16 research outputs found

    Paradoxo brasileiro ou feição nacional: a crônica machadiana e as vozes que falam além...

    Get PDF
    Os tempos modernos são paradoxais por natureza, o que, muito significativamente, dialoga com aquele instinto de nacionalidade machadiana, quiçá, um princípio constitutivo da formação de nossa brasilidade. Isto é, em linhas gerais, objeto de interesse e investigação, neste estudo. Para tanto, ancorados pelos princípios teóricos de Mikhail Bakhtin, especialmente as noções de gêneros do discurso, dialogia e polifonia, procuraremos o ápice destas tensões na crônica machadiana da série Bons dias! Assim, através de trechos representativos dos tipos discursivos, a saber, o político e o religioso, vamos ouvindo a multiplicidade de vozes que, historicamente, perpassam literatura e sociedade. Ao final, procuraremos refletir acerca do funcionamento polifônico instituído pelos discursos, no sentido de fortalecer os princípios que regem a sociedade brasileira, dos tempos imperiais à modernidade

    Na fluidez da modernidade, identidades à deriva: "eu" e "outro" em Budapeste, de Chico Buarque

    Get PDF
    Neste artigo, propomos refletir acerca do romance Budapeste, de Chico Buarque. Através da trajetória do personagem central, José Costa, analisaremos aspectos específicos da modernidade, especialmente, a questão da identidade. Para tanto, os estudos de Zygmunt Bauman a esse respeito serão de fundamental relevância

    Polifonia e discurso literário: outras vozes que habitam a voz do narrador na obra Ensaio sobre a Lucidez, de José Saramago

    Get PDF
    Neste estudo, propomos evidenciar os discursos que habitam a voz do narrador em Ensaio sobre a Lucidez de José Saramago, segundo os princípios dialógicos de Bakhtin. Observaremos, através da presença de discursos social, religioso e político instaurados pelo narrador, os efeitos de sentido, que, na ficção, tecem uma leitura da realidade. Palavras-chave: dialogia; polifonia; discurso literário; voz do narrador; efeitos de sentido

    ENQUANTO ECOAM AS VOZES, TESSITURA POÉTICA BAKHTINIANA, EU-OUTRO, EU-OUTRO, EU-OUTRO...

    Get PDF
    Com a vanguarda modernista contradizendo a tradição, nasce um novo modo de concepção do literário, então chamado poesia polifônica, sobre a qual iremos nos debruçar neste estudo, que pretende dar conta da forma composicional da poesia, à luz do pensamento revolucionário da moderna teoria discursiva. Para tanto, uma das discussões centrais diz respeito a uma releitura dos princípios teóricos que permearam o século XX, sobretudo, acerca dos gêneros discursivos, da dialogia e da polifonia na linguagem literária. A dinâmica das vozes, no entanto, sua instanciação e seu funcionamento, virá à tona na e pela voz do otimista, do trágico, do incrédulo, do revoltado. Culminância lírico-polifônica, na voz do poeta d’A rosa do povo.PALAVRAS-CHAVE: poesia polifônica, modernismo literário, Carlos Drummond de Andrad

    Da prosa à poesia: a polifonia bakhtiniana na lírica moderna de Carlos Drummond de Andrade

    Get PDF
    With the modernist avant-garde, contradicting the tradition, comes a new way of designing the literary. Poetry leaves the egocentric apotheosis and, bordering on the prosaism of the novel, invigorates the revolutionary thought of the bakhtinian polyphony in the formation of a new genre, then called, polyphonic poetry. This is the route we propose to investigate in this study. For that, we will start rereading the principles of dialogism, polyphony and speech genres, in the light of modern artistic revolution. Then, we go on to listen to other people’s voices in representative poems of lyricism of participation in Drummond’s A rosa do povo. Thus, in the way the I is inscribed, the other, after all, is revealed.Com a vanguarda modernista, na contramão do pensamento tradicional, nasce um novo modo de concepção do literário. A poesia abre mão da apoteose egocêntrica e, roçando o prosaísmo do romance, revigora o pensamento revolucionário da polifonia bakhtiniana na formação de um novo gênero, então chamado, poesia polifônica. Tal é o itinerário que propomos investigar neste estudo. Para tanto, iniciaremos por uma releitura dos princípios da dialogia, da polifonia e dos gêneros discursivos à luz da revolução artística dos modernos, para, em seguida, prosseguirmos à escuta das vozes alheias, em poesias representativas do lirismo de participação, no Drummond d’A rosa do povo. E, assim, na forma em que se inscreve o eu, o outro, afinal, revela-se

    Polifonia e discurso literário: outras vozes que habitam a voz do narrador na obra Ensaio sobre a Lucidez, de José Saramago

    No full text
    Neste estudo, propomos evidenciar os discursos que habitam a voz do narrador em Ensaio sobre a Lucidez de José Saramago, segundo os princípios dialógicos de Bakhtin. Observaremos, através da presença de discursos social, religioso e político instaurados pelo narrador, os efeitos de sentido, que, na ficção, tecem uma leitura da realidade. Palavras-chave: dialogia; polifonia; discurso literário; voz do narrador; efeitos de sentido

    Realidade e imaginação: uma (re)descoberta do ser em narrativas lygianas

    Get PDF
    Neste estudo, propomos evidenciar o caráter universal da obra de Lygia Bojunga Nunes, especialmente, nos textos Corda bamba e O sofá estampado, tendo, como centro de nossa investigação, a construção de identidade. Observaremos, para tanto, o percurso dos personagens protagonistas pelos mundos, real e imaginário, no intuito de perceber a sutileza dos ‘contornos’ que esses universos mobilizam no sujeito. Palavras-chave: discurso literário; realidade-fantasia; construção de identidade; imaginário coletivo; leitura de mundo

    - Toc-toc! eis que o ‘outro’ bate à porta e o ‘eu’ atende? Bandeira, Drummond, Cabral e a polifonia de Mikhail Bakhtin

    Get PDF
    O grande tempo revela o potencial inesgotável da voz conceitual, ensaística, ficcional, a vitalidade inerente, que reitera e transcende o próprio contexto de produção, que reitera e transcende o próprio berço investigavo, sobre o qual concentra o teórico suas divagações filosófico-conceituais. Assim, neste estudo, regressa ao campo estético-literário, o visionário alcance dos pressupostos teóricos de Mikhail Bakhtin, uma vez inovadores no romance, agora, também, excêntricos no campo da poesia. Imbuídos dessa perspectiva, de tendência evolutiva e renovadora, através de uma releitura dos princípios bakhtinianos, da dialogia, da polifonia e dos gêneros discursivos, postos em diálogo com a renovação formal, deflagrada pelo Modernismo Brasileiro, observaremos, sobretudo, a percepção de características comuns que promovam, enfim, o feliz encontro entre a prosa e a poesia, na promoção das vozes do verso. Em seguida, ao centro da escuta, por intermédio de poetas e da própria poesia, o chamado da voz que se desprende da criação, para melhor poder avaliar os meandros da composição, ou, ainda, que, de dentro, reflete o próprio método, ou, ainda, que, totalmente de fora do ambiente criativo, na condição de crítico experimentado do texto literário, reflita acerca do trabalho da arte, do fazer poético, inspiração de todo-o-dia, impasse subjetivo, entre recusa e aceitação, o ‘eu-outro’ da escritura. Só, então, partiremos, aquecidos, para a escuta polifônica, em poesias representativas: vozes da rua, entre cantigas e risos, as nebulosas recordações d’ Evocação do Recife e Cunhantã, de Manuel Bandeira; vozes beirando ao asfalto, na relutância insistente, núcleo tenso e dramático d’O operário no mar, distensão vociferante de Caso do vestido, de Carlos Drummond de Andrade; vozes da roça, na fluidez da pedra, d´Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto. Por fim, via abertura estética do Modernismo Brasileiro, sinalizaremos, com Mikhail Bakhtin, a legitimidade de um novo gênero literário, então nomeado ‘poesia polifônica’, núcleo tenso e dramático, a ressonância lírica da multidão que fala, clama e protesta, a voz poética, na vida, submersa! - Toc-toc, ao chamado do ‘outro’, o ‘eu’ do discurso, mais especificamente, Bakhtin, via Bandeira-Drummond-Cabral.The great time reveals the inexhaustible potential of the conceptual, essayistic, and fictional voice, the inherent vitality, which reiterates and transcends the very context of production, which reifies and transcends the researcher's own cradle, on which the philosopher-centered theorist concentrates. Thus, in this study, he returns to the aestheticliterary field, the visionary reach of the theoretical presuppositions of Mikhail Bakhtin, once innovative in the novel, now, also, eccentric in poetry. Imbued with this perspective, with an evolutionary and renewing tendency, through a re-reading of Bakhtin's principles, dialogue, polyphony and discursive genres, put in dialogue with the formal renewal, triggered by Brazilian Modernism, we will observe above all the perception of common characteristics to promote, finally, the happy encounter between prose and poetry, in promoting the voices of verse. Then, to the center of listening, through poets and poetry itself, the call of the voice that comes from creation, in order to be able to better evaluate the intricacies of composition, or even, from within, reflects the method itself, who, totally outside the creative environment, as experienced critic of the literary text, reflects on the work of art, of poetic making, of all-day inspiration, of subjective impasse, between refusal and acceptance, the 'other-self 'of writing. Only then will we leave, heated, for polyphonic listening, in representative poetry: street voices, between songs and laughter, the nebulous memories of Manuel Bandeira, of Evocação do Recife and Cunhantã; voices bordering on the asphalt, in the insistent reluctance, tense and dramatic nucleus of the worker at sea, vociferous distension of the Caso do Vestido, by Carlos Drummond de Andrade; voices of the countryside, in the fluidity of the stone, of Morte e Vida Severina, by João Cabral de Melo Neto. Finally, through the aesthetic opening of Brazilian Modernism, we will signal, with Mikhail Bakhtin, the legitimacy of a new literary genre, then called 'polyphonic poetry', a tense and dramatic nucleus, the lyrical resonance of the multitude that speaks, cries out and protests, poetic, in life, submerged! - Toc-toc, to the call of the 'other', the 'I' of the speech, more specifically, Bakhtin, via Bandeira-Drummond- Cabral
    corecore