégias de poder que inferiorizam, estigmatizam e violentam as juventudes das favelas, transformando os estigmas sociais adjudicados às juventudes de favelas em emblemas identitários. Neste sentido, enfatizamos a relevância das rodas como modalidades juvenis contemporâneas de produção de sentido e resistência cultural
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