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    EXPERIÊNCIA ESTÉTICA: O QUE É BELEZA

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    Esse relato traz a ideia de interpretação da experiência estética à luz do livro O que é beleza: experiência estética de João-Francisco Duarte Júnior, pelos acadêmicos da 4ª fase de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), Campus de Xanxerê, sob a orientação do professor do Componente Curricular Estética II. Diante dessa leitura manifesta-se a problemática da pesquisa versando sobre: Como surge a beleza pelos canais da sensibilidade humana? Tendo por objetivo para responder esse questionamento, discutir a experiência estética a partir da subjetividade humana, na busca pela pretensa beleza. Para essa pesquisa, o enfoque metodológico adotado é o bibliográfico. Nesse indicativo em que o texto traz a subjetividade na busca da beleza o belo deve ser um conhecimento sensível através da experiência estética como fruição entre o apreciador e a obra de arte, não distanciando tais atores, mas sim aproximando-os para que se torne uma linguagem à luz de uma desejada beleza por conta da fruição através de uma experiência estética. Nessa linha de raciocínio, a divisão entre o belo e o bem, feita por Baumgarten através da estética, separa-se do ideal de Sócrates, que identifica o belo ao útil e lhe concede uma função moral. Desse modo, Baumgarten nos distancia do belo como utilitário e moral e nos aproxima do estudo da estética, por meio da aisthesis (sensação), abordando temas relativos à arte e a beleza, definido por ele, como o perfeito conhecimento sensível. Assim, sobre um viés de Baumgarten de um belo subjetivo e frente a obra de arte, será discorrido sobre a experiência estética. "O substantivo “estética” designa hoje qualquer conjunto de ideias (filosóficas) com o qual se procede a uma análise, investigação ou especulação a respeito da arte e da beleza. Ou seja: estética é a parcela da filosofia (e também mais modernamente, da psicologia) dedicada a buscar sentidos e significados para aquela dimensão da vida na qual o homem experiencia a beleza. Estética é a ciência da beleza". (DUARTE JÚNIOR, 1991, p. 08). Se a estética designa beleza, tal beleza não é uma qualidade objetiva, pois o que é belo para alguém, pode não ser belo para outro. Ela também não nasce como algo único de cada pessoa, mas habita na relação entre eu e tu, sendo eu o apreciador e o tu o outro. Nessa perspectiva, esse encontro com o outro, a obra de arte é o que se preconiza na experiência estética, por meio do que nos trouxe Baumgarten na esteira da sensação estética que transita na relação entre o sujeito e o objeto. Logo, a beleza vive a relação que um sujeito perceptível mantém com o outro, a obra de arte, assim “A beleza habita a relação [...] A beleza está entre o sujeito e o objeto”. (DUARTE JÚNIOR, 1991, p. 45). Nesse ponto de vista, em que entre o sujeito (apreciador) e o objeto (obra de arte), habita a beleza, encontra-se a sensibilidade e a subjetividade na busca do belo. Assim, a beleza é relativa e está em toda parte, o que é belo para um, pode não ser belo para o outro, e, nesse momento de subjetividade ocorre a experiência estética, o observador ao contemplar a beleza na obra de arte declara esse estímulo que aparece através da relação do observador com o objeto, que nada mais é: o encontro com a beleza. Nesse sentido, Duarte Júnior (1991, p. 55 -56), ao parafrasear Susanne Langer versa quando fala da percepção estética enquanto experiência, explana que: "A percepção estética é conseguida exatamente porque “saber que o que está à nossa frente não tem significação prática no mundo é o que nos permite dar atenção à sua aparência como tal”. [...] Trata-se de uma percepção que apreende o objeto como um todo, sem analisar (conceitualmente) suas formas constituintes; trata-se de uma percepção global das formas expressivas". Constituindo a arte como criação de formas perceptivas que expressam o sentimento humano, a arte seja ela dinâmica ou estática nos fornece a percepção e sensação, sendo ela responsável por descrever tais sentimentos de maneiras representativas, considerando que a linguagem reportada na obra à luz da experiência estética descreve os sentimentos singulares e subjetivos do apreciador. Uma obra de arte não transmite sentimento ou um conceito igual a todos, mas os sentimentos que existem nela própria. O artista quando apresenta uma obra de arte, mostra algo subjetivo, intrínseco à obra, uma linguagem própria, ou seja, quer mostrar o que não pode ser dito pela linguagem conceitual ou pela linguagem discursiva, nesse momento essa linguagem se transforma em um “código expressivo”. (DUARTE JÚNIOR, 1991, p. 50). O momento em que arte se transforma em código expressivo é o instante em que ocorre a experiência estética, onde o objeto contemplado durante essa experiência é vivenciado na perspectiva do momento indelével e subjetivo dentro do estado estético do observador na relação eu com o outro, ou seja, com a obra de arte. A beleza está entre o eu e o outro,  ou seja, entre o sujeito e o objeto. O ser humano, nessa linha de raciocínio não sabe que existe tal relação, por isso ele se distancia da beleza. A partir do instante em que o ser humano entenda que esse afastamento o distancia da experiência estética, é que ele vai ter o entendimento que somente na aproximação com a obra de arte, ele chegará ao estado estético. No momento que ele entende da aproximação do sujeito para com o objeto, se dará o processo denominado linguagem, cuja relação estará relacionada com a experiência estética, que é o momento da subjetividade humana, onde a ludicidade se encontra com o estado estético, quando o ser humano se encontra com a obra de arte. Consequentemente, na experiência estética o objeto (obra de arte) tem naquele momento de fruição o seu clímax, onde o ser humano envolvido por tal fruição objetiva sua visão e atenção para obra em si e neutraliza a totalidade do resto do mundo, pois nas palavras de Duarte Júnior (1991, p.62) “Uma obra de arte é apreendida em si própria: nós neutralizamos todo o contexto ao seu redor. Assim a obra de arte no momento da experiência estética é a “totalidade do percebido”. (DUARTE JÚNIOR, 1991, p. 62). A partir do momento em que o ser humano se encontra maravilhado com a totalidade do percebido por conta do seu estado estético diante de uma obra de arte, sua percepção deixa de ser utilitária e passa a ser estética, nesse instante acontece a experiência estética. Portanto, é pelos canais da sensibilidade o momento onde o ser humano se encontra com a beleza e se torna um ser com consciência estética à luz do encontro com o belo, ou seja, nesse instante a experiência estética acontece quando o ser humano se coloca no lugar da obra de arte em seu ápice de alteridade com a obra em si. Destarte, é pela experiência estética onde a fruição ocorre pelos canais de sensibilidade, o ser humano se permite um pensamento livre e subjetivo, como dito alhures: é um momento indelével e subjetivo dentro do estado estético do observador na relação com a obra de arte. Palavras-chave: Beleza. Experiência Estética. Subjetividade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DUARTE JÚNIOR, João-Francisco. O que é beleza: experiência estética. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1991. 94 p. (Coleção Primeiros Passos ; 167). ISBN 8511011676

    EXPERIÊNCIA ESTÉTICA: O QUE É BELEZA

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    Esse relato traz a ideia de interpretação da experiência estética à luz do livro O que é beleza: experiência estética de João-Francisco Duarte Júnior, pelos acadêmicos da 4ª fase de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), Campus de Xanxerê, sob a orientação do professor do Componente Curricular Estética II. Diante dessa leitura manifesta-se a problemática da pesquisa versando sobre: Como surge a beleza pelos canais da sensibilidade humana? Tendo por objetivo para responder esse questionamento, discutir a experiência estética a partir da subjetividade humana, na busca pela pretensa beleza. Para essa pesquisa, o enfoque metodológico adotado é o bibliográfico. Nesse indicativo em que o texto traz a subjetividade na busca da beleza o belo deve ser um conhecimento sensível através da experiência estética como fruição entre o apreciador e a obra de arte, não distanciando tais atores, mas sim aproximando-os para que se torne uma linguagem à luz de uma desejada beleza por conta da fruição através de uma experiência estética. Nessa linha de raciocínio, a divisão entre o belo e o bem, feita por Baumgarten através da estética, separa-se do ideal de Sócrates, que identifica o belo ao útil e lhe concede uma função moral. Desse modo, Baumgarten nos distancia do belo como utilitário e moral e nos aproxima do estudo da estética, por meio da aisthesis (sensação), abordando temas relativos à arte e a beleza, definido por ele, como o perfeito conhecimento sensível. Assim, sobre um viés de Baumgarten de um belo subjetivo e frente a obra de arte, será discorrido sobre a experiência estética. "O substantivo “estética” designa hoje qualquer conjunto de ideias (filosóficas) com o qual se procede a uma análise, investigação ou especulação a respeito da arte e da beleza. Ou seja: estética é a parcela da filosofia (e também mais modernamente, da psicologia) dedicada a buscar sentidos e significados para aquela dimensão da vida na qual o homem experiencia a beleza. Estética é a ciência da beleza". (DUARTE JÚNIOR, 1991, p. 08). Se a estética designa beleza, tal beleza não é uma qualidade objetiva, pois o que é belo para alguém, pode não ser belo para outro. Ela também não nasce como algo único de cada pessoa, mas habita na relação entre eu e tu, sendo eu o apreciador e o tu o outro. Nessa perspectiva, esse encontro com o outro, a obra de arte é o que se preconiza na experiência estética, por meio do que nos trouxe Baumgarten na esteira da sensação estética que transita na relação entre o sujeito e o objeto. Logo, a beleza vive a relação que um sujeito perceptível mantém com o outro, a obra de arte, assim “A beleza habita a relação [...] A beleza está entre o sujeito e o objeto”. (DUARTE JÚNIOR, 1991, p. 45). Nesse ponto de vista, em que entre o sujeito (apreciador) e o objeto (obra de arte), habita a beleza, encontra-se a sensibilidade e a subjetividade na busca do belo. Assim, a beleza é relativa e está em toda parte, o que é belo para um, pode não ser belo para o outro, e, nesse momento de subjetividade ocorre a experiência estética, o observador ao contemplar a beleza na obra de arte declara esse estímulo que aparece através da relação do observador com o objeto, que nada mais é: o encontro com a beleza. Nesse sentido, Duarte Júnior (1991, p. 55 -56), ao parafrasear Susanne Langer versa quando fala da percepção estética enquanto experiência, explana que: "A percepção estética é conseguida exatamente porque “saber que o que está à nossa frente não tem significação prática no mundo é o que nos permite dar atenção à sua aparência como tal”. [...] Trata-se de uma percepção que apreende o objeto como um todo, sem analisar (conceitualmente) suas formas constituintes; trata-se de uma percepção global das formas expressivas". Constituindo a arte como criação de formas perceptivas que expressam o sentimento humano, a arte seja ela dinâmica ou estática nos fornece a percepção e sensação, sendo ela responsável por descrever tais sentimentos de maneiras representativas, considerando que a linguagem reportada na obra à luz da experiência estética descreve os sentimentos singulares e subjetivos do apreciador. Uma obra de arte não transmite sentimento ou um conceito igual a todos, mas os sentimentos que existem nela própria. O artista quando apresenta uma obra de arte, mostra algo subjetivo, intrínseco à obra, uma linguagem própria, ou seja, quer mostrar o que não pode ser dito pela linguagem conceitual ou pela linguagem discursiva, nesse momento essa linguagem se transforma em um “código expressivo”. (DUARTE JÚNIOR, 1991, p. 50). O momento em que arte se transforma em código expressivo é o instante em que ocorre a experiência estética, onde o objeto contemplado durante essa experiência é vivenciado na perspectiva do momento indelével e subjetivo dentro do estado estético do observador na relação eu com o outro, ou seja, com a obra de arte. A beleza está entre o eu e o outro,  ou seja, entre o sujeito e o objeto. O ser humano, nessa linha de raciocínio não sabe que existe tal relação, por isso ele se distancia da beleza. A partir do instante em que o ser humano entenda que esse afastamento o distancia da experiência estética, é que ele vai ter o entendimento que somente na aproximação com a obra de arte, ele chegará ao estado estético. No momento que ele entende da aproximação do sujeito para com o objeto, se dará o processo denominado linguagem, cuja relação estará relacionada com a experiência estética, que é o momento da subjetividade humana, onde a ludicidade se encontra com o estado estético, quando o ser humano se encontra com a obra de arte. Consequentemente, na experiência estética o objeto (obra de arte) tem naquele momento de fruição o seu clímax, onde o ser humano envolvido por tal fruição objetiva sua visão e atenção para obra em si e neutraliza a totalidade do resto do mundo, pois nas palavras de Duarte Júnior (1991, p.62) “Uma obra de arte é apreendida em si própria: nós neutralizamos todo o contexto ao seu redor. Assim a obra de arte no momento da experiência estética é a “totalidade do percebido”. (DUARTE JÚNIOR, 1991, p. 62). A partir do momento em que o ser humano se encontra maravilhado com a totalidade do percebido por conta do seu estado estético diante de uma obra de arte, sua percepção deixa de ser utilitária e passa a ser estética, nesse instante acontece a experiência estética. Portanto, é pelos canais da sensibilidade o momento onde o ser humano se encontra com a beleza e se torna um ser com consciência estética à luz do encontro com o belo, ou seja, nesse instante a experiência estética acontece quando o ser humano se coloca no lugar da obra de arte em seu ápice de alteridade com a obra em si. Destarte, é pela experiência estética onde a fruição ocorre pelos canais de sensibilidade, o ser humano se permite um pensamento livre e subjetivo, como dito alhures: é um momento indelével e subjetivo dentro do estado estético do observador na relação com a obra de arte. Palavras-chave: Beleza. Experiência Estética. Subjetividade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DUARTE JÚNIOR, João-Francisco. O que é beleza: experiência estética. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1991. 94 p. (Coleção Primeiros Passos ; 167). ISBN 8511011676
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