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    Gênero e identidade na profissão médica: um estudo com residentes

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    As instituições educacionais possuem importante papel no desenvolvimento técnico dos residentes e na construção de suas identidades profissionais. Do confronto entre os atos de atribuição da identidade para si mesmo e dos atos de atribuição pelos outros resulta a construção da identidade coletiva. O objetivo do trabalho foi comparar os atributos que melhor caracterizam a identidade socioprofissional de médicos residentes homens e mulheres. O método de investigação escolhido foi o estudo transversal por meio de levantamento (survey). A amostra somou 327 residentes médicos de 4 hospitais da Grande Belo Horizonte. Os respondentes do gênero masculino da área de engenharia totalizam 41,90% e os do gênero feminino da área da saúde 58,10%. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário com a Escala de Autopercepção e Heteropercepção Profissional (EAHP). Os dados foram analisados por meio da modelagem de equações estruturais com abordagem multigrupos. Os resultados apontam para diferenças significativas entre gêneros nas dimensões Subordinação e Realização na autopercepção, e nas dimensões Esforço e Realização na heteroperceção. A dimensão Reconhecimento recebeu os menos escores em ambos os gêneros. Conclui-se que essa configuração pode gerar sofrimento a fragilizar a construção da identidade socioprofissional dos médicos residentes

    CIRCULAÇÃO DO PODER-SABER NA CONSTITUIÇÃO DAS PRÁTICAS PROFISSIONAIS DE MÉDICOS E ENFERMEIROS

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    Objetivo: analisar a circulação do poder nas práticas profissionais de médicos e enfermeiros de um Centro de Terapia Intensiva. Método: pesquisa qualitativa, com dados coletados por meio de entrevista semiestruturada, com médicos e enfermeiros de Centro de Terapia Intensiva situado em Minas Gerais, Brasil, e submetidos à análise de discurso. Resultado: em geral, a equipe médica não se mostrou muito atenta às normas institucionais, sendo os enfermeiros mais envolvidos nos processos normalizadores e disciplinares. A visibilidade do médico está relacionada à legitimação do domínio do saber científico expresso em seu discurso, o que lhe confere posição de detenção do poder, à medida que o enfermeiro tem um discurso que mostra certa resistência em assumir visibilidade e protagonismo na equipe. Conclusão: o Centro de Terapia Intensiva é um cenário onde há interseção de diversos saberes especializados, que se expressam nos discursos de médicos e enfermeiros, favorecendo a circulação do poder nas práticas desses profissionais. Descritores: Relações Médico-Enfermeiro. Poder (Psicologia). Prática Profissional. Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde.
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