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    Insegurança e medo na vida urbana

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    This article aims to offer some notes related to the question of the insecurity and fear in urban life. Constitutive condition of many, if not all, contemporary societies, fear and insecurity in urban space, or, in public space, are here analized from two thinkers. The sociologist Zygmunt Bauman is present insofar as he considers the fear a constitutive aspect on two life dimensions : on the fragility and the human contingence towards nature, and on the society itself, constituted by rules and norms. The philosopher Giorgio Agamben is here emphasized on two oportunities. The first, when showing the impossibility of experiences made by human on the current societies context. The second when noting contemporary societies as following the concentration camp paradigm. Starting with these two authors, is found the necessity of rescue the public experience, resignify the economy and revalue the political economy.O presente artigo visa oferecer apontamentos em relação à questão da insegurança e do medo na vida urbana. Condição constitutiva de muitas, se não todas, as sociedades contemporâneas, o medo e a insegurança no espaço urbano, ou ainda, no espaço público, são aqui analisados a partir de dois pensadores. O sociólogo Zygmunt Bauman está presente na medida em que considera o medo aspecto constituinte em duas dimensões da vida: na fragilidade e contingência humanas perante à natureza e na própria sociedade constituída por normas e regras. Já o filósofo Giorgio Agamben é aqui enfatizado em duas oportunidades. A primeira, ao apresentar a impossibilidade de experiências feitas pelos humanos no contexto das sociedades atuais. A segunda ao apontar as sociedades contemporâneas como seguindo o paradigma do campo de concentração. A partir destes dois autores, se constata a necessidade do resgate da experiência pública, da ressignificação da economia e da revaloração da economia-política

    Editorial

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    Agamben e os pressupostos do dispositivo governamental e oikonomico

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    O presente artigo procura investigar a luz das pesquisas arqueológicas e genealógicas, bem como de algumas das obras do filósofo italiano Giorgio Agamben (1942), a forma como se constituiu a racionalidade política e governamental submetida aos ditames da economia financeira, tornando-se o lócus par excellence da captura da vida e de sua administrabilidade. a partir de cálculos econômicos de otimização e rentabilidade na dinâmica da produção e do consumo das sociedades contemporâneas. Ou seja, o objetivo é procurar compreender aspectos constitutivos da forma e, da dinâmica da economia política ocidental presente na modernidade e na contemporaneidade materizalizado  num paradigma de gestão de homens e de coisas, submetido à égide da racionalidade econômica que se transformou em um fim em si mesmo. Paradigma que determina as formas-de-vida humana sob pressupostos biopolíticos que têm na disciplinarização e no controle da vida biológica seu eixo operativo, esvaziando a política de sua dimensão ontológica originária presente e originária na Grécia antiga, a de ser o encontro e o confronto público de plurais na busca do bem viver, na constituição do espaço público como espaço ético de exercício da liberdade política.

    GIORGIO AGAMBEN: a pandemia e os dispositivos de biossegurança e politica de produção de vida nua

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    Resumo: O presente artigo tem como objetivo analisar o artigo publicado por Giorgio Agamben intitulado: “Biossegurança e política”, publicado em 11 de maio de  2020 no site da editora Quodlibet na Itália, traduzido para o português por Moisés Sbordelotto e publicado no site do Instituto Humanitas Unissinos (http://www.ihu.unisinos.br/). No referido artigo o filósofo italiano demonstra que sob a justificativa do combate ao Covid-19 e da preservação da vida biológica dos indivíduos e da população o estado de exceção tende a se tornar técnica de governo permanente na contemporaneidade. Assim, a política esvaziada em sua condição ontológica apresenta-se como biopolítica, como mera gestão administrativa, jurídica e econômica dos recursos humanos e populacionais a disposição do poder soberano. Tal condição evidencia que o paradigma das sociedades contemporâneas é o campo de concentração e, que sob tais pressupostos todos  os governos do mundo globalizado em sua dimensão hegemônica financeirizada são ilegítimos. Neste contexto, a tarefa da política que vem, do pensamento que vem,  é paralisar e profanar a máquina biopolítica devolvendo a política ao uso comum

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    A Centralidade da vida em Nietzsche e Agamben frente a metafísica ocidental e a biopolítica contemporânea

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    Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Florianópolis, 2010Esta tese é resultante do esforço de pesquisa teórico-bibliográfica em torno da questão da centralidade da vida no pensamento de Nietzsche e Agamben, a partir de seus posicionamentos frente à metafísica ocidental e as demandas biopoliticas que implicam sobre as formas-de-vida-que-vem. Nietzsche e Agamben questionam a estrutura metafísica que constitui o arcabouço cultural ocidental demonstrando que desde os instantes iniciais do Ocidente o que está em jogo é a apreensão, o controle, a disciplinarização, a normalização e a e normatização moral, política e jurídica sobre as possibilidades potenciais em que a vida se move. O niilismo denunciado e anunciado por Nietzsche se apresenta como superação do homem civilizado, domesticado, violentado pelo império dos meios em seu apequenamento vital, reduzido à mera condição biológica, de um corpo que não se concebe mais como grande razão, portador de uma grande saúde vital, potencializador da vida humana a tornar-se o que ela é em meio à multiplicidade de outras tantas forças vitais em jogo. Para Agamben, o humano ao se estabelecer na ruptura entre physis e phone, ao incluir a vida animal na polis por meio do desenvolvimento da linguagem, posiciona a vida numa zona de indeterminação, possibilitando à ação soberana a legitimação de seu poder, que se estabelece em constante estado exceção ao dispor da vida, ao produzir vida nua. Vida nua que já não é mais a vida animal, mas também não é a vida humana qualificada, mas sim uma vida matável e sacrificável de acordo com os interesses políticos, econômicos em jogo em determinado contexto. Para Agamben, a biopolítica esta na origem da estrutura metafísica e cultural ocidental e seu ápice paradigmático na contemporaneidade se materializou nos campos de concentração. Nietzsche e Agamben, salvaguardadas as diferenças temporais e conceituais, questionam corajosamente as formas-de-vida que se apresentaram no decorrer a dinâmica civilizatória e, que nos conduziram às formas-de-vida presentes na contemporaneidade. Nietzsche ao conceber a vida como vontade de poder, pretende superar a repressão das forças moralizantes que menosprezam e mantém a vida humana em sua condição massificada e mediocrizante presente em seu tempo. Agamben propõem a compreensão de como a potência do pensamento pode paralisar a máquina antropológica ocidental de produção de vida nua, de aprisionamento, uso e consumo da vida pela racionalidade político-administrativa estatal. Para os dois pensadores o que esta em jogo na contemporaneidade é o fato de não abdicarmos da potência da vida em sua dimensão trágica e como obra de arte.This thesis is a result of the effort of theoretical research and literature around the question of the centrality of life in Nietzsche and Agamben's thought from their positions ahead of Western metaphysics and the demands on the biopolitical that involving about life-forms to come it. Nietzsche, Agamben question the structure metaphysical that constitutes the backbone of Western culture, showing that since its initial instants of the West in which this game is the seizure, control, disciplining, and normalization moral, political and legal on the potential possibilities in that Life moves itself. Nihilism was reported and announced by Nietzsche, presents itself as an overcome man's civilized, domesticated, raped in the middle of empire in belittling his life reduced to mere biological conditions of a body that is not conceived more as a big reason, carrying a large vital health, a potentiator of human being's life to become who it is in the midst of multiplicity of so many other vital forces in play. For Agamben the human to be established in a split between physis and phone, to include animal life in the polis through the development of language stands in an area of life indetermination allowing the legitimation of their sovereign power that acts in a constant state exception, have of life, producing bare life. Bare life that is no longer animal life but human life is not qualified, but a matavele life and expendable according to the political, economic stake in a given context. For Agamben, biopolitics is at the origin of Western cultural and metaphysical structure and its apex in the contemporary paradigm is materialized in concentration camps. Nietzsche, Agamben, subject to the temporary differences and conceptual question boldly life forms that were presented during the dynamics of civilization and that led us to the contemporary forms of life. Nietzsche to conceive the life as will to power that intends to overcome the repressive forces that despise moralizing and maintain human life in its present condition mass and mediocre in his time. Agamben to propose an understanding it gives as the power of thought propose the halting of the machine anthropological western production of bare life, of life imprisonment and rape by rationality political-administrative state. For both thinkers in who this game nowadays is that we must abandon not the power of life in its tragic dimension and as a work of art

    Editorial

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    Saúde, desenvolvimento humano e regional

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    Alguns aspectos do presente artigo foram apresentados no colóquio no I Congresso de promoção à Saúde realizado no dia 16 de Outubro de 2014, na Universidade do Contestado,  Campus de Mafra – Santa Catarina. Participaram do colóquio o professor Dr. Markus Nahas da Universidade Federal de Santa Catarina, na condição de mediador do debate e, a professora Drª. Ana Maria Girotti Sperandio da Faculdade de Jaguariúna – São Paulo. A reflexão proposta se divide em três momentos reflexivos. Num primeiro momento, argumenta em torno da importância e das dificuldades das definições conceituais implicadas no termo desenvolvimento em suas diversas acepções e adjetivações. Num segundo momento, o artigo procura demonstrar de que forma a vida em sua dimensão meramente biológica se tornou o objeto por excelência da razão política, administrativa e jurídica do Estado na modernidade e, de forma mais intensa na contemporaneidade. Na terceira seção do artigo, a reflexão procura articular os conceitos de Estado, desenvolvimento e saúde, apontando para o fato de que o desenvolvimento de uma determinada região, senão do país depende do grau de vitalidade de suas instituições públicas, de seus atores privados e, da sociedade civil organizada

    O conceito de ambivalência em Zygmunt Bauman

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    O presente estudo pretende colocar em jogo reflexões em torno do conceito de ambivalência no pensamento do sociólogo polonês Zygmunt Bauman. O conceito de ambivalência em Bauman apresenta-se como leitura e posicionamento crítico da modernidade, em suas pretensões antropocêntricas no estabelecimento de um projeto de ordenação existencial, ancorado numa razão estatal legislativa, científica e societária, cuja invenção maior foi o homem civilizado. No bojo das transcendências modernas, o que Bauman nos auxilia a compreender é o alto custo humano das pretensas totalidades modernas e seu sentido de veracidade, ao mesmo tempo em que aponta para necessidade de ser levar em consideração o caráter ambivalente, contingente e não necessário da condição humana na superação dos desafios que a contemporaneidade nos apresenta. Sobretudo, talvez se possa dizer que Bauman nos convida ao exercício de um iluminismo sem ilusões, ou seja, se a modernidade pode ser caracterizada pela aposta irrestrita na razão científica e técnica, isto não significa que estejamos dispensados da potência do pensamento no sentido de perscrutar os fundamentos éticos, políticos e estéticos da existência humana
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