25 research outputs found

    Portugal, os Estados Unidos da América e as Guerras do Século XXI

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    Tendo como estudo de caso o Afeganistão, descrevem-se as alterações na forma de fazer e entender a guerra, as principais motivações de quem decide participar na guerra, o papel das coligações e alianças, a centralidade do papel dos EUA e as razões que levam países como Portugal a integrar o esforço de guerra. Através de comparações pontuais com outros conflitos analisam-se ainda as principais políticas e doutrinas em vigor, nomeadamente as políticas de comprehensive approach, comprehensive engagement ou engagement by nature e as “novas” doutrinas de “contrainsurreição”

    Como vencer guerras climáticas

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    Lusíada. Política internacional e segurança. - ISSN 1647-1342. - N. 17-18 (2019). - p. 31-45

    Patrono dos cursos de entrada na Academia Militar : Ano letivo de 2013-2014

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    Bernardim Freire de Andrade foi um homem à frente da sua época. Um cidadão, um português e um oficial do Exército que assumiu, cumpriu e, num dos momentos mais difíceis da História de Portugal, ficou entre e com o seu povo. Morreu em 1809 de forma bárbara, linchado pela população que jurara defender. Fim inglório para um oficial que tanto deu e fez por Portugal. Como foi possível chegar a este ponto? O que levou umas poucas dezenas de populares a executar tal ato vil e desprezível? Bernardim Freire de Andrade estava entre os primeiros oficiais do Exército que alcançaram as mais importantes responsabilidades na defesa da Nação, não apenas porque o seu estatuto aristocrático lho permitia, mas também porque o mérito lhe foi reconhecido. Resultado de uma das importantes reformas levadas a cabo por Marquês de Pombal, Bernardim Freire de Andrade fez parte de uma nova geração de oficiais do Exército que percorreu um percurso mais esclarecido, avaliado e meritório. Não era assim no tempo em que o Marquês de Pombal tinha tentado, ser ele também, um oficial do Exército. Quando Sebastião de Carvalho e Melo, ainda longe de se tornar Marquês de Pombal, ingressou no Exército, descobriu que os postos mais elevados estavam reservados apenas à mais alta aristocracia, que mesmo quando analfabeta e inculta, poderia ocupar as patentes mais elevadas enquanto que ele, refém do seu “estatuto menor”, mesmo que provasse cultura e mérito, nunca passaria dos postos intermédios. Por isso, foi criada inicialmente uma escola para os filhos da aristocracia, o Colégio dos Nobres e depois, já no reinado de D. Maria I, nasceu em 1790 uma grande escola de formação para os futuros oficiais do Exército, uma das antecessoras da atual Academia Militar, a Academia Real de Fortificação Artilharia e Desenho (a primeira escola de oficiais do exército foi a Aula de Artilharia e Esquadria criada em 1641 por D. João IV). Em consequência também se alterou o estatuto dos oficiais do Exército e o mérito, paulatinamente, foi-se sobrepondo a critérios subjetivos de aristocracia. Não foi um processo imediato, levou tempo, e entre os primeiros a frequentar o Colégio dos Nobres esteve Bernardim Freire de Andrade e o seu primo (mais tarde cunhado, que fará um percurso sempre próximo e de grande amizade recíproca para com ele), Miguel Pereira de Forjaz, dois homens que foram essenciais para a defesa e consolidação de Portugal no princípio do século XIX. Bernardim Freire pertencia a uma família privilegiada mas não se apoiou simplesmente na sua condição de nascimento, progrediu por mérito, por demonstração de valor em combate, pela disponibilidade para partir e defender o País. Não se acomodou e, em alguns dos momentos mais difíceis da História de Portugal, assumiu responsabilidades e morreu por elas. Não merecia o fim que teve, e deve ser recordado como um entre os melhores que o Exército teve a honra de incluir nos seus quadros. Foi e é um exemplo de cidadão, de militar e, acima de tudo, de Português

    Sobre Portugal e a guerra na frente africana da Grande Guerra de 1914-1918

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    Muito, mas mesmo muito, se poderá escrever sobre a primeira guerra em África e, por extensão, sobre a participação de Portugal nesta frente. Porque, em síntese, sempre houve e continuará a haver, muito pouco interesse sobre a frente africana, o que há é pouco, com visões demasiado nacionais e pessoais e muitos textos, em especial os mais antigos, eivados de uma grande carga política. Por fim falta, quase sempre, tanto a dimensão comparativa entre a ação das potências beligerante além do panorama geral e global como, fundamentalmente, dos efeitos sobre as populações nativas que não decidiram entrar na guerra mas foram as que mais a sofreram.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Para além do Sri-Lanka

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    A história ensina que houve gravíssimos erros de análise na antevisão da evolução de conflitos. A circunstância levou, demasiadas vezes, a propostas de ação que apenas resolveram o problema daquela situação específica. Por exemplo, os EUA apoiaram Ho Chi Min no final da segunda guerra mundial, Saddam Hussein durante a guerra Iraque-Irão e vários dos futuros líderes talibãs durante a ocupação soviética e, depois, sabemos a história: os aliados de então passaram à situação de adversários principais. É fácil fazer esta análise agora, mas foi muito difícil fazê-la na altura. Importa por isso, mais do que retirar supostas lições do passado, entender o que se está a passar dentro do fenómeno do terrorismo transnacional para, prospectivamente, encontrar caminhos de evolução que antecipem surpresas estratégicas e evitem apostas tímidas e circunstanciais. Vamos fazer uma breve análise do que foi e significou o ataque terrorista no Sri-Lanka em abril de 2019, olhar para lá da região e enquadrar o tema em duas grandes vertentes: do terrorismo transnacional global e da perspetiva mais global dos objetivos prosseguidos, com ou sem recurso à violência explícita

    Do terrorismo transnacional ao choque de valores

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    A força das ideologias e religiões é muito mais forte quando o quadro de referência onde se vive se deteriora e não representa quem o habita. Tem de se encontrar, por isso, formas muito concretas de contra-argumentar sobre as ideologias que alimentam o terrorismo e, simultaneamente, entender os principais fatores que afetam os sistemas de valores em que muitos se deixaram de rever. O que não podemos mais fazer é, deliberadamente, ignorar que há um fortíssimo choque de valores, que existem hodiernos Cavaleiros do Apocalipse que transportam e arrastam novas dimensões da desagregação, e que esta importantíssima dimensão, a dos valores, se constitui numa base cada vez mais premente e estruturada, a partir de onde se alimentam muitos dos inúmeros grupos terroristas.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    A Estratégia da Coesão

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    O comando holístico da guerra Wellington, Spínola e Petraeus

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    Entender uma determinada situação de guerra implica uma visão completa e abrangente sobre todos os fatores presentes. Quem recebe a responsabilidade de comandar o esforço de guerra de uma nação, coligação ou aliança, deve ter uma visão holística que lhe possibilite usar todos os meios possíveis na implementação de uma política abrangente, global e completa. O comando holístico da guerra desenvolve-se em quatro dimensões principais. A primeira dimensão advém da natureza das estruturas de forças existentes. Deve haver um efetivo comando sobre todas as diferentes forças presentes, armadas e de segurança, militares e paramilitares. A segunda dimensão abrange a coordenação efetiva entre organizações civis e militares, governamentais, não-governamentais e privadas, entre as organizações internacionais e os vários Estados, coligações e alianças. A terceira dimensão trata da coerência entre a política, a estratégia, as operações e a tática, num todo abrangente e interpenetrável onde, por um lado, se separa claramente quem pode decidir o quê e a que nível (patamar de decisão) e, por outro, se tenta incrementar a participação e partilha, de aconselhamento e acompanhamento, que permita as melhores decisões e consequentes alterações estratégicas. Na última e quarta dimensão, do tempo, as políticas decididas e as estratégias daí decorrentes, têm de ser pensadas concorrentemente para o antes, o durante e o pós-guerra (ante, in et post bellum), sem faseamentos ou períodos estanques. Wellington, Spínola e Petraeus foram os principais responsáveis pelo trabalho de vastas equipas de civis e militares que, em determinados períodos da história e distintos palcos geográficos, ou seja, em situações de guerra bastantes diferenciáveis, tiveram a oportunidade de exercer um comando holístico fazendo uso, ou não, destas quatro dimensões. O que conseguiram e obtiveram, ou não, das experiências efetuadas e das doutrinas utilizadas, do que a realidade no terreno lhes impôs e do que as decisões políticas lhes determinaram (de que enfermavam continuamente) e que condicionaram na ação estratégica de cada um, constituíram uma importante parte deste estudo. Das reflexões sobre a temática e da aplicabilidade nas situações referidas em Wellington, Spínola e Petraeus pudemos então construir uma teoria geral sobre o comando holístico da guerra que agora se apresenta e propõe.Understanding a specific war situation requires an overall and complete vision of all relevant factors. Whoever is awarded the responsibility of commanding the war effort of a nation, a coalition or an alliance needs to develop a holistic vision which can allow for the use of all the available means in order to implement an encompassing, global and complete policy. A holistic command of war runs through four main dimensions. The first dimension derives from the nature of the forces that come into play. An effective command over all the existing different forces, including both armed and security forces and military and paramilitary forces, is required. The second dimension consists of the effective coordination between civilian and military organizations, between governmental, non-governmental and private entities, and between international organizations and the various states, coalitions and alliances. The third dimension deals with the coherence between politics, strategy, operations and tactics, all of which are to be looked at from an overall perspective and keeping in mind the existence of links between them. In this respect, a sharp distinction is made between different levels of authority (with some necessary degree of autonomy), which determine who can decide what and to what extent while, on the other, an attempt is made to increase levels of sharing, partnering, counseling and advice that can allow for better political decisions and consequent strategic changes. The fourth and last dimension is time. Politics and ensuing strategies need to be planned and thought by taking into consideration the prior, during and subsequent to the war (ante, in et post bellum), all of which must be viewed simultaneously and not as artificial phases or isolated periods of time. Wellington, Spínola and Petraeus led the effort of vast civilian and military teams that, at different periods of history and in distinct geographical settings, i.e. in very different war situations, had the opportunity to apply a holistic command using, or not, these four dimensions. What they achieved and obtained or not from the experiences they led and the doctrines they used, from what the reality on the ground showed to them and from the concurrent political decisions that were imposed on them limiting their own political and strategic action is all an important part of this comprehensive study. By studying the applicability in the situations of Wellington, Spínola and Petraeus and relating it with overall related concepts, it was possible to elaborate a general theory about the holistic command of war that is hereby presented for discussion

    Médio Oriente em tempos de COVID-19

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