109 research outputs found

    Cartography and iconography as diachronic analysis tools of the urban fabric ─ Évora and Setúbal

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    The evolution of cities can be interpreted through graphic elements, such as that recommended by Marcus Vitruvius Pollio (1st century bC.) (Maciel, 2006), whose forms of expression were plans, elevations and perspectives, which prove to be precious and reliable instruments for the reading of cities. It is important to establish these elements, which appear as representations of cities, in various stages of construction of their urban fabrics, in documents such as cartography or iconography. These are relevant testimonies in the analysis and allow a careful reading of the "reality" of cities at different times. In addition to understanding them as representations of a certain period, they allow the current reinterpretation of the urban fabric, and should be considered dynamic instruments in the understanding of the reading of the cities. Considering cartography and iconography from several epochs, we will make a comparative analysis of the historical urban fabric of two cities, using differentiated urban implantation and development (Évora and Setúbal). To reach these objectives, we will read and interpret morphological elements of the Medieval City (fortifications, squares, streets, blocks, markets, singular buildings among others) and these respective witness documents, to understand the diachronic evolution in their similarities and differences

    Boticas dos Carmelitas Descalços em Portugal – Espécies Vegetais e Fitogeografia

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    Com os processos de extinção das casas religiosas, foram elaborados inventários com a finalidade de dar a conhecer todo o seu património. Dos bens inventariados no património móvel salienta-se o que se encontrava nas boticas, que eram espaços destinados à produção de medicamentos (vegetais ou não) para os religiosos e pessoas do exterior que necessitavam dos mesmos. No presente trabalho, pretende-se analisar a riqueza das drogas vegetais utilizadas na época e, para tal, recorreu-se aos registos de algumas casas religiosas pertencentes à Ordem dos Carmelitas Descalços. Do elenco vegetal obtido, identificaram-se os nomes científicos e as respetivas áreas fitogeográficas e atualizaram-se os antigos nomes para o atual uso corrente. A partir das áreas geográficas naturais dos espécimes vegetais, foi possível classifica-los por prováveis grupos de proveniências

    Arquitectura das granjas monásticas do Mosteiro de Alcobaça: notas sobre a arquitectura e organização funcional da Granja do Vimeiro

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    Résumé Etude architecturale de la ferme monastique de Vimeiro. Cette ferme, dépendant du monastère d'Alcobaça, bâtie avant 1269, constitue un exemple de l'organisation de l'espace propre aux établissement cisterciens

    “Contributo para o estudo do património arquitectónico rural cisterciense – Antiga Quinta do Granjão”

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    Estudo de granjas existentes na região de Tarouca. Caso da antiga Quinta do Granjão

    Heritage and ecocultural tourism ─ Levada do Rei in the Island of Madeira, Portugal candidate to world Heritage.

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    O conceito de património cultural refere-se a um conjunto de manifestações do homem, representativas da sua identidade e cultura. Reveste-se de particular importância – a Levada do Rei – na ilha da Madeira, uma infraestrutura hídrica que proporciona o abastecimento de água doce às populações da costa sul. A construção destes canais de adução e distribuição de água, ligando o norte ao sul, foram executados num relevo muito acidentado, com vales profundos e montanhas cobertas de vegetação. As levadas constituíram-se como um conjunto de canais que evitariam o escoamento da água para o oceano Atlântico, aproveitando-a em locais onde era escassa. Foram construídas em diversos materiais, de proveniência local ou transportados em situações perigosas, considerando o relevo irregular e clima instável. Ao longo dos canais, as veredas de largura variável, de escassos centímetros a vários metros, permitiram a construção de condutas e posteriormente a manutenção e gestão da água. No final do século XX, uma das transformações na sociedade global relacionou-se com as questões ambientais, nomeadamente com as preocupações da relação economia-ecologia-cultura. Em 1994, o Governo Regional da Madeira concretizou a sua candidatura a Património da Humanidade. Em prol do bom sucesso da candidatura da Floresta Laurissilva da Madeira (1999), o das levadas foi suspenso. Posteriormente, em 2015, foi retomado o processo de recandidatura. Tratar-se-ia do reconhecimento do valor excecional e universal da capacidade dos madeirenses em garantirem a sua sobrevivência tirando proveito da natureza ao vencerem obstáculos que pareceriam inultrapassáveis. Ao longo do tempo a prática de pedestrianismo nas levadas da ilha da Madeira tem tido projeção nacional e internacional. Este facto torna evidente a necessidade de promover as boas práticas e uma segurança eficaz nestes percursos. No caso particular da Levada do Rei, analisam-se alguns aspetos referentes à utilização destes trajetos, evidenciando-se as condições de segurança

    Heritage and landscape ─ the seventeenth century aqueduct in extramural region of Évora (Portugal)

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    Apresenta-se uma proposta de valorização do percurso pedestre que acompanha o Aqueduto da Água da Prata, desde a muralha exterior da cidade de Évora até à aldeia da Graça do Divor, nas vertentes arquitetónicas e paisagísticas. Esta obra encontra-se classificada desde 1910 como Monumento Nacional. O troço urbano está integrado no conjunto do centro histórico classificado pela UNESCO (1986) e, em 2016, foi inscrito numa lista de 50 monumentos de interesse mundial pelo World Monuments Fund (WMF). O aqueduto seiscentista foi mandado construir pelo rei D. João III cerca de 1531 para abastecimento da cidade, tendo o seu traçado sofrido sucessivas alterações e também a sua estrutura reedificações ao longo do tempo. A cidade passava a ser abastecida de água potável, a partir das sub-bacias da Prata e do Divor situadas a norte, aproveitando as diferenças de cota e a escorrência natural dos recursos hídricos. A metodologia aplicada neste trabalho consistiu numa pesquisa bibliográfica sobre a região atravessada pelo aqueduto, complementada por pesquisas cartográficas, iconográficas e fotográficas. Paralelamente, foram efetuadas várias caminhadas ao longo do percurso em épocas distintas do ano para identificar in situ, a estrutura arquitetónica nas suas diversas formas, a paisagem envolvente que é sempre diferente ao longo do ano, as espécies vegetais mais atraentes, as diferentes formas de uso do solo e a compartimentação dos campos agrícolas. Os trabalhos de campo iniciaram-se em 2012 e decorrem até à atualidade, para avaliar o impacto da flora (cor e forma), um dos aspetos atrativos do percurso, baseados nas opiniões dos praticantes de pedestrianismo

    CONVENTO DE NOSSA SENHORA DA GRAÇA DE ÉVORA (Conjunto conventual - Utilização diacrónica)

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    Resumo:Os conjuntos conventuais, muitas vezes agregados a igrejas, oferecem diversos aspectos sob os quais podem ser observados e que merecem ser objecto de estudo. Com vincado carácter simbólico e acompanhando durante a sua longa vida o pulsar espiritual, cultural e social dos agregados humanos estabelecidos em seu redor são um verdadeiro documento histórico. Feitos para durar séculos, encerram soluções construtivas dignas de estudo, principalmente porque a pedra, material predominantemente utilizado, dá um relevo especial às superfícies curvas, de revolução ou empenadas que muitas vezes contêm, e que os valorizam. Na óptica da conservação de tais elementos construtivos realizou-se o estudo de alguns edifícios de carácter religioso da cidade de Évora onde se incluiu o conjunto conventual que é objecto de estudo deste trabalho

    CONJUNTO MONÁSTICO DE SÃO FRANCISCO DE ÉVORA Notas sobre a sua Conservação

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    A cidade de Évora dispõe, dentro do seu perímetro amuralhado, de um conjunto assinalável de edifícios históricos, muitos dos quais de carácter religioso, e que marcam a imagem da cidade. A riqueza formal e a diversidade destes edifícios, bem como o ambiente envolvente que propiciaram, contribuíram certamente para que esta cidade fosse incluída no património mundial em 1986. Os grandes monumentos refletem as marcas do génio e do engenho dos seus construtores, bem como plasmam os seus conceitos sobre vida, arte, filosofia e sentimentos da sociedade coeva. Podemos considerar que o conjunto monástico constituído pela Igreja e o Convento de S. Francisco, em Évora materializam esses conceitos. Esta Igreja merece uma observação mais atenta, quer pela sua qualidade arquitetónica quer para se poder fundamentar o interesse na sua salvaguarda. Do ponto de vista histórico, parece ter também um peso importante, não apenas pelo que a si mesma respeita, mas ainda por se erguer no local onde existiu uma outra igreja, iniciada em 1224, de que o remanescente do claustro, atribuível ao século XIV, revela a importância. A atual igreja, iniciada em finais do século XV, foi dotada pelo Rei D. Manuel de rica decoração interior, e novos elementos arquitetónicos, dos quais se salientam a torre sineira e a galilé. A igreja e dependências que a ela se adossaram ao longo do tempo, revelam um centro religioso de certa importância, dentro da cidade, que foi diminuindo após a exclaustração das ordens religiosas, em 1834. Neste estudo, vamos notar os pontos principais da sua história, a sua possível influência na vida da cidade, os tratamentos a que tem sido submetida para atenuar a sua degradação, o estado em que se encontra, e as medidas que se admitem para a sua salvaguarda, por se tratar de um conjunto que consideramos particularmente interessante e importante, no quadro dos monumentos históricos da cidade de Évora

    O MOSTEIRO DE SANTA CLARA E O SEU CONTRIBUTO PARA O DESENVOLVIMENTO URBANO DE ÉVORA – PORTUGAL

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    O mosteiro de Santa Clara, fundado no século XV, localizou-se numa área da cidade já fortemente condicionada urbanisticamente. Com a sua construção o espaço em redor, sofreu não só um desenvolvimento, mas principalmente uma consolidação urbana. Foram determinantes para o número de religiosas que professaram nesta casa, assim como seu nível social, a situação de proximidade de algumas casas senhoriais importantes. The Santa Clara monastery, founded in the 15th century, was located in an extremely conditioned area of the city, in terms of urbanism. With its construction, the surrounding space underwent not only a big development, but mainly urban consolidation. The proximity to some important stately houses was determinant to the number, and the social level, of the nuns that professed in this house

    Formas Urbanas Planeadas no Centro Histórico de Évora: Génese e Evolução.

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    Resumo Évora é uma urbe que, remontando a data indeterminada, conserva ainda o seu centro histórico circunscrito por um conjunto notável de muralhas cuja construção data da Baixa Idade Média. A área amuralhada, maioritariamente urbana desde finais do século XV, integrou nos anos 40 do século XX o primeiro Plano de Urbanização desta cidade. Nele, assim como nos planos que se lhe seguiram, tem sido proposta constante a estruturação do referido espaço através de eixos urbanos: ou a reforçar através do seu alargamento e introdução de novas funções dinamizadoras, no caso dos eixos pré existentes, ou da criação de novos eixos, neste último caso através de drásticas demolições incidindo sobre o já consolidado, e muitas vezes, denso tecido urbano. A localização de novos núcleos de equipamentos públicos, posicionados junto às principais portas da muralha medieva, tem sido outra das propostas mais constantes ao longo dos sucessivos planos. Mercados, escolas, hospitais e mais recentemente unidades hoteleiras procuraram tais locais estratégicos devido não só aos mais fáceis acesos e capacidade da construção de bolsas de estacionamento exterior à muralha mas também devido à possibilidade de tais equipamentos serem usufruídos por um maior número de utentes vindos da área urbana periférica à urbe amuralhada medieval. Atualmente, e após a densificação progressiva de toda a malha urbana interior à cintura medieva de muralhas, as intervenções urbanísticas planeadas que se têm realizado têm incidido sobre os limitados e escassos espaços livres ainda existentes. Tais espaços encontram-se concentrados essencialmente em três tipologias de áreas distintas: - Nas antigas cercas monástico-conventuais. No presente caso, não raras vezes, as intervenções projetadas e posteriormente concretizadas abarcam não só a construção dos espaços livres mas também a reformulação maioritariamente drástica das antigas estruturas pertencentes ao complexo religioso já desativado. Para além da eliminação dos espaços verdes que compunham a antiga cerca, suprimindo espécies específicas a tais áreas, muito do historial do local desaparece também definitivamente. A reformulação volumétrica e reorganização interior das construções, adaptando-as às atuais e novas exigências funcionais, fazem com que as demolições sejam correntes em tais situações. Nessas demolições para além da organização espacial inerente à vida monástico-conventual a qual se perde definitivamente desaparecem também, por exemplo, a maioria dos elementos decorativos. Neste caso ou são levados, conjuntamente com o entulho das obras, para o vazadouro público, ou em casos mais raros introduzidos nas novas construções erigidas no local, descontextualizados contudo, ou mesmo até em construções distantes pertencentes á mesma firma de construção. São casos de estudo, por exemplo os Conventos de S. Francisco e de S. Domingos assim como do Mosteiro de Santa Mónica cujas fundações remontam ao século XII, do Mosteiro do Paraízo fundado no século XV e do Mosteiro de Santa Catarina, este último com origem já no século XVI. - Nas áreas livres sobrantes, situadas entre a muralha medieval e o tecido urbano interior já consolidado. Tais espaços constituindo anteriormente zonas de circulação indispensáveis à defesa da cidade eram utilizadas não só para a circulação de armamento e homens, em tempo de guerra, mas também, em tempo de paz, serviam como áreas de pastoreio para o gado que permanecia no interior da urbe. Grande parte de tais áreas, até devido ao seu estatuto comunitário, foram permanecendo ao longo dos séculos livre de edificações ou arvoredo elementos esses que poderiam de algum modo contribuir para uma pior situação de defesa, por parte da população, diminuindo também o perigo de incêndios provocados através do arremesso de objetos incendiários. Atualmente com a inexistência das suas principais funcionalidades e a escassez de terrenos livres de construção no interior do Centro Histórico essencialmente após 1986, ano da classificação pela UNESCO da cidade de Évora como Património da Humanidade, resultou uma sequente sobrevalorização desmedida do metro quadrado de terreno. Assim quase todos esses espaços sobrantes têm vindo progressivamente a ser construídos. São exemplos os casos de estudo referentes aos espaços compreendidos entre a Porta de Alconchel e a Porta do Raimundo, entre a Porta de Alconchel e da Lago e por último entre a Porta da Lagoa e a Porta de Avis. - Nos antigos quintalões de casas senhoriais seculares, que devido à sua amplitude de área livre de construção têm permitido, através da aplicação dos respetivos regulamentos dos Planos de Urbanização, a aprovação e sequente construção de novas áreas de construção quase sempre exageradas. A eliminação dos jardins de época, respetivas hortas assim como todas as construções de apoio a elas associadas foram seguramente aspetos negativos nas intervenções que deveriam ter sido mais cuidadosamente salvaguardados. O vetusto Palácio dos Sepúlvedas que remonta ao século XVI e o imponente Palácio Barahona já do século XIX são exemplos de antigas construções com amplos espaços livres privados hoje, contudo, já quase inexistentes. Os três referidos conjuntos tipológicos de espaços permitiram, devido à sua abundancia e distribuição na cidade de Évora, intervenções urbanísticas e arquitetónicas marcantes, realizadas essencialmente entre os séculos XIX e XXI. Tais intervenções embora anulando muita da história dos respetivos locais facultam-nos atualmente uma amostragem de intervenções diversificadas, de realce, embora por vezes de qualidade questionável. A diminuição substancial das manchas verdes que constituíam verdadeiros pulmões para a urbe servindo igualmente de abrigo a espécies animais, a diminuição de áreas de absorção de água para o subsolo foram contudo aspetos questionáveis resultantes de tais tipos de intervenções na cidade
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