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    ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DA FASCIOLOSE BOVINA EM ABATEDOUROS FRIGORÍFICOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

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    O Serviço de Inspeção Estadual (SIE) do Rio de Janeiro, responsável pela inspeção ante mortem e post mortem em abatedouros frigoríficos com registro na Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (SEAPPA), com embasamento legal no Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal do Estado do Rio de Janeiro, devem sempre ser condenados os fígados infectados com Fasciola sp. O estado do Rio de Janeiro é composto por 92 municípios com uma população estimada de 16.718.956 habitantes e um rebanho bovino de 2.481.928 cabeças. Possui uma área de 43.750,427 km², tem por limites territoriais Espírito Santo ao norte, Minas Gerais a noroeste, São Paulo a sudeste e a leste o Oceano Atlântico. A maior parte dos rios fluminenses tende a desembocar no Oceano Atlântico, os mais importantes: Paraíba do Sul, Muriaé, Pomba, Macabu e Itabapoana. Foram calculadas as prevalências por município para avaliar se existe algum padrão espacial da prevalência dos casos de fasciolose bovina com condenação parcial ocorridos no estado do Rio de Janeiro no ano de 2017. No ano de 2017, a prevalência média estadual de fasciolose bovina com condenação parcial foi de 3,5%. Com auxílio do software QGIS® de geoprocessamento foi produzido o mapa do estado do Rio de Janeiro com as prevalências de fasciolose bovina por município, para a observação e análise dos dados, optou-se por criar três categorias, tais quais: municípios sem casos, municípios com prevalência até 3,5% e municípios com prevalência acima de 3,5%. Em 33 municípios não foram registrados casos prevalentes neste ano de achado de fasciolose, 36 municípios apresentaram valores até 3,5% e 23 municípios apresentaram prevalência acima de 3,5%. Os municípios das Regiões Norte Fluminense (quatro), Noroeste (13), Metropolitana (um), Serrana (quatro) e Baixadas Litorâneas (um) apresentaram prevalências maiores que a média estadual e sugerem a carga endêmica no estado. O controle da fasciolose deve ser intensificado nos municípios das Regiões Noroeste e Norte do estado com a vigilância ativa nas propriedades reduzindo a prevalência de casos através do controle parasitológico, drenagem das pastagens alagadiças e separar a criação de animais das áreas com plantação de hortaliças. Nas Regiões do estado com prevalência abaixo da média estadual deve ser reforçado o sistema de vigilância epidemiológica oficial e o rastreamento com levantamentos de exames coprológicos. A caracterização de algumas áreas de baixada no estado e presença de rios e córregos favorece a formação de áreas alagadiças propícias ao desenvolvimento do caramujo do gênero Lymnaea, hospedeiro intermediário da Fasciola hepatica. Vale ressaltar que a presença do hospedeiro intermediário, nos locais de criação zootécnica, bem como o rodízio de rebanhos bovídeos provenientes de possíveis áreas endêmicas, promove a disseminação da Fasciola hepatica. A importância no controle desta zoonose que além de causar prejuízos à bovinocultura, tem relevância para a saúde única, pois, ocasionalmente, pode acometer o homem

    TUBERCULOSE BOVINA EM PROPRIEDADE RURAL NO MUNICÍPIO DE SEROPÉDICA, RIO DE JANEIRO, BRASIL: RELATO DE CASO

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    A tuberculose é uma das principais doenças infecciosas de importância econômica em bovídeos, podendo acometer outras espécies de animais e inclusive o homem, causando perdas econômicas ao setor de produção, além de ocasionar agravos à saúde pública. É uma zoonose de notificação obrigatória que no Brasil possui um programa de controle e erradicação instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Programa Nacional de  Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) dos bovídeos, que tem por objetivo principal a redução da prevalência e da incidência da brucelose e tuberculose nessas espécies. O Núcleo de Defesa Agropecuária (NDA) do Rio de Janeiro da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (SEAPPA) do Rio de Janeiro é responsável pelas ações de vigilância veterinária oficial no município de Seropédica. O presente trabalho tem por objetivo relatar a ocorrência de um foco de tuberculose no município de Seropédica e as ações executadas pelo serviço de vigilância oficial da SEAPPA. No ano de 2020, os técnicos do NDA Rio de Janeiro receberam o informe de notificação com laudo laboratorial positivo para tuberculose, pela técnica de histoquímica em seções de pulmão e encéfalo, de uma fêmea bovina da raça Girolando, com aproximadamente seis anos, necropsiada numa propriedade rural localizada no município de Seropédica. Após a notificação, o serviço oficial realizou a vistoria da propriedade e solicitou ao produtor que realizasse a tuberculinização nos demais animais conforme prevê o regulamento do PNCEBT. Houve a notificação imediata às Secretarias Municipais de Saúde e Agricultura domunicípio de Seropédica para as providências junto ao produtor e demais envolvidos, haja vista que as medidas com relação aos animais na propriedade já haviam sido executadas pelo serviço oficial de modo a debelar o foco. Com a apresentação do atestado de exames negativos ao teste de tuberculinização comparativo simples dos demais bovinos do plantel, foi encerrado o foco napropriedade. Conclui-se que a tuberculose bovina está presente no estado do Rio de Janeiro, e que necessita da conscientização tanto por parte dos médicos veterinários quanto dos produtores para maior adesão do PNCEBT, controlando assim a enfermidade nos rebanhos. Há a necessidade da realização de um estudo epidemiológico para conhecimento da prevalência da tuberculose no estado por se tratar de uma questão de saúde pública, uma vez que os testes de tuberculinização são obrigatórios apenas para fins de trânsito para as finalidades reprodução e participação em eventos agropecuários, existindo vários criatórios que não realizam exames e assim, outros focos podem existir devido à prática da troca de animais principalmente entre os pequenos produtores

    PREVALÊNCIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL EM CANINOS DA ÁREA URBANA DE MARACANAÚ, CEARÁ, BRASIL

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    A leishmaniose visceral (LV) é uma antropozoonose que se apresenta como um problema de saúde pública mundial. É causada pelo protozoário do gênero Leishmania e envolve o homem como hospedeiro definitivo e caninos como reservatórios no ambiente urbano. Caninos, quando infectados, são responsáveis pela transmissão que ocorre principalmente através da picada de flebotomíneos do gênero Lutzomyia. A LV é uma doença de caráter endêmico no Brasil, na década de 2000, aproximadamente 48% dos casos ocorreram na região Nordeste. Do total dos 184 municípios cearenses, 16 municípios apresentam transmissão intensa da doença, dentre eles, Maracanaú, localizado na Região Metropolitana de Fortaleza e o quarto município do estado do Ceará em ocorrência da leishmaniose visceral humana (LVH). Por se tratar de uma área de transmissão intensa para LVH, e no intuito de aprimorar o entendimento da leishmaniose visceral canina (LVC) no município, o objetivo deste estudo foi avaliar a soroprevalência em caninos domiciliados na zona urbana de Maracanaú, Ceará. Estudo seccional por meio de inquérito censitário canino de base populacional para identificação da prevalência de anticorpos para infecção por L. infantum, realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), durante o período de 2013 a 2015. O inquérito envolveu 8.382 caninos em 4.603 domicílios no município de Maracanaú nos bairros: Grande Pajuçara, Jereissati I, Jereissati II, e Timbó. Todos os caninos existentes no domicílio foram testados pelo teste rápido de triagem imunocromatográfico (DPP), sendo que na positividade deste teste seria realizado o teste confirmatório de ensaio imunoenzimático (ELISA). Foram recolhidos e eliminados os caninos sororreagentes ao teste de ELISA, conforme prevê o programa nacional de controle da LV. Dos caninos incluídos neste estudo, 324 (4%) foram positivos no teste DPP e 46 caninos reagentes ao teste ELISA (0,5%). Nos estudos no estado do Ceará com as mesmas técnicas de diagnóstico do presente relato a prevalência foi de 5,7% no ano de 2016. Em Brasília (DF) e Patos (PB) as prevalências foram de 9,19% e 11,33%, respectivamente. A LV é tradicionalmente uma doença de caráter rural, entretanto, tem sido observada nas últimas décadas uma tendência de alteração no seu padrão pelo processo de expansão nas áreas urbanas. Nos anos 1970, Maracanaú sofreu grande transformação quando foi escolhido para sediar o Distrito Industrial de Fortaleza modificando o ambiente através da ocupação das áreas no entorno deste Distrito. Tais modificações ambientais favoreceram a transição epidemiológica da LV do meio rural para o urbano. A prevalência da LV em caninos foi aquém daquela observada em outros estudos similares, podendo ser atribuído, pelo menos parcialmente, as ações governamentais de controle vetorial e diagnóstico e controle da infecção entre caninos

    PALESTRAS SOBRE RAIVA ANIMAL PARA ESCOLARES

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    A raiva é considerada uma zoonose de notificação compulsória pelo Ministério daSaúde (MS) e notificação obrigatória pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O controle da raiva é regulamentado pelo Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) do MAPA. Os técnicos do Núcleo de Defesa Agropecuária (NDA) do Rio de Janeiro da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (SEAPPA) do estado do Rio de Janeiro proferem palestras na sua área de abrangência levando o conhecimentosobre as enfermidades, principalmente os agravos de notificação obrigatória, como a raiva animal para produtores rurais, escolares e veterinários da iniciativa privada. São abordados durante as palestras os seguintes assuntos sobre o tema raiva: o agente causador, os principais reservatórios no meio rural e urbano, a identificação de morcegos hematófagos e não hematófagos, como transmite, controle através de políticas públicas, a prevenção com a vacinação de animais de estimação e produção, medidas profiláticas ao ser atacado por animal suspeito, evitar tocar em morcegos caídos no chão. O presente relato tem o objetivo de registrar as palestras proferidas pelos técnicos do NDA Rio de Janeiro, realizadas no ano de 2019, sobre o tema raiva animal paraescolares do ensino fundamental e médio das redes municipal e particular dos municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Rio de Janeiro e São João de Meriti. Ao todo foram 40 palestras e 749 alunos participantes, com a seguinte distribuição por município: Belford Roxo (8 palestras/138 alunos), Duque de Caxias (16 palestras/398 alunos), Rio de Janeiro (6 palestras/48 alunos) e SãoJoão de Meriti (10 palestras/165 alunos), com a distribuição de folders e revistas informativas sobre o tema raiva animal. As palestras colocaram em prática a educação em saúde animal, possibilitando um maior contato dos alunos com as principais zoonoses da cidade e do campo desenvolvendo a consciência de controle e prevenção de doenças, além da propagação da informação recebida para a sua comunidade. Em 2018, Milhomens registrou 295 casos de raiva emherbívoros ocorridos no estado do Rio de Janeiro, no período de 2010 a 2016. A ratificação da circulação do vírus da raiva no estado do Rio de Janeiro justifica o planejamento e aplicação de ações educativas, de forma contínua, com base no conceito de saúde única, envolvendo as comunidades escolares rurais e urbanas visando trazer o conhecimento sobre as formas de controle de focos nas propriedades e a captura de morcegos transmissores da raiva realizadospela equipe da SEAPPA e a prevenção praticada pelos criadores através da vacinação anual dos animais desta importante enfermidade fatal para as espécies acometidas

    Trajetórias da Educomunicação nas Políticas Públicas e a Formação de seus Profissionais

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    Esta obra é composta com os trabalhos apresentados no primeiro subtema, TRAJETÓRIA – Educação para a Comunicação como Política pública, nas perspectivas da Educomunicação e da Mídia-Educação, do II Congresso Internacional de Comunicação e Educação. Os artigos pretendem propiciar trocas de informações e produzir reflexões com os leitores sobre os caminhos percorridos, e ainda a percorrer, tendo como meta a expansão e a legitimação das práticas educomunicativas e/ou mídia-educativas como política pública para o atendimento à formação de crianças, adolescentes, jovens e adultos, no Brasil e no mundo
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